Jorge Coelho: «Voltei a ter alegria de jogar»

Jorge mostra-se satisfeito por o seu trabalho ser reconhecido pelos dirigentes do clube e orgulha-se de fazer parte de um projecto ambicioso. O jogador acredita que o CAB ainda vai surpreender esta época.

O que o levou a renovar contrato com o CAB? Foram várias as razões. É um clube que tem uma excelente estrutura e organização e que agora mesmo ombreia com os maiores clubes em termos de condições oferecidas aos jogadores, pois tem cumprido em tudo, sem faltar um dia sequer. Tem uma formação com vários escalões e com a qual temos tido contacto este ano. Têm várias acções com o objectivo de envolver o máximo número de pessoas e promover o convívio através do basquete. E apresentaram-me um projecto no qual é para mim um orgulho continuar a fazer parte, tanto como jogador e pessoa. A ideia de voltar a jogar no estrangeiro já faz parte do passado? Enquanto o basquete for a minha profissão, não posso descartar nenhuma hipótese, mas a curto/médio prazo sinto-me muito bem aqui e não penso mudar-me. A mudança para a Madeira fez com que recuperasse a alegria de jogar? Sim, é um dos factores principais pelos quais também renovei. Vir este ano para aqui, voltar a ter alegria de jogar e de sentir o meu trabalho reconhecido, fazer parte deste grupo este ano foi e continua a ser uma experiência muito boa. E ainda para mais a ilha em si é linda e para quem gosta do mar como eu, é sempre um bónus. A forma atempada como o CAB está a preparar o futuro é significativo de que o clube vai ainda ser mais competitivo no futuro próximo? Sim, isso é algo que posso afirmar pois tem tudo para o ser. Tem uma excelente organização, que não fica em segundo para ninguém. Tem uma estrutura que não vira as costas ao trabalho e tenta sempre levar o clube cada vez mais para cima com esforço e sacrifício. E as condições oferecidas aos jogadores, nos tempos que correm, vai fazer com que este seja um sítio muito aliciante para qualquer jogador querer vir, fazendo com que seja mais fácil formar uma boa equipa. Ainda falando da presente temporada, está convencido que a equipa do CAB ainda vai causar sensação? Sim. Essa é a minha convicção e a de todo o grupo de trabalho e direcção. Tivemos muitos jogos perdidos por 1, 2 e 4 pontos mesmo no final, o que nos poderia colocar numa posição totalmente diferente. E só temos de continuar a trabalhar e a dar tudo o que temos para os resultados aparecerem. Existe alguma frustração dentro do grupo pela forma como a época está a decorrer? Existe frustração no sentido em que queremos sempre fazer melhor e termos a noção que para o que trabalhamos poderíamos ter alcançado outros resultados. Mas acreditamos em nós e vamos continuar a trabalhar e a lutar para conseguirmos a melhor classificação possível. Mudando um pouco de tema. Este verão podemos contar com um Jorge mais motivado e preparado para ajudar a Selecção? Este verão e todos os que passaram, a Selecção de Portugal e o seleccionador, se assim o entender, podem e sempre puderam contar comigo motivado e na força máxima. No último verão, apenas não fui a selecção por me encontrar lesionado. Após efectuar os exames médicos necessários e debater o assunto com os responsáveis da equipa, fui dispensado, devido a não poder estar nas melhores condições na altura dos jogos. Nunca renunciei à Selecção, nunca me retirei, nem a representei a menos que 100%. Por isso, enquanto puder e sentir que posso ajudar, e for convocado para tal, representarei a Selecção com o máximo orgulho e empenho.