Mais fácil do que era esperado

Competições
29 JAN 2010

Poder-se-á dizer que a vitória da Ovarense frente ao CAB Madeira (67-46), foi mais fácil do que esperado, mas nada do que foi conseguido foi oferecido pelo adversário. Bem pelo contrário. Os madeirenses lutaram sempre até à exaustão, como é apanágio da equipa, embora no ataque tenham sido reduzidos a apenas 46 e pontos. Razão tinha o técnico João Freitas quando no lançamento do jogo dizia que a Ovarense jogava como de xadrez se tratasse. Impressionou a forma simples e eficaz como a turma de Ovar procurou as vantagens que os movimentos ofensivos iam criando.

Boletim do jogo em http://twitpic.com/10dkd2

Mini video do jogo em http://www.youtube.com/watch?v=Onv-Tzp2c7M

Num dos encontros mais aguardados do dia, CAB e Ovarense discutiam a passagem às meias-finais da Taça Hugo dos Santos. Desejo esse bem visível na forma como ambas as turmas se entregaram ao jogo. A Ovarense, a apostar na sua defesa de 2×1 no portador da bola, interpretando quase na perfeição as rotações defensivas, e com o princípio de ajudar quem ajudou, criou imensas dificuldades ao ataque insular, bem patentes na sua percentagem colectiva de lançamentos de 3 pontos – 11% (1/9), uma das principais armas dos madeirenses. No final do 1º período os vareiros foram recompensados pelo seu esforço, terminando na frente do marcador (17-10). No segundo quarto acentuaram-se ainda mais os problemas ofensivos dos comandados de João Freitas, que depois dos 23-14 favoráveis à Ovarense, estiveram quase 7 minutos sem converter um cesto de campo, aproveitando o adversário fazer subir a diferença até aos 15 pontos (29-15). À entrada do último minuto antes do intervalo cinco pontos quase consecutivos dos insulares atenuaram a diferença que se registava no resultado (19-30). Com a turma de Ovar a manter a sua atitude defensiva no recomeço do jogo, o CAB voltou a evidenciar a mesma falta de soluções para ultrapassar a sufocante defesa vareira, atingindo-se a metade do quarto com a Ovarense a liderar largo (41-22). O técnico João Freitas voltou a interromper a partida, apercebendo-se que o rumo do encontro se estava a tornar extremamente perigoso. Mas se nada valeram as chamadas de atenção do treinador madeirense, já que o encontro recomeçou com 2 triplos consecutivos da Ovarense (Waller e Jackson) sucedendo-se os turnovers no ataque insular, que rapidamente fez disparar o resultado para os 28 pontos de diferença (55-27). No decisivo quarto, o CAB arriscou tudo que tinha para arriscar, avançando com uma pressão campo todo, na tentativa de recuperar a posse da bola o mais rapidamente possível, pois o tempo já escasseava. Apercebendo-se da aproximação no resultado (55-39), à passagem do quarto minuto de jogo Mário leite voltou a apostar no seu cinco base, que rapidamente fez regressar a diferença à casa das vintenas. Prémio justo para a grande exibição colectiva, defensiva e ofensiva dos comandados de Mário Leite (67-46). Dentro do colectivo, o norte-americano Chris Lee (23 pontos, 7 ressaltos, 2 assistências, 2 roubos de bola e 2 desarmes de lançamento) foi o elemento em maior destaque na turma de Ovar, tendo contado com o contributo dos compatriotas John Waller (15 pontos e 6 ressaltos) e Shawn Jackson (16 pontos, 2 ressaltos e 2 assistências). Numa noite desastrada dos madeirenses, Mathew Webster (14 pontos e 7 ressaltos) salvou-se da mediocridade.

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29 JAN 2010

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