Estados Unidos já estão nos quartos

Os Estados Unidos adicionaram um novo triunfo no Campeonato do Mundo não dando hipóteses a Angola, a surpresa dos quartos-de-final (121-66).

Competições | FPB
6 SET 2010

Chauncey Billups e Kevin Durant foram os melhores marcadores de uma equipa que deu um recital de atirar ao cesto e que praticamente decidiu o encontro no primeiro período.

Bastaram cinco minutos de jogo para a selecção dos Estados Unidos mostrar a sua superioridade e terminar com o sonho angolano. Billups (19) foi o marcador da equipa, onde quatro jogadores terminaram com 17 ou mais pontosAngola iniciou o jogo como um qualquer rival americano o deve fazer, sem complexos e a jogar como é seu habitual. O problema é que esse atrevimento custou-lhe caro e a igualdade no marcador durou apenas 2 minutosA equipa africana tentou jogar sem medo e com alegria, mas utilizou as armas erradas, porque jogar rápido e em campo aberto são as principais armas do basquetebol americano. A superioridade dos Estados Unidos neste Mundial baseia-se na superioridade física dos seus jogadores e na profundidade do seu banco, algo que escasseia em Angola em ambos os casos. O confronto começou e terminou da mesma forma com um recital do individualismo, onde Kevin Durant (17 pontos e cinco ressaltos) e Chauncey Billups (19 pontos e quatro assistências) competiam para ser a estrela mais brilhante.O início do encontro contrariava a reputação dos Estados Unidos em não ter grandes atiradores, com Durant e Billups a marcarem quatro, dando inicio a um parcial de 17-2 e os americanos começaram a fechar o jogo antes de Angola entrar no mesmo. Em menos de oito minutos Durant já descansava indo para o banco com 12 pontos e os Estados Unidos venciam por 20 pontos (33-13) no final do 1º período.Mudaram os personagens, mas o guião do segundo quarto manteve-se o mesmo. Kevin Love provou ser o jogador que melhor desempenho tem em função dos minutos que joga e a dominar os americanos faziam subir a diferença para 30 pontos. Angola fazia todos os esforços para evitar o avolumar da diferença, mas apenas Joaquim Gomes (21 pontos), mostrava-se eficaz. Foi notável a primeira parte do poste angolano, mas o jogo não mudou. O desafio de triplos entre Billups e Roberto Fortes elevou a contagem, arrancando os aplausos do público. Mesmo a mudança de defesa individual para a zona 2-3 não impediu que o resultado subisse até ao intervalo (65-38).No início da segunda metade continuou a concorrência entre Billups e Durant para melhor marcador, com o atlético extremo a jogar a outro nível e sem que ninguém o conseguisse parar defensivamente. Novo bom momento dos americanos (9-2) colocavam o resultado em 74-40. Era indiferente quem entrava dos suplentes, no terceiro quarto todos os jogadores somaram pontos com Gordon à cabeça, mas acabou por ser um dos muitos triplos que os americanos converteram, de autoria de Billups, a colocar a equipa perto da centena de pontos (91-56) e ainda havia 10 minutos para jogar Era a hora do espectáculo e neste aspecto os americanos são reis. Dois brutais afundanços de Rudy Gay levantaram o público dos seus lugares, enquanto Curry e Gordon foram responsáveis pela continuidade da conversão, para azar dos angolanos, de lançamentos dos triplos.Angola bateu-se bem, mas encontrou pela frente uma equipa americana, que para além de concentrada, estava com disposição para fazer um grande jogo. Se a isto juntarmos o facto de os americanos terem estado particularmente inspirados nos tiros de 3 pontos (18 convertidos) a tarefa de Angola tornou-se gigantesca.OpiniõesTreinador de Angola, Luís Magalhães: “Jogámos contra uma grande equipa, grandes jogadores, grande treinador e uma grande organização. Era uma equipa muito forte para nós mas poderíamos ter feito um pouco melhor, mas os meus jogadores tentaram o seu melhor.” Treinador dos Estados Unidos Mike Krzyzewski: “Temos um grande respeito por Angola. Fui treinador no jogo contra eles nos Jogos Olímpicos e fizeram uma grande exibição. Mostrei alguns momentos desse jogo aos meus jogadores e eles responderam. Fomos muito altruístas e fizemos 30 assistências. Fomos agressivos durante todo o jogo. Os poucos dias de treino que tivemos realmente ajudaram-nos. Jogámos como treinamos que é melhor coisa que um treinador pode pedir.”

Competições | FPB
6 SET 2010

Mais Notícias