“Joguei bastantes minutos numa competição de topo da Europa, com atletas que eu idolatrava”
Laura Ferreira, internacional portuguesa, viveu a sua primeira temporada no basquetebol espanhol ao serviço do Al-Qazeres, da principal Liga, que se encontra suspensa por força do COVID-19. Em entrevista à FPB, a jogadora de 24 anos, já regressada ao nosso país, falou sobre os aspetos mais positivos da experiência no clube da Extremadura e do facto de ser treinada por Ricardo Vasconcelos, também seu selecionador.
Formação
18 MAR 2020
Enquanto jogadora da Liga espanhola, como projetas o futuro da competiçao? És a favor da sua continuação ou preferes o cancelamento?
Penso que a Liga espanhola deveria ser cancelada. Estamos perante uma questão de saúde, e por isso o basquetebol passa para segundo plano. O mais importante é o bem-estar das jogadoras e de todos os restantes agentes da modalidade. Não podemos acelerar algo que precisa de tempo.
Em época de estreia no Al-Qazeres, quais os aspetos mais positivos que retiras?
O aspeto mais positivo foi poder jogar bastantes minutos numa competição de topo da Europa. Alinhei com atletas de grande nível, que eu idolatrava.
Como foi a experiência de seres também treinada, em Espanha, pelo Ricardo Vasconcelos? Que diferenças encontras nele enquanto treinador de clube e selecionador?
Não há muitas diferenças. O Ricardo Vasconcelos é exigente em ambas as funções. Mas talvez dê mais margem de manobra no clube, porque não conhece tão bem as atletas. Na Seleção somos treinadas por ele há quase 10 anos, conhece-nos como ninguém, logo há mais exigência.
Como tem sido o teu dia-a-dia?
Já estou em casa, aqui em Portugal, desde sexta-feira passada. Tenho aproveitado para limpar o meu quarto e para repousar, visto que venho de seis meses de temporada e dalgumas lesões.
Que palavra queres deixar para toda a comunidade basquetebolística, neste difícil momento?
Fiquem em casa, há sempre coisas para fazer! Ora pelos treinos, ora pelos jogos, deixamos sempre algo por fazer. Sigam as indicações da Direção-Geral da Saúde e vamos afundar o COVID-19!