Israel não foi adversário fácil
Timisoara (Roménia) - Portugal concluiu ontem a sua participação no Campeonato da Europa de Sub 18 Femininos na 11ª posição, ao vencer Israel por 78-71.
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8 AGO 2010
As israelitas não foram um adversário fácil, obrigando o seleccionado luso a usar todos os seus argumentos, depois de uma entrada desconcentrada.
À entrada do 2º minuto já Israel vencia por 0-7, perante a atitude passiva e pouco empenhada da equipa das quinas. A seleccionadora nacional teve que parar o jogo e por momentos pairou a sensação que as nossas representantes tinham finalmente acordado, ao reduzirem para 8-9, no minuto 5. Foi sol de pouca dura porque o sinal mais continuou a ser da selecção israelita, mais rápida a executar, lançando com boas percentagens, chegando ao final do 1º período no comando por 9 pontos (15-24). Acertando o tiro exterior (3 triplos) no 2º quarto (22-12) e defendendo com mais atenção, as pupilas de Kostourkova passaram para a frente no minuto 18 (32-30), indo para o descanso na liderança (37-36). No reatamento Portugal entrou melhor, mais concentrado e o resultado foi visível. Em 3 minutos um parcial de 8-0 dava uma vantagem de 9 pontos (45-36), mas nova reacção israelita encostava o resultado (52-48), no final do 3º período (15-12), com a base Yael Shafir; MVP da partida, a partir a defesa lusa sem apelo nem agravo. No início do derradeiro quarto Israel ainda reduziu para 52-50, mas Daniela Domingues, ontem a nossa jogadora mais valiosa, assumiu as despesas e foi preponderante em termos ofensivos ao marcar neste último período 11 pontos, sendo 2 duplos e depois 2 triplos consecutivos (63-55 e 66-55), ambos no minuto 37. Filipa Bernardeco também acertou o seu único triplo da tarde, depois de o treinador israelita ter parado o cronómetro, aumentando para 69-53 (minuto 38). O impensável viria a acontecer, porque Israel não desistiu de lutar e encurtou o prejuízo, primeiro para metade (73-65) e depois para 5 pontos apenas (76-71), com 23 segundos para jogar. Foi da linha de lance livre que Luzia Lampreia (77-71) e Daniela Domingues (78-71) selaram o resultado final.Destaque na selecção portuguesa para Daniela Domingues (18 pontos, 78% nos lançamentos de campo com 4/6 nos duplos e 3/3 nos triplos, 5 ressaltos sendo 3 ofensivos, uma assistência, 3 roubos e uma falta provocada, com o senão de ter feito 6 turnovers, quase metade dos que a equipa fez), Luzia Lampreia (16 pontos, 5/9 nos duplos,1 triplo,1 ressalto ofensivo, 3 assistências, 2 roubos e 6 faltas provocadas), Maria João Andrade (14 pontos, 6 ressaltos sendo 2 ofensivos e 5 faltas provocadas, com 8/12 nos lances livres) e Filipa Bernardeco (7 pontos,1 triplo, 5 ressaltos defensivos, duas assistências, 2 roubos e duas faltas provocadas). Na equipa de Israel, a melhor foi como já referimos a base Yael Shafir (17 pontos, 8/13 nos duplos, 7 ressaltos sendo 3 ofensivos, 7 assistências, 3 roubos e 5 faltas provocadas), bem acompanhada por Keren Mozes (18 pontos, 3/4 nos duplos, 4/7 nos triplos, 6 ressaltos sendo 2 ofensivos e 2 roubos). Portugal acabou por ganhar o jogo porque provocou mais faltas (22 contra 12), dispondo de 36 lances livres (22 convertidos) contra apenas 12 (7 convertidos) e cometeu menos erros (14-19 turnovers). Porque nos restantes indicadores, ou as coisas estiveram equilibradas, caso da luta nas tabelas (28 ressaltos para cada lado), assistências (11-13) e roubos (9-8), ou a superioridade foi de Israel, nomeadamente em termos de eficácia nos duplos (50%-59%) e nos triplos (43%-50%), com ambas as equipas a converterem 6 triplos cada.Últimos resultados:17º/18º Luxemburgo 50-34 Escócia16º/15º Bósnia e Herzegovina 68-75 Bulgária13º/14º Suiça 36-38 Estónia11º/12º Portugal 78-71 Israel 9º/10º Alemanha 69-55 Montenegro 7º/8º Finlândia 62-53 Inglaterra 5º/6º Croácia 78-48 Dinamarca 3º/4º Grécia 52-48 Bielorússia 1º/2º Holanda 61-63 RoméniaNuma final emocionante, com o cesto da vitória a ser obtido numa arrancada de raiva de Bigica, em cima da buzina, a Roménia sagrou-se campeã europeia, garantindo a subida à Divisão A, tal como a Holanda, finalista vencido, que emprestou enorme brilho ao jogo que decidiu o título.