Faltou consistência a Portugal

Portugal não vai disputar a final do torneio disputado em Celj, na Eslovénia, já que foi superado na meia-final pela equipa da casa por 67-51.

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5 AGO 2016

O mau inicio do conjunto nacional tornou ainda mais difícil uma tarefa que já era complicada. Mas isso não impediu que na segunda parte, os comandados de Mário Palma voltassem a reentrar na discussão do jogo, muito à custa de uma boa defesa, sinónimo de entrega, competitividade, e desejo de fazer melhor. Mérito para a forma como os eslovenos estiveram a lançar de longa distância, se bem que os jogadores portugueses conseguiram, mesmo assim, dominar em algumas áreas do jogo. Este sábado, às 20 horas, menos uma em território nacional, Portugal defronta a Bósnia Herzegovina, perdeu por cinco com a Bélgica (68-73), para o jogo de atribuição do 3º lugar do torneio.

 

Seria fácil explicar esta derrota tendo em conta a valia do adversário, sobretudo quando é composto por jogadores que atuam na NBA, Liga ACB e Liga turca, vários em ambos os casos, Liga Italiana ou mesmo francesa. Mas provou-se que Portugal consegue competir contras estas seleções do topo do basquetebol europeu, faltando-lhe apenas consistência no seu desempenho ao longo dos 40 minutos.

 

Os primeiros 10 minutos foram complicados para o conjunto luso, ineficazes no ataque, e a sofrerem de um problema chamado turnovers (8 no período). À entrada do 2º período, Portugal já perdia por catorze pontos (9-23), com os eslovenos a mostrarem-se mortíferos da linha de três pontos. Até ao intervalo, a equipa nacional melhorou ofensivamente, e empatou o quarto a 18 pontos.

 

Após algumas retificações defensivas feitas durante o intervalo, a equipa liderada por Mário Palma surgiu muito bem na etapa complementar. Personalizada, destemida na forma como se batia frente a uma poderosa Eslovénia, e a meio do período perdia por apenas sete pontos (36-43). Os cinco minutos finais do quarto voltaram a não ser favoráveis a Portugal (2-8), aproveitando a Eslovénia para se afastar de novo no marcador (51-38).

 

Indiferente ao resultado, o grupo voltou a mostrar-se coeso, soube lidar com uma diferença pontual expressiva (43-62), e foi capaz de terminar o jogo em alta, deixando indicações positivas que está a melhorar de jogo para jogo.

 

Se o lançamento (48% de 2pts e 19% de 3pts) e os turnovers (22) foram os principais problemas de Portugal, aspetos positivos também se registaram neste encontro. Desde logo a vitória na luta das tabelas, mais dez ressaltos (44-34), e o facto de ter conseguido somar mais pontos no pintado (24-18), perante um adversário muito mais alto e pesado. Realce ainda para o facto de Portugal ter apenas sofrido 26 pontos durante toda a 2ª parte, e alguns deles fruto de lançamentos bem contestados.

 

Mário Palma utilizou 13 jogadores nesta partida, apenas Stefan Djukic não foi utilizado no decorrer da mesma. Cláudio Fonseca (10 pontos e 8 ressaltos) esteve muito bem nos dois lados do campo, João Balseiro (9 pontos) deu sinais de estar a subir de forma, e Pedro Pinto (8 pontos e 3 assistências) continua a ter uma eficácia elevada nos minutos em que é utilizado. 

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5 AGO 2016

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