«Fomos ganhando confiança»

Coordenador e treinador da equipa de sub-16 feminina que vai disputar a fase final do Campeonato Nacional, Carlos Vaqueiro está muito orgulhoso do desempenho das suas atletas esta época.

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19 MAI 2010

Diz que a equipa ultrapassou dificuldades e alguns medos, estando nesta altura muito motivada

Como antevê a presença da sua equipa na fase final? Como coordenador do clube estou realmente entusiasmado por termos conseguido alcançar este ponto alto nacional, depois de 6 anos de trabalho árduo para reestruturar o trabalho de formação, com um maior investimento nos escalões mais jovens. Como técnico da equipa, fico muito satisfeito pelo empenho e pela dedicação das atletas durante toda a temporada, onde fomos ultrapassando dificuldades e alguns ‘medos’, e fomos ganhando uma confiança que finalmente nos levou à Fase Final Nacional. Nestes momentos, vejo a minha equipa motivada e com muitas ganas de fazê-lo bem em Idanha. Tendo em conta os objectivos delineados no arranque da temporada, já esperava poder chegar a esta altura da época a pensar na conquista do título? Quando delineamos os nossos objectivos, sempre o fazemos a médio-longo prazo. É evidente que no caminho do desenvolvimento da nossa programação de trabalho, encontramos “momentos competitivos” mais relevantes, e como treinadores temos que estar preparados para dar resposta a estes momentos, que para as atletas são marcantes (como foi no nosso caso a vitória na Final Distrital frente a AD Sanjoanense por apenas 1 ponto). À medida que avança a temporada e os resultados continuam a aparecer, é importante perspectivar novas metas como meio de motivação para as nossas atletas e é nesse momento que sentimos que podíamos estar na Fase Final Nacional, tendo trabalhado para isso. Nas duas últimas épocas, a nossa equipa de Sub-14 Feminina (actual equipa de Sub-16) ficou sempre às portas da Fase Final Nacional… era importante atingir este objectivo para o grupo e, uma vez conseguido, é por mais evidente que vamos dar tudo por tentar conquistar o título. Sendo certo que preparar atletas para, futuramente, alinhar nos seniores deve ser a principal preocupação dos escalões jovens, acredita que formar a vencer é a melhor maneira de os motivar e os manter empenhados na modalidade? A verdade é que é mais fácil formar atletas quando se ganha que quando se perde, mas também é importante educar as atletas para a derrota e para a vitória. O problema não é “ganhar ou perder”, mas sim dar prioridade à vitória frente a aspectos e valores educacionais que vão acompanhar as atletas durante toda a vida (educação, responsabilidade, respeito, colaboração…). Evidentemente, na sua formação antes de chegar aos escalões de seniores, as atletas devem aprender a lidar com a vitória e a derrota de maneira construtiva, pois de não consegui-lo não estou a ver que tenham sucesso nem na sua vida desportiva nem na sua vida pessoal. Como caracteriza a realidade do basquetebol nacional na formação? Existem condições para melhorar os resultados das várias selecções jovens a curto-médio prazo? Vindo de uma realidade diferente como é Espanha, onde existe um modelo de jogo aceite por todos e onde existe uma linha de trabalho desde o minibasquete, penso que falta uniformidade no trabalho de formação em Portugal. Não me parece que exista coesão entre os técnicos das diferentes Selecções Nacionais (não vejo continuidade no trabalho realizado nas selecções de sub-16, sub-18 e sub-20), não me parece que exista muito diálogo entre os Seleccionadores Nacionais e os Seleccionadores Distritais (Portimão foi prova disso, sendo que cada selecção fazia o que queria sem haver um fio condutor entre todas elas), e também não me parece haver muita empatia entre os Seleccionadores Distritais e os Técnicos dos clubes. Em resumo, penso que o que é mais necessário é ter mais momentos de discussão entre os treinadores, onde trocar impressões, ideias e filosofias abertamente, pois sem lugar a dúvidas é o mais enriquecedor para o nosso crescimento como pessoas e como técnicos. Enquanto às Selecções Jovens, é claro que existem condições (fiquei surpreendido pelas ‘potenciais’ atletas que vi em Portimão – com físicos impressionantes), mas não é suficiente se não houver vontade de todas as partes. Todos nós temos que trabalhar para ajudar, desde os clubes até a Federação, sabendo que nós (treinadores) somos pedras angulares para o sucesso ou insucesso deste processo. ——————————————————————————————————————————A capitã Ana Graça considera esta presença na fase final uma recompensa pelo trabalho desenvolvido ao longo da época e que o triunfo seria a cereja no topo do bolo… Chegar a uma fase final de um campeonato nacional é o prémio justo para um ano de trabalho ou é preciso vencer que assim seja? Chegar a uma fase final é como se fosse uma “recompensa” de todo o nosso trabalho ao longo do ano e é gratificante, pois tivemos de percorrer um longo caminho até chegar aqui. O mais importante é evoluirmos como jogadoras e não há nada melhor que uma fase final para isso… Vencer? Sim todas nós temos essa ambição, mas o facto de chegarmos aqui já foi bastante bom, ganhar seria “a cereja no topo do bolo”. Tem conhecimento das equipas adversárias? Sim, vai ser uma fase final muito equilibrada. Como foi o trajecto até chegar aqui? Percorremos um longo caminho até chegar aqui, muitas horas de treino, esforço e dedicação, com altos e baixos, fomos ultrapassando os problemas que iam surgindo, é com muita satisfação e alegria que aqui estamos e unidas esperamos alcançar o máximo. O que gostaria de atingir no basquetebol? Chegar o mais longe possível.———————A vice-capitã Andreia Branco salienta, por sua vez, que a equipa tem de estar muito concentrada… Chegar a uma fase final de um campeonato nacional é o prémio justo para um ano de trabalho ou é preciso vencer que assim seja? Na minha opinião já é um prémio justo para todo este ano de trabalho, claro que é sempre bom ganhar e se ganhássemos esta fase final nacional era “a cereja em cima do bolo”. Tem conhecimento das equipas adversárias? Sim, com duas delas já jogamos e a outra temos pequenas ideias. Como foi o trajecto até chegar aqui? Foi bastante atarefado mas recompensador. Tivemos de estar muito concentradas naquilo que queríamos, no nosso objectivo. O que gostaria de atingir no basquetebol? É sempre bom e acho que um sonho de qualquer jogador é ser campeão nacional . Agora é o meu maior objectivo, depois deste veremos o próximo.XXII Campeonato Nacional Sub 16 Feminino Calendário da prova a realizar no próximo fim-de-semana no Pavilhão Municipal de Idanha a Nova: 1ª Jornada – Sexta-feira, dia 21 de Maio 19:30 Horas 21:30 Horas 2ª Jornada – Sábado, dia 22 de Maio 15:30 Horas17:30 Horas 3ª Jornada – Domingo, dia 23 de Maio 09:00 Horas11:00 Horas

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19 MAI 2010

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