João Castro: “Quero chegar à divisão B e um dia alcançar a divisão A”
O mais jovem dos convocados, de apenas 19 anos, empresta irreverência e velocidade à selecção nacional de BCR
Atletas | Competições
15 SET 2023
João Castro, bicampeão nacional pelo Basket Clube de Gaia, faz a estreia em provas oficiais pela selecção sénior, no Europeu C de BCR, de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. A sua juventude não é sinónimo de falta de experiência, ou não fosse ele peça-chave dos êxitos da sua equipa, o Basket Clube de Gaia, onde despontou para a prática do BCR em 2016. Irrepreensível na defesa, arma no contra-ataque e disciplinado tacticamente, o extremo promissor amplia o leque de escolhas de Óscar Trigo, Javier López e Ricardo Vieira.
Número: #14
Palmarés: 2 Campeonatos nacionais; 1 Supertaça; 1 Taça de Portugal; Bronze EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022
Referências na modalidade: A nível nacional – Pedro Bártolo e Hugo Maia; a nível internacional – Patrick Anderson e Steve Serio. Treinador – Óscar Trigo
Jogos da tua vida: O jogo da Supertaça 2021 vs APD Braga, quando marquei o lance livre decisivo para levar a equipa a prolongamento
Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022
1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?
A nível coletivo, espero que a selecção consiga a subida à divisão B. A nível individual, sei que vou dar sempre o meu melhor e espero ter muitos minutos de jogo, se não tiver muitas oportunidades, sei que faz parte.
2 – Este é o teu primeiro Europeu. Em que aspetos achas que és útil para a selecção? Quais os teus pontos fortes?
A minha agilidade, a minha capacidade defensiva e bloqueadora, assim como a velocidade.
3 – Até onde gostavas de chegar com a seleção nacional?
Quero chegar à divisão B e quem sabe um dia alcançar a divisão A.
4 – O que é que a selecção nacional precisa de evoluir para alcançar a divisão A?
A parte da comunicação, o aspeto defesivo, mais especificamente ao nível do contacto e da “tripla ajuda”, e a nossa organização dentro de campo.
5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López, na equipa técnica, pode contribuir para a evolução da selecção?
O foco no aspeto defensivo, aplicando exercícios específicos para evoluirmos. E a frontalidade em dizer o que fazemos mal e o que temos de melhorar. Também acho que acrescentam no aspecto táctico e de organização. E ajudam-me tanto dentro, como fora do campo.
6 – Alguns colegas estão a sair para jogarem no estrangeiro. Ambicionas sair de Portugal? É algo que tens como objetivo?
Sim. Ver os meus colegas a irem jogar para fora deixa-me feliz, porque sei que vão aprender coisas e, se um dia regressarem, vão melhorar a qualidade do BCR nacional. E isso faz-me ambicionar ir jogar para fora.
7 – No que é que tens de melhor como classe 2 e como jogador para ires para o estrangeiro?
Tenho de ser mais versátil. Saber exatamente quando abrir, quando tenho de fazer bloqueios, como tenho de defender; ter a capacidade de defender um atleta de classe 4; evoluir na leitura de jogo e melhorar o meu tiro. Tenho de comunicar mais dentro do campo, mas também fora. E tenho de ter mais maturidade. Em termos de atitude, demonstrar mais a minha garra e a minha força.