Galitos leva Lusitânia à negra

Falta apenas apurar um dos semi-finalistas do campeonato da Proliga, uma vez que Barcelos e Eléctrico FC, ao vencerem o 4º jogo desta eliminatória, frente a CD Póvoa (61-60) e Aliança Sangalhos (58-50), respectivamente, atingiram a 3º triunfo, que lhes garante a passagem à ronda seguinte.

Competições
26 ABR 2010

Já o Galitos FC obrigou para o Lusitânia a ter que disputar a negra, nos Açores, onde será então conhecido o adversário dos barcelenses na próxima ronda.

De uma situação de entre a espada e a parede a formação do Galitos conseguiu, não só sobreviver, como transferir para o adversário grande parte da responsabilidade e pressão que o 5º jogo vai implicar. Face ao investimento feito, à posição ocupada, à vantagem de que dispôs e ao factor casa, os insulares têm agora que comprovar todo o favoritismo de que já tiveram. Se é indiscutível a qualidade do plantel açoriano e experiência dos seus atletas, não se pode esquecer, nem colocar de parte, a forte motivação que reina neste momento dentro do grupo de trabalho do Galitos, bem como os seus níveis de confiança. Muita coisa se poderá dizer e escrever acerca de um 5º jogo, mas tudo irá resumir-se à inspiração individual e colectiva durante a partida, bem como ao domínio emocional, tão importante para não acumular erros e falhas simples. A dupla formada por Darren Townes (25 pontos, 13 ressaltos e 2 assistências) e Rui Quintino (14 pontos, 7 ressaltos, 5 assistências, 3 roubos de bola e 1 desarme de lançamento) repetiu a boa exibição do dia anterior, sendo desta vez Tiago Brito (18 pontos, 5 assistências, 5 roubos de bola e 2 ressaltos) o 3º elemento a destacar-se. Nos insulares, Marcel Monplaisir (13 pontos, 12 ressaltos e 2 assistências) foi o mais valorizado, já Mohamed Camara (19 pontos, 5 ressaltos e 3 assistências) foi o melhor marcador. Alentejanos resolvem a eliminatória em Sangalhos Ao vencer pela segunda vez consecutiva em Sangalhos, o Eléctrico FC justificou a sua presença nas meias-finais da Proliga. Uma vez mais o resultado final foi de baixa pontuação (58-50), o que veio dar razão às palavras de Jorge Afonso dias antes deste duplo confronto, que dizia que a defesa iria ser muito importante. Foi precisamente neste aspecto do jogo que a turma de Ponte de Sor fez a diferença, pois ao conseguir reduzir a 50 pontos a marcação pontual do seu adversário, grande parte do trabalho ficou feita. Sem nunca ter sido claramente superior em qualquer fase do jogo, a verdade é que os pupilos de Andry Melnychuk tiveram sempre um ligeiro ascendente como demonstram os parciais – 14-17, 10-12, 11-13 e 15-16 – da partida. Os dois conjuntos estiveram desastrados na hora de atirar ao cesto, linha de lance-livre incluída, de tal forma que os 53% conseguidos pelos alentejanos nos lançamentos de 2 pontos acabaram por ser um factor decisivo no desfecho do encontro. Se Tiago Pinto (16 pontos, 6 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola) brilhou no jogo exterior alentejano, Aylton Medeiros (14 pontos, 7 ressaltos e 4 roubos de bola) fê-lo nas zonas mais interiores. O capitão do Sangalhos Emanuel Silva (23 pontos, 8 ressaltos, 6 roubos de bola, 3 desarmes de lançamento e 2 assistências) fez tudo que lhe era possível para manter a sua equipa em prova. Com Dubois (11 pontos e 10 ressaltos) pouco eficaz e sem Justin Marshall, a produção ofensiva da formação da Bairrada ressentiu-se significativamente. Barcelos teve de sofrer para garantir as meias-finais O CD Póvoa, clube que subiu esta temporada ao campeonato da Proliga, despediu-se do playoff com grande dignidade, cedendo apenas após prolongamento (empate a 52 pontos no final do tempo regulamentar), e pela diferença mínima (60-61), naquele que foi o 4º jogo da eliminatória. Quando os dois conjuntos recolheram aos balneários para tempo de descanso, mais do que diferença pontual (10 pontos) que as separava, a forma como os visitantes terminaram a 1ª parte – parcial de 15-9 – indiciava que o jogo poderia tornar-se de feição. Responderam bem os comandados de Carlos Cabral, que apenas precisaram de 10 minutos para operar a reviravolta no marcador (44-42). Daí até final o equilíbrio e a emoção foi muita, de tal forma que não seriam suficientes os 40 minutos para se encontrar o vencedor do jogo. Nos 5 minutos extra o Barcelos acabou por ser mais feliz (9-8), num encontro recheado de curiosidades estatísticas. Os poveiros acabam por ser vítimas das más percentagens de lançamentos de campo, uma vez que não é nada habitual uma equipa perder quando conquista mais 21 ressaltos que o seu adversário (55-34). Mas se a turma da Póvoa do Varzim esteve mal no capítulo do lançamento, os barcelenses não estiveram muito melhor, especialmente da linha de lance-livre onde conseguiram a proeza de desperdiçar 14 pontos (12/26), que lhes podia muito bem ter custado a vitória. A regularidade de Akinyanju Oladoyin (17 pontos, 11 ressaltos, 4 roubos de bola, 4 desarmes de lançamento e 2 assistências) desequilibrou os pratos da balança, muito embora o seu compatriota do Póvoa Ethan Jr (15 pontos, 15 ressaltos e 5 desarmes de lançamento) também tenha estado a bom nível.

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26 ABR 2010

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