«Expectativas são altas»

A jogadora internacional portuguesa vai para o seu segundo ano nos Estados Unidos, uma experiência que considera “única”.

Atletas | Competições
9 NOV 2015

A aposta que as universidades fazem, o trabalho que as atletas desenvolvem diariamente e o constante apoio do público nas bancadas fazem do país um local ímpar para quem quer evoluir na nossa modalidade…

 

 

Olhando para trás, Laura Ferreira está cada vez mais segura que tomou a decisão correta em mudar-se para o basquetebol universitário norte-americano. “Para mim, jogar aqui nos Estados Unidos é sem duvida uma experiência única . Não só pelo alto nível do basquetebol e o acesso a condições incríveis, mas também por ter a oportunidade de conciliar a escola e adquirir o ensino superior.”

 

Tendo em conta um ano de trabalho já realizado, a internacional portuguesa sente que evoluiu em algumas áreas do jogo essenciais para estar mais apta a competir a este nível. “Estou mais forte fisicamente. Aqui, o jogo é mais físico por isso a musculação é fundamental e é levada muito a sério. Temos treinos rigorosos 4 vezes por semana com o nosso próprio personal trainer. Também sinto que durante o ano passado trabalhei mais no meu tiro exterior. Agora consigo sair de staggers mais preparada para lançar logo que recebo a bola.”

 

Tirando partido do trabalho de continuidade, e o bom recrutamento que foi feito, Laura acredita que a equipa esta época poderá ter mais sucesso, se bem que já esteja bem posicionada no ranking nacional. “As nossas expectativas são altas. A equipa é praticamente a mesma do ano passado, com duas novas jogadoras muito talentosas que acredito que vão ajudar bastante. Conhecemo-nos bem e sabemos jogar umas com as outras. Fomos eleitas a 15ª melhor equipa do país e estamos a trabalhar todos os dias com o objectivo de chegar a final-four.”

 

Em termos coletivos, a equipa tem margem para poder melhorar em alguns aspetos do jogo, o que, naturalmente, a tornará mais forte e competitiva comparativamente à temporada transacta. “Precisamos de comunicar melhor. Uma vez que somos uma equipa com muitas jogadores internacionais, o inglês é considerado um problema. Mas estamos bem melhores que no ano passado. É apenas uma questão de tempo e adaptação.”

 

Um ano de vivência nos Estados Unidos já permitiu que a atleta tivesse tido experiências que a marcaram, e que revelam bem a forma como é vivido e sentido o basquetebol, mesmo a este nível, uma realidade totalmente diferente e única para qualquer atleta. “Para mim, a audiência nos jogos é o mais impressionante. Os pavilhões estão sempre cheios e mesmo quando jogamos fora, temos apoiantes a viajar (avião) connosco só para verem o jogo. No último encontro do ano passado, o pavilhão da escola estava cheio, com mais que 5 mil pessoas nas bancadas.”

 

O facto de não estar disponível para integrar aos trabalhos da seleção sénior em Novembro, naturalmente que entristece qualquer pessoa que sente a camisola e tem orgulho em vesti-la. Apesar da sua juventude, Laura já faz parte de um núcleo muito promissor e tem a perfeita noção das possibilidades de Portugal nesta fase de apuramento para o Eurobasket. “Eslováquia e Hungria costumam ser equipas bastante fortes, com um bom jogo interior e o que para a nossa equipa é sempre um grande problema. Apesar de tudo, acredito que vamos sempre dar luta e que vamos continuar com o bom trabalho feito nos últimos anos. Vamos sem duvida continuar a mostrar que Portugal também é um pais de basquetebol.”

 

Mesmo sofrendo à distância, a atleta sabe bem as capacidades e qualidades do grupo de trabalho, pelo que fica a mensagem sobre aquilo a que estão “obrigadas” a fazer nestes confrontos internacionais. “Que joguem com confiança e sem medo, independente de quem é o adversário. Vai tudo correr bem desde que deem o máximo e se divirtam!”

Atletas | Competições
9 NOV 2015

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