Jorge Coelho: «Uma equipa respeitada»

Trata-se de um clube que tem, em seu entender, um conjunto de bons jogadores e que o internacional português gostaria que lutasse pelos lugares cimeiros da tabela na época que em breve se inicia.

Após a saída do FC Porto, a Liga portuguesa foi a única em que ponderou jogar?Não. Ponderei voltar a emigrar mas após estudar as propostas todas que tive, quer nacionais ou para o exterior, decidi que esta era a melhor.O CAB parece querer voltar aos bons velhos tempos, a olhar pelas aquisições feitas. Quais os objectivos que foram apresentados para a equipa este ano?Este ano o CAB reforçou-se e fez um grande esforço para podermos ter aqui este grupo de jogadores, que penso poderem fazer uma grande equipa com o somatório de todas as individualidades. Os objectivos passam por encarar todos os jogos com o propósito e a capacidade de os vencer. Gostávamos, e vamos, trabalhar para construir uma equipa que seja tida em conta e respeitada pelos adversários.O treinador João Freitas tem uma forma muito própria de estar no basquetebol. Identificou-se com a forma de jogar que ele coloca dentro de campo?Este é o 1º ano que sou treinado por ele e, pelo pouco que conhecia e pelo pouco que vi, não posso nem vou fazer qualquer tipo de avaliação ou comparação. Mas gosto do facto que ele tentar incutir desde o 1º treino que sem trabalho não se vai a lado nenhum; bem como de não olhar a nacionalidades na altura de corrigir ou elogiar.Estabeleceu objectivos individuais depois de uma temporada em que as coisas não lhe correram muito bem?Os meus objectivos são sempre os mesmos: trabalhar o máximo que puder e ajudar a equipa da melhor forma que possível. É claro que este ano vou ter outro tipo de responsabilidades em relação à parte estatística do jogo, mas é algo com que não me preocupo e que a seu tempo há-de tomar o seu caminho. Em relação ao ano passado, pode dizer-se que individualmente as coisas não me correram da forma que eu ou qualquer outra pessoa queira para si mesma. Mas também não se pode dizer que correram mal, pois muito ou pouco dei o meu contributo para ganharmos as duas taças e para disputarmos a final do campeonato. E se tivesse de abdicar das minhas estatísticas para ajudar o CAB a vencer jogos e títulos assinava já por baixo, pois no final da carreira não te vão julgar por quantos pontos marcaste ou ressaltos que ganhaste ou quantas distinções para MVP tiveste. Vão-me julgar pelo que ganhei, quer a nível de clubes, quer a nível da selecção.Como enquadraria o CAB na disputa do campeonato da próxima época?Gostava de enquadrar o CAB como uma equipa que lutasse pela parte de cima da classificação e como uma equipa a ser tida em conta. Em relação ao título, penso que as únicas que têm responsabilidades para se candidatarem são o Benfica e o FC Porto, pelo orçamento que ambas têm.