Intensidade, paixão, controlo emocional e muita amizade!”

O Atlético CP está a uma vitória de se sagrar campeão nacional da Proliga, mas para isso terá que vencer um jogo em Ílhavo.

Competições | Treinadores
25 MAI 2016

A subida já foi garantida, o técnico Hugo Sousa sente-se realizado pessoalmente, embora o titulo fosse a forma perfeita de fechar um ciclo. Para conseguir o sucesso, foi necessário mudar hábitos de trabalho, conseguir mais compromisso de todos, e o técnico destaca a excelência do grupo de trabalho que liderou. Para repetir o triunfo em Ílhavo, Hugo Sousa considera que será determinante evitar os desequilíbrios defensivos que permitam tiros abertos. As boas leituras ofensivas terão de ser a resposta à disciplina tática defensiva do adversário, bem como uma equipa mais consistente no seu rendimento. Quanto ao futuro, o ainda treinador do clube de Alcântara aponta o caminho e deixa sugestões para quem tomar conta dos destinos do basquetebol dentro do clube. Nos anexos desta noticia poderá ler o projeto que irá deixar à nova Direção. O jogo 2 realiza-se no próximo sábado às 18 horas.

 

Agora que, mais do que nunca, o final de época se aproxima, sensação de dever cumprido?

Mais do que dever cumprido, é uma enorme sensação de realização pessoal. Há muito que sentia a necessidade de testar as minhas capacidades enquanto treinador e este ano tive a oportunidade de ter trabalhado com um excelente grupo de homens e com um dos melhores jogadores de sempre (para mim o melhor!), que, diariamente, me motivou e desafiou a procurar a excelência, partilhando todo o seu conhecimento e experiência pessoal, confiando e respeitando todos por igual. Foi difícil romper com maus hábitos e consciencializar o quão duro é o trabalho para estarmos preparados da melhor forma, até porque isso em si não é garantia de sucesso, mas é indiscutível, que essa transformação nos ajudou a ficar mais perto do êxito.

 

Fechar a temporada com o titulo de campeão da Proliga seria fechar um ciclo com chave de ouro?

Será sem dúvida uma grande alegria para todos nós e uma merecida recompensa para o grupo, mas também para todos os atletas, treinadores e dirigentes, que, ao longo dos últimos 20 anos, viabilizaram a continuidade da modalidade no Clube e a possibilidade de hoje o Atlético estar novamente entre os melhores do basquetebol nacional.

 

Estão em vantagem na eliminatória, mas o jogo 1 não foi nada fácil de vencer. O que mudou na equipa que tenha permitido virar o jogo na parte final?

Antes de mais há a realçar o espetáculo desportivo que foi o jogo 1. Um jogo extraordinariamente emotivo com ambas as equipas a competirem de forma intensa, apoiadas pelos respetivos adeptos de forma vibrante mas igualmente respeitadora. Para eles também uma merecedora palavra de agradecimento. Foi extraordinariamente gratificante no regresso dos balneários ao intervalo ver o nosso pavilhão repleto de crianças a lançar a bola ao cesto, e mais ainda, ter sido interpelado no final do jogo, por filhos de amigos meus, que assistiram a um jogo de basquetebol pela primeira vez, a perguntarem-me pelo horário dos treinos.Que o próximo jogo seja igualmente uma festa de propaganda do basquetebol!Em relação ao jogo em si, globalmente a equipa do Illiabum foi mais consistente ao longo dos 40 minutos. Não obstante, há que reconhecer o nosso mérito por termos acreditado que era possível recuperar de uma desvantagem acentuada a escassos minutos do fim de jogo, e por termos conseguido manter a estabilidade emocional de não falhar, nomeadamente na linha de lance livre, nos momentos decisivos do jogo.

 

Os turnovers são o principal problema a resolver para o que ainda falta disputar nesta final?

Os turnovers são sobretudo consequência de algo que temos vindo a tentar melhorar. Controlo emocional na tomada de decisão. Temos de estar claros quanto ao objetivo dos movimentos ofensivos que selecionamos, em função das vantagens que queremos tirar partido e também da forma como a defesa está preparada para nos contrariar. Há que procurar transformar essas dificuldades em oportunidades.

 

O jogo exterior do Illiabum é a principal ameaça que terão de condicionar?

Não obstante o talento individual dos seus atletas, a principal ameaça reside naquilo que a equipa vale pelo seu todo. Estão muito bem preparados e todos sabem o que têm de fazer dentro de campo. As percentagens de lançamento exterior são sem dúvida algumas boas, mas para nós o mais importante é identificar e tentar procurar evitar os desequilíbrios que estão na origem desses lançamentos. 

 

Na sua opinião, o que irá determinar o sucesso do Atlético no próximo fim de semana?

Os mesmos determinantes que ao longo do ano procurámos ter sempre presentes em cada treino e em cada jogo: intensidade, paixão, controlo emocional e muita amizade!

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25 MAI 2016

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