FC Porto despede-se da Taça

A Académica de Coimbra soube sofrer e demonstrou a coesão necessária que lhe valeu a passagem às meias-finais da Taça de Portugal, deixando pelo caminho o FC Porto (73-71), vencedor da última edição.

Competições | FPB
12 MAR 2011

Os portistas, mormente a boa reacção revelada na segunda metade do último quarto, não tiveram a dinâmica e a química de grupo ideal para estarem melhores nos momentos finais do encontro.

Ao controlar o ritmo de jogo, objectivo primordial da equipa de Coimbra, os comandados de Norberto Alves conseguiram não só colocar o FC Porto a jogar em meio-campo, como também impediram que os dragões tivessem um arranque de jogo forte, que obrigaria a um esforço físico ainda maior por parte dos estudantes.A equipa de Coimbra, tal como é habitual, executou muito bem os seus movimentos ofensivos e, mesmo quando levava ao limite o tempo de ataque, contou com a felicidade dos tiros longos. As boas percentagens de lançamento de campo por parte da Académica colocavam-na na frente ao intervalo (35-31), e só não se verificava um score mais elevado por culpa do elevado número de turnovers de ambas as equipas.Nos segundo tempo os dragões aumentaram a sua agressividade defensiva, enquanto que no ataque Terrel dava o mote. O desejo estava presente, mas começou a ser cada vez mais perceptível alguma intranquilidade na equipa azul e branca, com alguns jogadores a denotarem uma anormal falta de agressividade em atacar o cesto adversário. O tiro exterior não saía aos dragões, aproveitando a Académica para, de uma forma paciente, explorando pela certa o contra-ataque, fazer subir a diferença, que chegou a ser de 14 pontos sensivelmente a meio do 4º período.O treinador Moncho López interrompeu o jogo e fez perceber aos seus jogadores que o lançamento exterior não era a única solução ofensiva que poderiam explorar. O cansaço começou a apoderar-se do conjunto de Coimbra, que passou a iniciar os seus ataques de uma forma desregulada, vendo esfumar-se a vantagem pontual já bem perto do final do encontro, como consequência da perda do controlo da sua tabela defensiva. Coma as equipas empatadas a 65 pontos, Diogo Simões (17 pontos e 8 assistências) descobriu o MVP do jogo Tommie Eddie (16 pontos, 9 ressaltos e 5 roubos de bola) na zona central do campo que, com um triplo decisivo, colocava de vez a sua equipa na frente. Nos momentos finais, os conimbricenses voltaram a dominar o ressalto, não tremendo da linha de lance-livre, o que passou a ser determinante para definir o vencedor da eliminatória. Carlos Andrade ainda teve uma derradeira oportunidade com um triplo falhado a 1 segundo do termo do encontro, que seria o culminar de um jogo emotivo, muito disputado e que teve equilíbrio até final.Os norte-americanos William Holland (17 pontos, 5 ressaltos e 2 assistências) e Matthew Shaw (13 pontos e 6 ressaltos) foram incansáveis em termos defensivos, revelando a mesma discrição no ataque, mas mantendo a sua tremenda utilidade e eficácia ofensiva.Ao capitão portista Nuno Marçal (19 pontos, 5 ressaltos e 5 roubos de bola) só lhe faltou aparecer nos momentos finais com o seu temível lançamento, tendo sido bem secundado, especialmente na 2ª parte, por Sean Ogirri (21 pontos, 2 ressaltos e 2 assistências) e Greg Stempin (14 pontos, 8 ressaltos e 5 roubos de bola).

Competições | FPB
12 MAR 2011

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