Etapa final de preparação concluída
Terminou no terça-feira a preparação da seleção nacional de sub-18 masculina, na cidade Sérvia de Novi Sad.
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9 AGO 2012
Para esta ação estavam previstos 2 jogos de treino, um com a Seleção Sub-18 Sérvia e outro com a equipa local de sub-18 Voijvodina, vice-campeã nacional Sérvia. O primeiro não se pode realizar devido a uma virose gastrointestinal que afetou grande parte do plantel Sérvio. Em substituição, realizaram-se 2 jogos com a equipa do Voijvodina e um, com um colectivo de jogadores seniores sérvios a jogarem fora do país, dos quais se destacava o atual MVP da liga sénior da Roménia.
Relativamente ao primeiro jogo, contra o coletivo de seniores, os comandados por Carlos Seixas e Raúl Santoscederam, após prolongamento, por 73-79.Num jogo muito marcado pela diferença de estatura e de experiência, os jovens Lusos foram capazes de dar excelente réplica, tendo discutido o resultado até ao fim do tempo regulamentar, com o encontro a ser decidido após prolongamento. Apesar da falta de acerto no jogo exterior, os nossos jovens foram capazes de criar algumas situações de contra-ataque. A diferença de alturas levou a que a nossa luta nas tabelas fosse perdida, concedendo alguns ressaltos ofensivos. Ao intervalo o resultado era de 29-26, favorável à equipa nacional, no entanto a falta de concentração do coletivo Luso levou a que essa vantagem fosse sendo gradualmente perdida. Toda a segunda parte foi marcada por constantes alterações no comando do marcador, tendo a partida terminado empada após os 40 minutos regulamentares. Nos 5 minutos finais, os nossos jovens, acusaram a inexperiência da pressão do momento e cometeram alguns erros defensivos, que levaram a que a equipa Sérvia tivesse terminado o jogo com uma vantagem de 6 pontos.Apesar da diferença de idades, poderio físico e maturidade, este jogo foi muito proveitoso para os nossos jogadores que puderam contactar com uma realidade à qual muitos ainda estavam alheios. Jogaram e marcaram por Portugal: Henrique – 6; Gallina – 7; Miguens – 3; Miranda – 11; Gameiro – 2; Marques – 8; Grosso – 12; Insaly – 3; Ventura – 10; Maia – 5; Guimarães – 2 e Bastos – 4Em relação ao primeiro jogo com a equipa do Voijvodina, que Portugal perdeu por 71-80 a história foi muito semelhante. Novamente, baixas percentagens de lançamento, no entanto com melhorias ofensivas e algumas correções defensivas levaram a que Portugal chegasse ao intervalo a vencer por 46-41. Com a chegada do terceiro quarto, uma entrada apática por parte do coletivo Luso permitiu à equipa do Voijvodina recuperasse a vantagem do marcador. À entrada dos últimos 5 minutos da partida, os coletivo Luso encontrava-se a perder por apenas 1 ponto, no entanto não conseguiu assumir a liderança no marcador.Jogaram e marcaram por Portugal: Henrique – 5; Gallina – 4; Miguens – 8; Miranda – 6; Marques – 5; Grosso – 15; Isaias – 12; Ventura – 10; Maia – 4; Bastos – 2 Relativamente ao segundo jogo com a equipa do Voijvodina, que Portugal venceu por a história foi completamente diversa relativamente à dois jogos anteriores. Mais equilibrado em termos ofensivos, a marcar quer dentro da área restritiva quer para lá da linha de três pontos, Portugal foi capaz de assumir o comando. Neste jogo, a vantagem no marcador foi construída desde cedo sem nunca se ter alterado. Sem dúvida um jogo onde os nossos jovens puderam manifestar todo o seu potencial e elevar os seus níveis de confiança para a difícil batalha do Europeu.Finda esta etapa final de preparação, Carlos Seixas julga que o “esforço despendido para realizar estes jogos de preparação se justificam plenamente. Confirmam-se as nossas limitações, principalmente nas questões que têm a ver com a estatura e peso. “O técnico antevê as dificuldades que a sua equipa terá durante o Europeu: “A luta do ressalto vai ser determinante, uma vez que os nossos jogadores terão de estar o jogo em inteiro em superação de modo a poderem equilibrar um desafio que será muito desigual. É perceptível pela primeira imagem com que ficamos das equipas que este ano vão participar, ao contrário da nossa, a altura claramente aumentou.”E deixa a receita: “Só seremos capazes de ser competitivos se formos eficazes em termos ofensivos. As nossas percentagens de lançamento terão de ser obrigatoriamente boas, bem como o aproveitamento das situações de contra-ataque.”“Foi igualmente evidente a falta de contacto internacional dos nossos atletas, bem como a falta de hábitos de concentração na abordagem aos jogos. A falta de competitividade que marcam a maioria dos jogos na competição interna faz com que os jogadores portugueses tenham graves problemas em disputar jogos equilibrados”, acrescenta, frisando: “Na certeza porém, que os doze jogadores que fazem parte desta seleção tudo irão fazer para representar da melhor forma o basquetebol nacional. Acredito que quando chegar o primeiro jogo, irão ser capazes de demonstrar dentro de campo o crer e o espírito de luta que caracteriza o jogador português.”Portugal estreia-se no Campeonato Europeu Sub-18 Masculino Divisão B, no dia 9 frente à Holanda pelas 17.30 horas de Portugal.