FC Porto conquista título da LPB

A época do FC Porto com a conquista do titulo terminou da melhor forma possível, tendo sido o culminar de um processo evolutivo extraordinário, de uma equipa que partiu para esta temporada com aspirações de ser competitiva.

Competições
3 JUN 2016

O triunfo por 93-85 permitiu aos dragões fechar a série (3-1), e por fim à hegemonia revelada pelo SL Benfica nos últimos quatro anos. Não poderia ter sido mais positivo o regresso do FC Porto à Liga Portuguesa de Basquetebol,  e foi visível ao longo da época que cada vez mais reunia condições e competências para discutir o titulo. Uma palavra para o Benfica, um digno vencido, pela forma como se bateu nos quatro jogos, bem como pelo trajeto feito ao longo de toda a temporada. Brilhante foi igualmente o ambiente vivido no Dragão Caixa, com os seus adeptos incansáveis no apoio à sua equipa, e contribuindo para que se assistisse a um espetáculo de excelência. Parabéns ao novo campeão, sendo certo que a modalidade saiu reforçada na edição deste ano, prevendo-se uma nova temporada ainda mais discutida e lutada.

 

Mesmo sendo um jogo que valia o titulo, o FC Porto manteve-se fiel aos seus princípios coletivos, fazendo do tiro de três pontos uma ameaça constante, procurando sempre uma boa circulação de bola no ataque, e tentando o mais possível equilibrar as suas soluções ofensivas. Mas foi nos detalhes que os dragões acabaram por ser mais fortes.

 

A linha de lance-livre acabou por ser decisiva, com 81% (25/31) para o FC Porto e 59% (16/27) para o SL Benfica, bem como a forma mais determinada como os azuis e brancos lutaram pelas bolas perdidas. Os comandados de Moncho López, uma vez mais bem comandados por Troy DeVres, um jogador acima da média, tomou conta do jogo a meio do 2º período. E apesar de algumas aproximações pontuais do Benfica no último período, que chegou a estar a perder por seis (77-83) a 2.11 do final, o FC Porto controlou sempre a marcha do marcador.

 

Os dois treinadores, mas com maior relevo para Carlos Lisboa, tentaram confundir o ataque dos portistas com alternâncias defensivas. Contudp, foi o FC Porto que se mostrou paciente na forma como procurou a melhor solução de tiro. O Benfica tentou ser mais equilibrado ofensivamente, foi à procura de vantagens interiores, teve fases durante a 1ª parte em que teve enorme sucesso a jogar situaões de bloqueio direto, mas voltou a sentir enormes dificuldades para parar o ataque dos novos campeões nacionais. O contra-ataque foi sempre a arma mais eficaz do FC Porto para ultrapassar os problemas criados pelos sistemas defensivos do Benfica, e valeu neste jogo 20 pontos aos dragões.

 

O banco do FC Porto voltou a render mais pontos (34 vs 10), embora o melhor marcador da equipa, Troy DeVries (23 pontos e 5/9 de 3pts), tenha começado no cinco inicial. Grande exibição do poste Nick Washburn (17 pontos e 9 ressaltos), a principal referencia interior na equipa do FC Porto, bem como foi muito útil a proteger o cesto e a equilibrar a luta das tabelas. Brad Tinsley (9 pontos, 8 assistências, 2 ressaltos e 2 roubos de bola) esteve mais discreto, mas foi sempre responsável por marcar os ritmos do ataque do FC Porto. Uma nota ainda para os 10 pontos conseguidos por Ferran Ventura.

 

Na equipa do Benfica, Jeremiah Wilson (22 pontos e 9 ressaltos) foi dos mais inconformados, com finalizações perto do cesto e tiros de longa distância. Ivica Radic (20 pontos e 10 ressaltos) acabou por terminar o jogo com números interessantes, mas no meio campo defensivo revelou sempre muitos problemas. O mesmo poderá ser dito de Daequan Cook (24 pontos), um talento ofensivo inquestionável, mas pouco comprometido com as questões defensivas. 

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3 JUN 2016

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