Fernando Monteiro: «Queremos incrementar o feminino»

Final-four da Taça de Portugal feminina vai ser disputada este fim-de-semana em Barcelos e, aproveitando o evento, quisemos saber junto do presidente da Associação de Basquetebol de Braga como se encontra a nossa modalidade naquele distrito.

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24 MAR 2010

Fernando Monteiro traçou-nos um cenário bastante optimista, mas o líder minhoto é ambicioso e não esconde querer mais, mais atletas e mais protagonismo para os clubes da região. Sonha também organizar uma fase final da Taça de Portugal masculina no Minho

Quais os objectivos da Associação de Braga ao avançar para a organização da final-four? Passam pela a divulgação da modalidade no distrito, permitindo com isso uma maior visibilidade do basquetebol. Desde que fomos eleitos foi uma aposta desta Direcção o incremento da prática do Feminino e tal tem vindo a ser conseguido. A presença dos melhores clubes femininos podem levar esta zona de Braga a aderir de forma mais evidente à modalidade? Obviamente que sim, ao organizarmos este evento esse é o objectivo. Sabemos no entanto que há ainda um longo caminho a percorrer de modo a podermos posicionar os clubes da ABB no pelotão da frente da modalidade na vertente feminina. Quantos praticantes (e clubes) existem actualmente do distrito? Quais os clubes que dominam os respectivos campeonatos e qual o seu enquadramento ao nível das competições nacionais? Neste momento contamos com cerca de 900 atletas distribuídos por 11 clubes. Num distrito marcado claramente pela implementação do futebol, alguns projectos inovadores e mobilizadores com certeza que nos levarão futuramente a apontar metas de em alguns Concelhos a dinâmica do basquetebol se tornar uma realidade com um futuro agradável. Os campeonatos distritais este ano marcam uma surpresa por parte do SC Braga, que arrebatou três títulos, no sector masculino (Sub-14, Sub-16 e Sub-18), deixando o feminino para o VSC (sub-14) e BC Barcelos (Sub-16 e Sub-19). Embora o panorama de títulos desta época esteja assim distribuído, podemos juntar a este núcleo a ATC, GDAS e SCL Enguardas, os clubes que tem sempre uma posição constante ao longo dos anos. Embora ainda estejamos ligeiramente afastados do melhor nível nacional no que à formação diz respeito, alguns títulos nas Taças e alguns resultados positivos no Torneio Nacional de Sub-14 e Selecções Distritais, tem encorajado os clubes a melhorarem as suas condições de trabalho e a formação dos seus treinadores, levando a acreditar que, com dedicação, é possível marcar num futuro próximo uma posição credível no panorama nacional. Nos escalões seniores, o VSC, depois dos êxitos na Proliga e na Liga, tem marcado uma posição clara de estar ao nível dos melhores, por outro lado o BC Barcelos na Liga Feminina e Proliga é um clube que no futuro igualmente poderá alcançar um patamar elevado. Os jovens da região estão sensibilizados para a prática do desporto ou, a exemplo do que sucede noutros pontos do país, começam a optar por outro tipo de actividades? Há cada vez mais praticantes de basquetebol no distrito já que nos últimos 3 anos conseguimos dobrar o número de praticantes mas não estamos satisfeitos, havendo por isso novas metas a atingir no futuro. Claro que sabemos que há outro tipo de actividades que nos fazem frente. Temos é que ser cada vez mais criativos para assim fidelizarmos os jovens à modalidade. Que outras actividades tem a Associação previstas para os próximos tempos? A ABB tem em mente organizar mais pontos altos no futuro, uma delas será a Final a 8 masculina. Mas este evento só faz sentido se conseguirmos da parte dos clubes o compromisso da divulgação da modalidade junto das escolas, para assim podermos atrair mais praticantes. Haverá também a necessidade de outras actividades paralelas, tal como está a ser feito nesta final feminina de modo a podermos ter o pavilhão bem composto aquando da realização dos jogos. Quais as metas que gostava de ver alcançadas pela sua Associação a curto/médio prazo? As metas que a nossa Associação tem em vista passam por fazer com que haja cada vez mais praticantes, daí haver uma grande aposta no Mini, e que os clubes sejam cada vez mais competitivos no panorama da modalidade. Estamos conscientes que estas metas só serão atingidas se conseguirmos efectuar um plano formativo a nível de dirigentes, treinadores e juízes.

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24 MAR 2010

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