«Ganhará quem cometer menos erros»

Depois dos dois triunfos no Barreiro, suficientes para o Galitos empatar a primeira eliminatória do playoff diante do Lusitânia (2-2), a equipa da margem Sul do Tejo vai este sábado disputar nos Açores o jogo do tudo ou nada.

Atletas | Competições
30 ABR 2010

O jogador reconhece que o adversário tem um conjunto de muito valor, mas não esconde a intenção de continuar em frente nesta fase final da Proliga.

O que mudou na equipa do Galitos após as duas derrotas nos Açores? Não ficamos satisfeitos com a forma como disputámos os primeiros dois jogos desta eliminatória. No primeiro dia fomos muito permissivos na defesa e cometemos demasiados erros no ataque – 20 turnovers; no segundo fomos superiores em quase todos os aspectos do jogo, mas o Lusitânia teve o mérito de fazer uma boa percentagem de lançamentos triplos – 55% – terminando com mais lançamentos de 3 pontos convertidos (12) que de 2 pontos (11). Saímos dos Açores desanimados por não termos conseguido alcançar uma vitória, mas confiantes nas nossas capacidades e decididos a fazer melhor na nossa casa. Conscientes que mais uma derrota significava o final da época para o Galitos, a equipa uniu-se e realizou dois excelentes jogos, perante o nosso público, que nos permitiram chegar ao empate e ter a possibilidade de disputar o quinto e último jogo. A significativa melhoria das percentagens de lançamento, principalmente de 3 pontos, contribuiu decisivamente para os dois triunfos do fim-de-semana. Foi apenas inspiração e o facto de terem jogado no pavilhão onde habitualmente treinam, ou tacticamente alteraram algo? Sem dúvida que o facto de estarmos a jogar no pavilhão onde treinamos diariamente teve influência no aumento significativo das percentagens de lançamento. Não alterámos nada tacticamente. Procuramos melhorar alguns aspectos defensivos, circular melhor a bola e seleccionar melhor os lançamentos. Constata-se que quem começa melhor acaba por vencer os jogos. Acredita que isso será preponderante no próximo jogo? O início é importante, mas em jogos equilibrados, e com várias alternâncias na liderança do marcador, como tem acontecido na maior parte dos encontros desta eliminatória, ganha a equipa que conseguir ser melhor no final dos 40 minutos. A forma como conseguiram empatar a eliminatória, vencendo os dois jogos por margens muito curtas e com o adversário sempre muito perto, poderá ser uma mais-valia para o grupo, para um encontro com as características muito próprias de uma negra? A experiência adquirida nestes jogos é sem dúvida uma mais-valia, mas não existem jogos iguais. Numa partida a eliminar, como será a próxima, os detalhes assumem particular importância e geralmente ganha quem cometer menos erros. O facto de o Lusitânia ter-se assumido desde cedo como candidato a subir à LPB e estar a jogar diante do seu público, pode também, neste jogo 5, funcionar como uma pressão extra em todo o grupo. Espero que o próximo encontro seja bem disputado e que o Galitos seja capaz de contrariar o favoritismo atribuído ao factor casa que se tem verificado ao longo desta eliminatória. O que há a anular ou reduzir no jogo ofensivo do Lusitânia? O Lusitânia, apesar de ter um plantel reduzido em número, tem um conjunto de jogadores com muita qualidade e com várias épocas de experiência em equipas de Liga e Proliga. O Daniel Monteiro, com quem já tive o prazer de jogar, é o líder do grupo e ocupa o papel principal em todas as manobras ofensivas da sua equipa.

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30 ABR 2010

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