Luís Araújo: «Queremos ser competitivos»

No início da época a equipa de Aveiro traçou uma série de objectivos a alcançar, que, como nos conta o treinador, não dependiam exclusivamente da presença na final-four de sub-16.

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16 JUN 2010

Mas como isso acabou por acontecer, o grupo agora só pensa em “desfrutar” da experiência e praticar um basquetebol de qualidade. A prova disputa-se entre sexta-feira e domingo em Alfena.

Quais os objectivos da sua equipa para esta fase final? Os nossos objectivos foram traçados olhando para esta fase final como um desafio colectivo e individual. O desafio que traçámos para a equipa passa por sermos competitivos, mostrar que praticamos um basket de qualidade, desfrutar desta experiência e, para ganhar, temos de melhorar o nosso desempenho defensivo. Desfrutar da pressão é o nosso desafio máximo. Tendo em conta os objectivos delineados no arranque da temporada, já esperava poder chegar a esta altura da época a pensar na conquista do título? Os objectivos foram traçados numa análise conjunta com os jogadores, de forma a incluirmos os objectivos pessoais nas metas colectivas. Aquilo que assumimos não dependia exclusivamente de estar aqui e lutar pelo título. Pretendíamos melhorar individual e colectivamente, praticar bom basket e chegar onde a nossa qualidade nos permitisse. Tem sido uma época fantástica e surpreendente pela maneira como encaramos os desafios. Esta é mais uma óptima surpresa. Sendo certo que preparar atletas para, futuramente, alinhar nos seniores deve ser a principal preocupação dos escalões jovens, acredita que formar a vencer é a melhor maneira de os motivar e os manter empenhados na modalidade? A nossa equipa tem tido uma dinâmica fantástica, muito empenho, a treinar no limite, altíssima assiduidade, nomeadamente até conseguimos treinar de manhã antes de irem para as aulas. Além disso temos sido muito positivos perante as dificuldades. Não tenho dúvidas que esta motivação veio com as vitórias. Apesar de não ter sido uma obsessão ganhar, mantermo-nos a vencer foi muito importante. Não é a única maneira de formar, nem de os manter empenhados, mas é uma parte importante. Como caracteriza a realidade do basquetebol nacional na formação? Existem condições para melhorar os resultados das várias selecções jovens a curto-médio prazo? Acredito que o basquetebol nacional apresenta uma grande margem de progressão, mas infelizmente existem entraves, fundamentalmente ao nível da mentalidade. Há muita dificuldade em arriscar e mudar. O jogo mudou e a maioria dos treinadores não mudou com ele. O perfil dos jovens mudou, com as alterações sociais, mas a forma de os conquistarmos no treino não mudou. Temos de nos adaptar e arriscar. Temos bons exemplos quer de treinadores, de clubes e de centros de treinos, são esses que devemos observar e com eles aprender. Podemos melhorar os resultados das várias selecções mas apenas se conseguirmos que haja um forte poder de influência sobre os treinadores. Gonçalo Catarino, um dos capitães da equipa aveirense, só pensa em “elevar” da Taça…Chegar a uma fase final de um campeonato nacional é o prémio justo para um ano de trabalho ou é preciso vencer que assim seja? Como é óbvio, chegar a uma fase final nacional é sempre uma boa forma de reconhecerem o nosso trabalho, claro que quanto mais longa for a “passada” mais mérito e respeito nos é merecido. Apesar de estar bastante satisfeito com o nosso enquadramento nos quatro melhores, penso que no fundo é necessário elevar a taça para mostrar que o basquetebol aveirense é de qualidade.Qual foi, na sua opinião, o momento decisivo da época para até chegar aqui? Sinceramente, acho que foi quando percebemos que os jogos se ganham a defender. Desde que nos aplicámos seriamente na defesa, o nosso ataque, e por consequência o nosso jogo, tem sido mais fluido e mais homogéneo.Na sua opinião, qual será o adversário mais complicado de defrontar? E porquê? Neste momento a equipa que nos poderá surpreender mais é o Queluz, pois como é um grupo contra quem nunca jogámos, não sabemos qual é a sua estrutura nem os seus jogadores. Fora isso, acredito que as outras duas equipas são alcançáveis e que podemos fazer história neste campeonato. O que gostaria de atingir no basquetebol? Em poucas palavras, gostaria de jogar ao mais alto nível. Gostaria, por outro lado, de modificar o basquetebol português para que tivesse um lugar mais significativo neste país, desde a formação ao profissional. Pedro Santos, por seu turno, considera que foi fundamental para a equipa chegar a esta fase o triunfo sobre o Sangalhos, a duas jornadas do final da fase regular.Chegar a uma fase final de um campeonato nacional é o prémio justo para um ano de trabalho ou é preciso vencer que assim seja? Completamente justo, sem começar a fase final estou muito satisfeito com a época, mas agora estando lá vamos tentar mais um bocado. Qual foi, na sua opinião, o momento decisivo da época para até chegar aqui? Foi a vitória com o Sangalhos, em casa, a duas jornadas do fim da fase regular, tirando todas as dúvidas aqueles que ainda tinham.Na sua opinião, qual será o adversário mais complicado de defrontar? E porquê? O Queluz, porque ainda não jogámos com eles e é muito importante entrar bem.O que gostaria de atingir no basquetebol? Não penso muito nisso, neste momento quero ganhar os jogos que puder, sobretudo os três que faltam.CALENDÁRIO: Pav. AC Alfenense 1ª Jornada – 18.06.2010 20H30 – Galitos / INDASA – C.A.Queluz; 22H30 – Sport Lisboa Benfica – FC Porto; 2ª Jornada 15H00 – Vencedor 1.º Jogo – Vencido 2.º Jogo; 17H00 – Vencedor 2.º Jogo – Vencido 1.º Jogo; 3ª Jornada 15H00 – Vencido 1.º Jogo – Vencido 2.º Jogo; 17H00 – Vencedor 1.º Jogo – Vencedor 2.º Jogo;

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16 JUN 2010

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