Jovem João Gallina: «Já me sentia português»
Quase a completar 16 anos, João Gallina recebeu recentemente duas boas notícias – já tem cidadania portuguesa e pode representar a Selecção Nacional do seu escalão.
Atletas | Formação
14 JAN 2010
Nascido no Brasil, o jovem jogador, que começou a jogar no CAB e agora actua na Sanjoanense, está no Centro Nacional de Treino de Paredes e quer apostar numa carreira profissional
Está satisfeito por ter conseguido a naturalização portuguesa? Eu já me sentia português, desde sempre, costumo dizer que só fui nascer a o Brasil… Era sobretudo uma questão administrativa e, agora que se resolveu, poderei ter a oportunidade de representar a Selecção Nacional. Foi a pensar nisso que estou a investir dois anos da minha vida em CNT’s. Mas não foi um processo fácil… A minha mãe naturalizou-se há quase 10 anos e não era um processo muito difícil mas cheio de papeladas. Com o apoio do staff do CNT Paredes e da FPB, que tudo fizeram para que a situação se resolvesse, tudo está pronto agora. Faz 16 anos no próximo mês, isto é um presente antecipado? Sim, pode dizer-se que sim, pois também me abre outras portas a nível basquetebolístico o facto de ser português. Começou a jogar na Madeira (CAB), agora está na Sanjoanense. Sentiu muitas diferenças na adaptação ao Continente? Estou na Sanjoanense pelo segundo ano. Tive vários convites, mas como a Sanjoanense tinha sido campeã, optei por eles. Em relação aos campeonatos não há comparação, há muito mais competição cá. E no que diz respeito à presença nos CNT’s, está a ser uma boa experiência. Gostei do CNT Paulo Pinto e aqui, no CNT Paredes, também estou bem integrado, notando também que desportivamente é mais intenso, o que me agrada. Foi dos jogadores em maior destaque no Torneio Internacional de Iscar. Como vê a sua geração face aos desafios competitivos que se avizinham? Unidos somos uma grande Selecção e isso viu-se em Iscar. Gostamos de treinar e trabalhar. Gostei da equipa, estivemos bem, mesmo contra os gigantes provámos que não é só a altura que importa. Foi importante para motivar a equipa e ter a noção da realidade das equipas da Europa. Ganhar à Polónia foi espectacular. No Europeu esperamos fazer melhor que o ano passado, vamos entrar para ganhar em todos os jogos, pois também penso que a maior parte dos atletas do CNT Paredes irão, o que ajuda no desempenho colectivo.Onde gostava de chegar como jogador? Para já gostava de ser campeão distrital e chegar à final 4 nacional de Sub-18 com a minha equipa. Pela minha selecção distrital, e como é o último ano em que posso estar nas Festas do Basquete, gostava de chegar à final, mas vai ser muito difícil. Em relação ao Europeu no Verão, espero estar presente a representar Portugal. É um objectivo ser alguém no basquetebol até porque, fazendo um bom campeonato da Europa, ajudando a Selecção e com o contributo do meu agente, não ponho de lado dar um salto para Espanha, por exemplo. Mas não descarto também a hipótese de, se for convidado, ir para o CAR Jamor.