“Lutem com respeito”

Neste início de época o responsável máximo da Associação de Basquetebol volta a eleger a melhoria da formação como objectivo principal.

Associações
15 OUT 2009

Apresenta novos projectos e fala do panorama nacional com optimismo, apesar de se perceber que ainda há pontas soltas no ar.

As palavras aparecem só no fim de conversa, mas são talvez as mais determinantes neste início de época. O Basquetebol está nos pavilhões, as rivalidades aquecem os diálogos, mas é preciso bom senso. Para o presidente da Associação de Basquetebol da Ilha Terceira “quando há três clubes, numa cidade em que o universo do basquetebol não é assim tão grande, num escalão tão alto da modalidade, é óbvio que vão existir rivalidades. Temos é de estar todos conscientes, que estamos aqui pelo basquetebol. É preciso que não se ultrapasse as regras do civismo e da boa edução… Temos de estar no Desporto com respeito. Lutem dentro do campo mas respeitem-se uns aos outros.”A situação dos seniores foi assunto na conversa de início de época com o dirigente, mas o universo da ABIT é mais amplo. A Direcção entra no sexto ano de mandato com outras preocupações. “Acho que na formação ainda há muito a fazer. Quando conseguirmos ver uma equipa nos Nacionais com 70/80% de jogo efectivo com atletas da Terceira podemos estar satisfeitos. Neste momento ainda falta muito para que isso aconteça”, revela Luís Bettencourt. “Já alcançamos coisas importantes, como ter um director técnico a tempo inteiro. Este ano vamos avançar com os Torneios de Sub-12, que passam a ser uma prova efectiva para atletas que estão num patamar fundamental e a nível de Selecções, seremos responsáveis pela Selecção de Iniciados masculinos dos Açores, que é mais um projecto para além das Selecções de Ilha e de Iniciados femininos (também Açores)”. Outro projecto que volta a ver a luz do dia é o dos Centros de Treino. Depois de uma interrupção regressa esta acção de formação complementar, que este ano vai juntar os melhores do escalão de Iniciados (com o reforço de alguns atletas do minibasquete). A Formação de Técnicos será reforçada e o trabalho na arbitragem continua… “É preciso subida”Contributos para a melhoria da formação local, que dependem também do trabalho das equipas seniores dos clubes. Uma das questões pendentes é a situação de excepção verificada na Proliga, onde estão hoje três clubes regionais (AngraBasket, TerceiraBasket e Lusitânia) e onde na próxima época vão estar apenas dois, em virtude dos regulamentos em vigor.De acordo com o dirigente associativo, “o regulamento da competição regional que está em cima da mesa, prevê que apenas duas equipas sejam apoiadas oficialmente”. Se haverá novo Regime de Excepção? “Sabemos que pode sempre aparecer, mas isso não é o que está estipulado neste momento… Em Novembro ou Dezembro, na próxima Cimeira, saberemos mais”.Para evitar descidas (do pior classificado das três, automaticamente), Luís Bettencourt apela à superação… “Vamos torcer para haver uma subida. Seria determinante para se repor a normalidade nesta competição e solidificar o nosso basquetebol no panorama Nacional”. O papel da ABIT? “Se conseguíssemos marcar pontos, faríamos isso de certeza. Como não podemos estamos numa situação delicada, que no entanto não é novidade”. Um Verão rico em acontecimentos, que na opinião de Luís Bettencourt acaba bem.“No balanço final o balanço é positivo. Apesar do Lusitânia não estar na Liga, por uma questão de número de equipas, vai disputar a Proliga, onde estão outras duas equipas da Terceira. Tudo o que tem sido solicitado pelos clubes, por exemplo em relação a horários de jogos, tem sido resolvido. Os clubes sabem que a Federação está aberta a receber as suas sugestões e acho que a Associação nesta área tem cumprido o seu dever… E não é qualquer localidade do país que consegue ter três equipas na Proliga”.Reparos à F.P.B.Menos bem continua o sector feminino. Luís Bettencourt censura mesmo o comportamento da Federação na gestão deste espaço. Para o dirigente local, “a FPB tem de olhar esta questão de forma diferente, porque achamos que o basquetebol feminino não está a ser bem defendido. É preciso ter uma figura que se preocupe com os contactos directos com os clubes e a Federação deve investir neste capítulo”.Outro paradoxo prende-se com a actuação do Governo Regional, que por um lado incentiva o desporto feminino através dos critérios de apoio da Direcção Regional do Desporto. Mas que por outro continua a persistir na diferença, aquando da atribuição dos apoios financeiros à promoção da Região, disponibilizados pela Secretaria Regional da Economia.

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15 OUT 2009

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