Luís Domingos: “É a prova mais importante na qual alguma vez participei”

Extremo de 25 anos dos britânicos Mohawks embala para o terceiro Europeu

Atletas | Competições
11 SET 2023

Luís Domingos, referência dos Mohawks Wheelchair Basketball da Premier, máximo escalão britânico, volta a estar no lote de selecionados da equipa nacional para um campeonato da Europa. Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, acolhe a selecção nacional de BCR pela terceira vez (depois das edições de 2016 e 2022), de 18 a 24 de setembro, com o campeonato da Europa C de BCR como pano de fundo. O versátil jogador, capaz de desempenhar praticamente todas as funções no campo, exibe um compromisso com o processo defensivo acima da média, apresenta-se como ameaça no contra-ataque e denota cada vez maior solidez no lançamento de média distância. Luís Domingos encara Sarajevo com máximo optimismo e espera que Portugal possa reclamar e manter uma posição na divisão B do BCR continental de selecções.

Número: #12

Palmarés: Division 2 – terceiro escalão britânico; 1 campeonato nacional; 1 Supertaça

Referências na modalidade: Pedro Bártolo, Márcio Dias, Hugo Maia. A nível internacional: Gregg Warburton e Mateusz Filipski. Treinador: Ricardo Vieira

Jogos da tua vida: Playoffs vs APD Braga na época 2021/2022 (especialmente jogos 3 e 4). Jogo contra Zuzenak na División de Honor [máximo escalão espanhol], ao serviço do Servigest Burgos.

Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): ECMC 2019, ECMBC 2022, EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude – 2019

1 – Quais são as tuas principais expectativas para o Europeu?

As minhas expectativas vão para lá do campeonato da Europa. Não só quero vencer o Europeu, como desejo que sejamos fortes o suficiente para competir e permanecer na divisão B.

2 – Chegas a esta competição com maior maturidade. Sentes-te preparado para assumir um papel mais importante no grupo?

Será o meu terceiro Europeu e seguramente a prova mais importante na qual alguma vez participei. Relativamente a campeonatos da Europa anteriores, sinto-me mais maduro, motivado e preparado mentalmente para o que teremos de atravessar para vencer a competição, que não será fácil, mas acredito plenamente que temos o que é preciso para ganharmos.

3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?

Antes, descrevia-me como lutador e sonhador. Mas agora vejo-me como um verdadeiro colega de equipa e alguém disposto a sacrificar-se pelo bem da equipa. Uma das minhas principais qualidades, que quero continuar a desenvolver e elevar, é a defesa.

4 – Até onde gostavas de chegar com a selecção?

No passado, acreditava que a selecção nacional era apenas uma selecção nacional, na qual sempre quis destacar-me de todos os outros. Mas hoje compreendo que é uma segunda casa, onde conheci pessoas que levo para a vida, portanto quero fazer parte dela e dar o meu melhor para que se possam atingir patamares só ao alcance de alguns “gigantes” europeus.

5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López na equipa técnica pode contribuir para a evolução da selecção?

O Óscar e o Javi não são apenas treinadores extraordinários, mas também pessoas que compreendem verdadeiramente o que os jogadores enfrentam e necessitam para terem a melhor performance. Estão a criar uma cultura basquetebolística, algo que nunca vi na selecção nacional.

6 – Tiveste um ano de transição, depois de uma época a jogar em Portugal ao serviço do BC Gaia. Como foi esse reajuste a uma nova/antiga realidade? E como foi voltar a jogar em Inglaterra?

Se pudesse descrever o BC Gaia como uma universidade, diria que foi a minha universidade de Cambridge! Não só porque aprendi muito acerca de Basquetebol, mas também sobre trabalho duro e outros aspectos que me fizeram melhor jogador do que antes. Voltei a Inglaterra uma pessoa muito mais madura e alguém com ensinamentos que podem ajudar outros jovens jogadores da minha equipa.

 

 

 

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11 SET 2023

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