Estrelas do passado e do presente no apoio aos Sub18 masculinos

A bola já salta em Matosinhos, no Campeonato da Europa de Sub18 masculinos (Divisão B), e Portugal estreia-se este sábado, às 20h30, no Centro de Desportos e Congressos, frente à congénere da Letónia. Mas fora do campo, não param de chegar mensagens de apoio à equipa das quinas, treinada por João Tiago Silva, Hugo Matos e Pedro Oliveira.

Ticha Penicheiro, eleita uma das 25 melhores jogadoras da história da WNBA, vai estar a torcer pelo conjunto luso a partir dos Estados Unidos: “Quero desejar-vos a maior sorte do mundo. Estão a jogar em casa, portanto deem tudo e de certeza que o público vai ajudar-vos. Eu estarei aqui nos EUA a puxar por vocês. Força, Portugal!”. Mery Andrade, por sua vez, lembra que “é uma sensação incrível que nos marca para sempre e não importa quantas vezes vestimos o equipamento de Portugal. Cada vez é diferente, cada vez tem uma história”. A treinadora pede alma e coração em cada posse de bola: “Deem tudo o que têm e o que não têm para sairem de cada jogo com o mérito de quem deu o coração e a alma para vencer. Mais não se vos pode pedir e, quando olharem para trás, estarão satisfeitos com a história que vão escrever à frente do nosso público.”

Matosinhos foi talismã para muitas seleções portuguesas, ao longo da última década, e Neemias Queta, Rafael Lisboa e Ana Ramos guardam boas recordações da cidade nortenha. Para o primeiro português de sempre a jogar na NBA, “uma das boas memórias que guardo é as viagens do hotel para o pavilhão, em dia de jogo, com pessoas a acenar e a apoiar. E, claro, o hino antes dos jogos é sempre muito especial”. Salientando que “o apoio do público foi essencial” para os Sub20 vencerem o Europeu (Divisão B) de 2019, Neemias lembra a importância que é poder contar com família e amigos no pavilhão: “Não é todos os dias que têm um Europeu em casa, com a vossa família a poder estar presente, portanto aproveitem ao máximo e façam-nos orgulhosos”.

Rafael Lisboa integrou a mesma geração que, em 2019, venceu o Europeu da Divisão B, numa competição em que o base foi ainda eleito MVP. “Sem dúvida, a memória que guardo é o pavilhão cheio, toda a atmosfera criada para nos receberem e, sobretudo, a adrenalina e o entusiasmo que sentia ao chegar ao pavilhão. Jogar em casa e com o pavilhão cheio é mesmo uma força extra. Independentemente da qualidade da nossa equipa, sem dúvida que os adeptos nos empurraram muito e foram um verdadeiro sexto jogador”, refere Lisboa, que acrescenta que as recordações ficam para sempre: “Eu não tinha noção antes de o viver, mas o Europeu vai ser uma experiência única e vão guardar estas memórias para sempre. Aproveitem e desfrutem ao máximo, porque vai ser marcante para vocês”.

Quem também foi MVP, mas do Campeonato da Europa de 2015, foi Ana Ramos. “Passamos muitos momentos inesquecíveis! Os que mais me marcaram foram o apuramento para o Mundial, a vitória contra a Espanha nas meias-finais e o prémio de MVP e eleição para o cinco ideal”, conta. A base assegura que jogar com o pavilhão cheio “tem muito impacto, mais até do que aquilo que imaginava. Depois disso participei noutros campeonatos da Europa e não há nada como jogar com um público daqueles. Foi a melhor semana das nossas vidas”. Para a seleção de Sub18, Ana deixa uma mensagem: “Aproveitem todos os minutos do campeonato! Divirtam-se a fazer aquilo que mais gostam, dêem tudo em campo e lembrem-se que o sonho comanda a vida”.