Jornalista brasileira desenvolve vídeo onde se fundem BCR e realidade virtual

O “Paralympic VR: an immersive experience” é o projeto final de Caroline Delmazo, no Mestrado em Novos Media e Práticas Web da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Nova/FCSH), e visa a aproximação da comunidade ao desporto adaptado, derrubando pré-conceções sobre a deficiência.

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22 MAR 2018

A próxima etapa prevê a criação de um videojogo, onde o utilizador se vê na perspetiva de um basquetebolista em cadeira de rodas.

 

Determinada em combater a cisão entre sociedade civil e desporto paralímpico, cuja visão se permeia por “clichés normalmente usados pelos Média Tradicionais”, Caroline Delmazo recorreu à Seleção Nacional de Basquetebol em cadeira de rodas, com a qual privou em Vila Nova de Gaia em dezembro de 2017. “Parto da hipótese de que o uso do vídeo 360 graus e as técnicas de realidade virtual podem contribuir para que as pessoas vejam desporto e deficiência de uma forma mais natural”, frisa a jornalista e estudante da Universidade Nova de Lisboa.

 

O vídeo de cinco minutos, gravado com a câmara Gear 360 da Samsung, imerge o espectador/participante no ambiente do treino, contemplando desde a intimidade do balneário a vários exercícios coletivos, além de serem explicadas as principais regras, em comparação com o basquetebol a pé, e exibidas algumas das jogadas típicas da modalidade. Para se usufruir desta experiência tão fidedigna é necessário utilizar o Samsung Gear VR, o headset – os óculos – de realidade virtual.

 

Incubado no iNOVA Media Lab, o laboratório de criação digital da NOVA/FCSH, o Paralympic VR, integrou a Mostra de Inovação no Desporto, realizada no dia 12 de março no CAR do Jamor, na ocasião do lançamento do Programa de Preparação Olímpico e Paralímpico Tóquio 2020. Dezenas de atletas de diversas modalidades e até o Primeiro-Ministro, António Costa, assistiram ao vídeo-protótipo e o feedback não podia ser mais positivo. “Quem não conhecia a modalidade ficou impressionado com a força dos atletas e a intensidade do jogo. Também chamou a atenção o facto de que a altura da tabela, a linha do triplo, entre outros, serem os mesmos do basquetebol a pé”, exemplificou Caroline.

 

O Paralympic VR ruma agora em dois sentidos: a transformação em videojogo e a gravação de um segundo vídeo com outra modalidade paralímpica. Já em curso a sua construção, o Paralympic VR Game irá nascer da parceria com Raquel Macedo, estudante do Mestrado Integrado em Engenharia Informática da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova, e visa proporcionar ao utilizador a possibilidade de se colocar no lugar do jogador de basquetebol em cadeira de rodas, estando os primeiros testes previstos para maio. Quanto à segunda valência, o grupo de trabalho, constituído ainda pelos jornalistas Davide Mancini e Catarina Gomes e pelo especialista em áudio, Rui Coelho, decide em abril qual a outra modalidade a abordar.

 

Para já, o vídeo-protótipo que tem o basquetebol em cadeira de rodas como protagonista estará disponível no Youtube até ao fim do mês de março, no canal do iNOVA Media Lab.

 

 

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22 MAR 2018

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