FC Porto vence clássico

Competições
30 JAN 2010

No encontro mais aguardado das meias-finais da Taça Hugo dos Santos, o FC Porto Ferpinta derrotou o Benfica, por 78-72, qualificando-se, assim, para a final da prova. O triunfo portista não merece contestação já que a equipa dominou o encontro, impressionando pela consistência apresentada e nunca permitindo que o adversário alimentasse grandes expectativas quanto à vitória na eliminatória.

Boletim do jogo em http://www.twitpic.com/10je24

Mini video com resumo e comentários em http://upload.youtube.com/my_videos_upload

Surpreendeu o cinco inicial apresentado pelo técnico portista Moncho López para esta partida, ao incluir o jovem base André Bessa e o pouco utilizado David Gomes, numa missão de sacrifício, diga-se com sucesso, com sucessivas situações de 2×1 na defesa ao portador da bola encarnado. As dificuldades benfiquistas em ultrapassar a pressão, resultando em algumas perdas de bola, juntamente com 2 triplos consecutivos de Marçal (10-2), deram a primeira vantagem digna de registo aos portistas. As trocas promovidas pelo técnico Henrique Vieira, retirando o desinspirado Sérgio Ramos (posição 4), reentrando Frisby no seu lugar – deu inicio à recuperação encarnada –, Ben Reed na posição de 1º base e com Tavares a converter um triplo no primeiro lançamento que marcou o seu regresso (11-15), reaproximaram os dois conjuntos no marcador até final do período (18-15 favorável aos azuis e brancos). No segundo quarto acentuou-se o domínio dos portistas, em parte por culpa de alguma passividade na defensiva encarnada – bem a antecipar os movimentos ofensivos do adversário mas pouco activa na luta pelas posições – fundamentalmente pela inspiração individual de Carlos Andrade, autor de 14 dos seus 28 pontos neste período. Os comandados de Henrique Vieira continuavam a acumular perdas de bola sem lançamento – 11 turnovers no final da 1ª parte – motivo pelo qual foi ficando para trás, destacando-se os dragões que, à passagem do 5º minuto (34-25), conseguiam uma diferença de 9 pontos, a mesma que se verificava quando as duas equipas recolheram aos balneários para tempo de descanso. A opção defensiva dos dragões, utilizando os mesmos intervenientes, repetiu-se no recomeço do encontro, com os encarnados, já de sobreaviso, a repetirem nos momentos iniciais erros anteriormente evidenciados. Já sem Will Frisby, que ficou no balneário, não recuperando da lesão muscular sofrida durante a 1ºparte, e com Sérgio a passar ao lado do encontro, a equipa lisboeta conseguiu manter-se no jogo graças ao excelente trabalho realizado na luta das tabelas, principalmente ofensiva. Apesar de aparentemente parecerem melhores, os azuis e brancos não conseguiram expressar essa superioridade em pontos, mantendo ainda assim a uma almofada pontual de 7 pontos (60-53) para abordar o derradeiro quarto do encontro. O quarto e decisivo período começou com as águias, como lhes competia, a tentar a reviravolta no marcador. Com pouco menos de 6 minutos para jogar, após 2 pontos do apagado Sérgio Ramos, que colocava o resultado em 66-60 favorável aos portistas, o treinador Henrique Vieira tentou surpreender ao introduzir uma defesa zona. Não abanaram os comandados de Moncho López que, numa atitude inteligente, souberam atacar com paciência, não caíram na tentação dos lançamentos longos, sabendo explorar as zonas interiores da zona pelas acções dos seus postes. Um triplo de Rui Mota (73-62) com 3.45 minutos para jogar, era o prenúncio do triunfo portista, que viria a confirmar-se no final. O Benfica ainda conseguiu reduzir para 4 pontos a 72-76, mas sem nunca ter conseguido verdadeiramente ameaçar a liderança do opositor. O resultado final de 78-72 é um prémio justo para a forma consistente como o FC Porto Ferpinta dominou o encontro desde o seu inicio.É justo evidenciar o grande jogo de Carlos Andrade (28 pontos, 8 assistências, 7 ressaltos e 6 roubos de bola), MVP do encontro, a contagiar todo o grupo com o seu desejo de vitória. Mais discreto, embora igualmente decisivo esteve Julian Terrel (12 pontos, 9 ressaltos e 3 roubos de bola) peça fundamental do triunfo dos nortenhos. Do lado dos encarnados, com a lesão de Will Frisby, o desacerto de Ramos, foi a dupla formada por Heshimu Evans (18 pontos e 9 ressaltos) e João Santos (16 pontos, 2 ressaltos e 2 roubos de bola) que esteve mais próxima do seu melhor.

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30 JAN 2010

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