Fernando Rocha responde

Atletas | Competições | Juízes
14 JAN 2010

Na rubrica “O especialista explica”, e na sequência do artigo aqui publicado pelo árbitro Fernando Rocha, o categorizado juiz disponibilizou-se para responder a algumas questões levantadas pelos nossos leitores. Lembramos que neste espaço treinadores, jogadores ou árbitros responderão às perguntas mais pertinentes sobre o jogo, que podem ser colocadas nos comentários às nossas notícias. Se ainda não leu o artigo de Fernando Rocha, saiba que pode fazê-lo em “arquivo de notícias”, aqui no nosso site… António – 08/01/2010 21:56 O problema é o exemplo 2. Permite-se muito mais do que “um contacto normal” e muitas das vezes o driblador acaba por pisar a linha lateral e marcam fora… R: Mesmo que o contacto seja normal, se por esse facto o driblador pisa a linha, há então vantagem de quem prevarica, logo o contacto deve ser assinalado como falta. Gonçalo Silva – 08/01/2010 18:53 Antes de mais, parabéns pela iniciativa! Artigos destes são sempre bem recebidos. Em segundo lugar, gostaria que vissem este vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=KnqeWp0BC20) e me dessem a vossa opinião. Não é legal fazer isto na bola ao ar certo? Saudações Desportivas R: Não é legal, pois o saltador não pode tocar a bola no seu percurso ascendente. Violação, bola para a equipa adversária. Mas como o árbitro não assinalou a violação, há de seguida uma outra por parte da equipa que veste de branco, também ela não assinalada, pois um saltador não pode agarrar a bola proveniente de uma bola ao ar, sem que aquela tenha entretanto tocado o solo ou um dos 8 restantes jogadores, que não os saltadores. João Pedro (jpppedro@msn.com) – 07/01/2010 20:07 O exemplo 3 é “engraçado no mínimo”. Ao não serem sancionados passos claramente que o jogador tira vantagem…afinal de contas assim a sua equipa fica com posse de bola. O jogador com bola ganhou claramente a vantagem adicional de permanecer com a bola depois de cometer um erro técnico – ter efectuado passos. Diria mesmo mais vantagem não poderia existir. A ideia é excelente, pois ajuda-nos a todos a perceber um pouco mais o jogo e as decisões tomadas pelos árbitros. R: São as regras que consagram este princípio, não são os árbitros que o inventam, limitando-se a aplicá-lo quando se justifica. Pequenas infracções, e é disso que estamos a falar, são desprezadas se acontecem longe da área vital do jogo e se não existe uma defesa ao infractor que deva ser premiada… Só em casos com estas circunstâncias. Carlos Grave (grave@netcabo.pt) – 06/01/2010 14:48 Caro Fernando Rocha boa tarde. Não propriamente para comentar o seu artigo, interessante de resto, e raramente aplicado por exemplo por árbitros menos experientes, mas para lhe colocar um caso prático tendo em conta uma decisão de um colega seu que vi recentemente: 3/4 segundos para jogar e um lançamento em desespero junto a linha de meio campo. O seu colega assinala uma falta, aquando do que pode ser considerado lançamento, falta esta considerada anti-desportiva, sancionando a equipa com 2 lançamentos e posse de bola pela linha lateral. A minha questão, tratando-se de um lançamento, ainda que ortodoxo aceito, não teria lugar a 3 lances livres? Qual a sua opinião? R: Partindo do pressuposto que a intenção era lançar, seriam 3 lances livres e posse de bola pelo ponto médio da linha lateral.Duarte Pacheco (duartepacheco1@hotmail.com) – 11/01/2010Aproveito o facto de o Sr. Árbitro Fernando Rocha estar ao dispor paraesclarecer qualquer questão para colocar uma pertinente: Imaginemosque um jogador agarra a bola na zona de ataque mas põe um pé na zonade defesa. A regra diz que deve ser assinalada violação. Imaginemostambém que o jogador adversário mais próximo estava a 5 metros dedistância (defesa zona junto da linha de triplo), o que quer dizer queo jogador com bola não vai pôr em desvantagem a outra equipa por pôr opé do lado de lá da linha central. No entanto, se nada for assinaladaa equipa com bola pode marcar cesto usufruindo do facto de não tersido violação. O que lhe pergunto Sr. Fernando é o seguinte: assinalava violação? R: É claro que é violação… O princípio de vantagem/desvantagem não se aplica a todas as violações, só será aplicado a algumas delas e em determinadas circunstâncias já explicitadas. Não se aplica nas bolas fora (um jogador que pisa uma linha limite) ou, por exemplo no regresso da bola á zona defesa, que é o caso que o leitor coloca.Carlos Sousa (carlos_sousa14@hotmail.com) – 12/01/2010Gostaria em 1º lugar de saudar a iniciativa e dar os parabéns ao sr.árbitro Fernando Rocha, pelo grande contributo que prestará ao Basquetebol, ao esclarecer as dúvidas aqui colocadas. Deixo a seguinte questão: Numa situação de 2×1 ao portador da bola que já parou o drible, porque razão é que quase nunca é sancionado “passos” ao atacante e em 99% dos casos é logo sancionado o contacto aos defensores? há alguma recomendação especial dada aos árbitros nesta situação, em que o atacante até chega a mudar de pé pivot?…Não podemos esquecer que quem faz 2×1 está também a sofrer um 3×4 sem bola…(quem tem vantagem?…) Gostaria de ver esclarecida esta dúvida que habitualmente sou confrontado com ela em campo.R: Não existe qualquer recomendação especial sobre a matéria, haverá pois que cumprir as regras. A questão que se poderá colocar é o que acontece primeiro… “Passos” ou estes decorrem como consequência de um contacto que tenha sido produzido…? Cada caso, será um caso…Ponte-e-Sousa (jcps@uevora.pt ) – 14/01/2010 Apenas isto: No arranque em drible qual é a acção a partir da qual opé eixo pode ser movimentado? Largar a bola ou ouvi-la bater no chão?R: O pé eixo, no arranque em drible, não pode ser levantado antes de largar a bola.

Atletas | Competições | Juízes
14 JAN 2010

Mais Notícias