FC Porto conquista a Taça

Competições
8 MAR 2010

O FC Porto Ferpinta foi o grande vencedor da LVI Edição da Taça de Portugal ao derrotar na final, depois de um emocionante encontro, a Ovarense Dolce Vita, por 71-70. Uma vez mais, os portistas demonstraram que nos momentos de decisão surgem ao mais alto nível, denotando um grande desejo de conquista. Uma palavra para equipa de Ovar que, depois de um mau início de partida, obrigou os dragões a passar por dificuldades nunca até então sentidas, para garantir mais um título esta temporada.

Boletim da Final em http://tweetphoto.com/13691865

Minivideo em http://www.youtube.com/watch?v=p2v9MjNOkak

Os dragões, contrariando aquilo que lhes foi habitual nas eliminatórias anteriores, construíram durante o período inicial da partida a vantagem pontual que normalmente depois gerem de uma forma inteligente. O parcial de 10-0 com que os portistas abriram o encontro levava a crer que esta final poderia tornar-se mais fácil do que o esperado. Aos poucos a formação orientada pelo técnico Mário Leite foi-se soltando dentro de campo, embora evidenciando alguns dos problemas que já tinha exibido nas eliminatórias anteriores. O lançamento exterior voltava a não funcionar, bem como falhava na luta das tabelas, arma bem aproveitada pelos dragões, que voltavam a ter Julian Terrel (8 pontos) como o elemento mais inspirado no 1º quarto, para terminar na frente (19-10). No segundo período, a alteração defensiva introduzida pelo técnico vareiro – defesa zona 2×3 – começou a dar resultados, retirando fluidez aos movimentos ofensivos do FC Porto, que recorreu, e bem, à precisão de lançamento dos seus atletas, em especial Figueiredo e Hunt, capítulo no qual os dragões estiveram quase perfeitos até ao intervalo. A boa reacção vareira iniciou-se pelas mãos do inevitável John Waller (13 pontos) que, com dois triplos consecutivos, fez aproximar o resultado, voltando a acentuar-se em virtude do decréscimo das percentagens de lançamento da equipa de Ovar na parte final da 1ª parte (31-41). A segunda parte recomeçou com a Ovarense a optar pela mesma defesa zona, mas com a nuance de os vareiros passarem a equilibrar a luta das tabelas, permitindo-lhes sair rápido para situações de contra-ataque e fazendo os azuis e brancos experimentar um pouco do seu próprio veneno. Se somarmos a isto uma melhoria no aproveitamento do tiro exterior, os vareiros colocaram pela primeira em causa o comando dos portistas durante um jogo nesta competição. Com as equipas separadas por apenas 3 pontos (51-48), favorável aos dragões, chegava-se ao final do 3º período, deixando tudo em aberto para o derradeiro quarto. Os últimos 10 minutos desta final foram de grande equilíbrio, com o FC Porto, mesmo abanando, a ter na classe individual dos seus atletas argumentos suficientes para contornar as grandes dificuldades que aguerrida equipa de Ovar ia colocando. Depois do empate a 59 pontos que se registou a 3.25 minutos do termo do encontro, foi o momento para surgir na partida João Figueiredo que, à imagem do que tinha sucedido durante a 1ª parte, com 2 triplos consecutivos (65-61), transmitia outra tranquilidade à equipa para abordar os momentos decisivos que se aproximavam. Um roubo de bola de Julian Terrel (67-61), aproveitando o desgaste físico visível de Miguel Miranda, parecia colocar um ponto final no encontro. Puro engano. Dois triplos sem resposta (Waller e Shawn Jackson) recolocavam a Ovarense na discussão da final (67-68), recuperação que seria interrompida a 9 segundos do final com Stempin a responder na mesma moeda, fazendo subir novamente a diferença, desta vez para 4 pontos (71-67). A formação orientada pelo técnico Mário Leite fez o que lhe competia, arriscou com sucesso em novo lançamento triplo (70-71), novamente da autoria de Jackson, mas já era tarde demais, pois Andrade, apesar de falhar os dois lances-livres a que teve direito no final, o segundo já tinha a intenção de retirar o pouco tempo de jogo que restava no marcador (1.7 segundos). O desempenho de João Figueiredo (12 pontos, 4 em 5 lançamentos de 3 pontos, 3 assistências e 2 ressaltos) vai ficar associado a esta vitória, não só pelos números que conseguiu, mas fundamentalmente pelos momentos em que aconteceram. O capitão Nuno Marçal (17 pontos, 7 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola) foi o melhor marcador da equipa, enquanto que Stempin (11 pontos, 11 ressaltos, 2 desarmes de lançamento, 1 roubo de bola e 1 assistência) distinguiu-se como MVP da partida, formando com Terrel (13 pontos, 4 ressaltos e 2 assistências) a dupla interior mais consistente ao longo de toda a prova. Nos vencidos, John Waller (26 pontos e 3 roubos de bola) não pode ter sobre os seus ombros a quase total responsabilidade de fazer pontos no ataque, tendo tido no seu compatriota Chris Lee (9 pontos, 11 ressaltos, 2 roubos de bola, 2 desarmes de lançamento e 1 assistência) a sua melhor ajuda na tentativa de reconquistar o troféu.

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8 MAR 2010

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