“Foi uma recuperação incrível e uma grande demonstração de caráter”

O capitão dos bicampeões nacionais falou à FPB sobre mais uma época de sucessos, onde apenas falhou a conquista da Taça de Portugal.

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20 JUN 2019

O internacional português não deixou de destacar o trabalho da equipa técnica, o apoio do público e a força mental demonstrada pela equipa nos momentos mais adversos.

Como é que a Oliveirense se prepara para os playoffs? Em dois anos perderam apenas um jogo… O que realçaria no trabalho da equipa técnica?
Não só o trabalho durante o ano, ao prepararem-nos especificamente para várias situações diferentes, mas também o trabalho de recrutamento. Os jogadores recrutados têm sempre um caracter vencedor e isso conta muito. Durante a época até pode parecer haver algum relaxe, mas depois chegam as fases decisivas das competições, os playoffs e o “chip” muda completamente. A diferença, para além do trabalho diário, é essa. Somos muito bem preparados para todo o tipo de situações. 
 
Quão importante foi o apoio do público nas deslocações a Lisboa depois da derrota sofrida no segundo jogo?
Tínhamos tido alguma dificuldade depois da derrota no jogo 2, parecia que já estávamos a perder 2-0 e se perdêssemos o jogo seguinte tínhamos sido eliminados, mas não era verdade. A semana foi complicada, os níveis anímicos da equipa estavam em baixo. Se perdêssemos o jogo 3 estava praticamente decidido. Com a mudança dos horários do jogo tivemos um fim de semana extenso em Lisboa e estávamos com receio, mas mesmo com todas as adversidades tivemos muito apoio que nos permitiu sair por cima no jogo 3. A confiança da equipa estava tão alta que se jogássemos o jogo 4 logo a seguir também tínhamos ganho. Foi uma recuperação incrível e uma grande demonstração de caráter. Os adeptos também sentiram isso e fizeram notar ainda mais a sua presença na segunda-feira do que propriamente no jogo 3, na sexta-feira. 
 
Além da grande qualidade da equipa e da forma como é trabalhada, a força mental demonstrada pela Oliveirense fez a diferença. Como líder da equipa, de que forma descreveria esses momentos?
Sei que tenho a capacidade para marcar pontos, apesar de não ser o mais capaz da equipa a fazê-lo. O primeiro objetivo que tenho passa por distribuir e dar a marcar. Só assumo quando acho que mais ninguém tem coragem de o fazer, daí as pessoas dizerem que nos momentos difíceis apareço em jogo. Como sou o capitão tenho de liderar a equipa e “dar o peito às balas”. No jogo 3 houve um momento em que senti que o jogo estava perdido e chamei-os, olhei nos olhos dos meus colegas e senti que era até ao fim, sem desistir. Nos olhos deles senti o mesmo e acabamos por ganhar o jogo. A cumplicidade entre nós é tão grande, já vivemos tanto juntos que é como se fosse família. Nestes jogos, muito mais do que qualidade técnica ou tática, o que conta é a parte mental e a coragem.
 
Se o ano passado a UD Oliveirense pode ter criado alguma surpresa com a conquista do título inédito, o bicampeonato coloca os holofotes sobre vocês na próxima temporada. Que diferenças destaca neste ano de revalidação do título?
Este ano já não eramos outsiders. Fomos o ano passado e quando as equipEsta época foi diferente, foi muito mais difícil e mais saboroso por causa disso, desas ditas favoritas se aperceberam que podíamos vencer já era tarde demais. de o primeiro dia da temporada que estavam preparados para nós. Dependendo da manutenção de jogadores para o próximo ano e do investimento, penso que é sempre possível construir boas equipas. 
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20 JUN 2019

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