FC Porto mais perto da final

Dois lances-livres convertidos por Greg Stempin, a 8 décimas do final da partida, deram a vitória (75-74) pela diferença mínima, ao FC Porto diante da Ovarense, no segundo jogo da meia-final do playoff da Liga.

Competições
16 MAI 2010

Os dragões estão agora a uma vitória de distância da final da competição, frente a uma Ovarense que se bateu muito bem, mas que acabou por não ter a felicidade necessária nos momentos decisivos.

O tiro exterior da equipa portista, com 3 triplos quase consecutivos, deu ligeira vantagem aos azuis e brancos na parte inicial do encontro. Foi imediata a reacção dos vareiros que, mantendo-se fieis à sua defesa de 2×1 no portador da bola, aos poucos, foram equilibrando a marcha do marcador. Se o FC Porto privilegiava as concretizações através do seu lançamento exterior, a Ovarense encontrava em Chris Lee o destinatário preferido das assistências de todos aqueles que através de penetrações em drible causavam desequilíbrios na defesa dos dragões. A partida entrou então numa toada de maior equilíbrio com os dois conjuntos a darem início à rotação dos seus cincos iniciais. O final do período chegou com o Porto na frente (22-20) do marcador. Nos minutos iniciais do 2º quarto os azuis e brancos mantiveram a sua tremenda eficácia para lá da linha dos 6.25 metros – 6/7 86% – chegando facilmente à vantagem de 6 pontos, obrigando o técnico Mário Leite a parar o encontro. Fez bem a pausa aos vareiros, que depois de um período em que as defesas se superiorizaram aos ataques, teve o seu melhor momento, graças a 5 pontos consecutivos do experiente base Nuno Manarte, passava para o comando da partida (36-34). A aposta do técnico Moncho López em alternâncias defensivas, tais como a box and one e a zona 2×3, deu resultados nos momentos finais da 1ª parte. A turma de Ovar viveu então um mau momento, como consequência das dificuldades ofensivas em ultrapassar a zona adversária, que explica em grande parte o parcial sofrido de 7-0 mesmo ao cair do pano (36-41). A opção defensiva – zona 2×3 – escolhida por Moncho López, que tão bons resultados tinha dado no final da 1ª parte, revelou ser um autêntico fiasco mantê-la no inicio da 2ª parte. O maior acerto dos visitados nos lançamentos longos, tal como a paciência ofensiva revelada na procura da melhor solução ofensiva colectiva, permitiu que os comandados de Mário Leite abrissem a etapa complementar com um parcial de 15-2, que colocava os vareiros na frente, por 51-43. Foi o pior momento dos dragões na partida – 2 pontos convertidos em quase 7 minutos jogados no período -, que cortou esse mau período com um triplo de João Figueiredo, dando inicio a um parcial de 7-0. Até final do quarto o jogo decaiu de qualidade com ambas as equipas a acumularem falhas técnicas, mas o que perdeu em eficiência, ganhou em emotividade. O último período chegava com as duas formações separadas pela diferença mínima (54-53), ainda que com vantagem para a equipa da casa. O derradeiro período principiou com os dois conjuntos a manterem os turnovers, embora tenha estado melhor a turma de Ovar, que permaneceu na frente com uma ligeira vantagem de 4 pontos (62-58). Os visitantes empataram pela primeira vez (62-62) a 5.17 minutos do final do encontro, seguindo-se depois um período em que a equipa de Ovar passava para frente por 2 e o Porto voltava a empatar a partida. A situação só se alteraria a 3 minutos do fim, quando o Porto passou para o comando do marcador (68-66). Daí para a frente foram constantes as alternâncias na liderança do jogo, Hunt fez com um triplo o 73-72, Bilial Benn voltou a colocar a Ovarense na frente (74-73) a 25 segundos do termo da partida, para ser Greg Stempin a decidir da linha de lance-livre o desfecho da partida. Uma falta sofrida por Stempin a 8 décimas do final, na disputa do ressalto ofensivo, após um lançamento falhado do seu compatriota Hunt, deu direito a 2 lances-livres que o norte-americano não desperdiçou (75-74). Miguel Miranda ainda teve direito a uma última tentativa de lançamento triplo, mas a bola ficou muito curta. O norte-americano do FC Porto Greg Stempin (22 pontos, 8 ressaltos, 3 assistências, 2 roubos de bola e 2 desarmes de lançamento) foi o MVP da partida, tendo sido bem secundado, tal como tinha acontecido no 1º jogo, pelo seu compatriota Jeremy Hunt (15 pontos, 3 assistências e 2 ressaltos). O base João Figueiredo (16 pontos, 2 ressaltos e 2 roubos de bola) saltou do banco para dar um contributo muito positivo à equipa.Na formação de Ovar, o capitão Nuno Manarte (14 pontos, 6 assistências e 4 ressaltos) voltou a estar muito bem, tal como o poste norte-americano Chris Lee (20 pontos, 8 ressaltos e 2 assistências) autor da melhor exibição da turma de Ovar. O internacional português Miguel Miranda (11 pontos, 5 ressaltos, 4 assistências e 3 roubos de bola) esteve bem a espaços.

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16 MAI 2010

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