“Man Out” a Filipe Carneiro

Pilar das conquistas da APD Braga (5 Campeonatos, 5 Taças de Portugal e 6 Supertaças), o famalicense Filipe Carneiro iniciou-se no BCR em 2008 e depressa atraiu os olhares a nível nacional e além-fronteiras. Na prestigiada División de Honor, 1.ª Liga espanhola, uma das mais profissionalizadas do mundo, o “rocket” (foguete), epíteto respaldado pela velocidade sem igual à escala portuguesa, representou o Amfiv Vigo, que se rendeu ao seu espírito de sacrifício, disponibilidade física e abnegação em prol da equipa. Pelo emblema galego, alcançou o bronze na Copa do Rei de 2014. Em 2015, representou Portugal no Campeonato da Europa C, que culminou com a subida da Seleção à Divisão B, repetindo a convocatória em 2016 e 2017.

Competições
26 FEV 2020
Data de nascimento: 06/12/91
Ano de iniciação: Época 2008-2009
Posição: Base, Extremo
Clube: Amfiv, APD Braga
Palmarés: Bronze na Copa del Rey (2014); 5 Campeonatos Nacionais (2012-13, 2015-16, 2016-17, 2017-18, 2018-19); 5 Taças de Portugal (2013, 2016, 2017, 2018, 2019); 6 Supertaças de Portugal (2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020); 2.º Classificado ECMC – Campeonato da Europa da Divisão C – 2015
Jogo da tua vida (e porquê): Podia escolher vários, desde os jogos decisivos para Campeonatos e Taças, mas os três que mais me marcaram foram a estreia pela Seleção Nacional, frente à Bósnia, em 2015, o jogo da final do Campeonato Nacional em 2013, que tanto para mim, como para o clube foi inédito e, por fim, o meu jogo de estreia na Liga espanhola contra Albacete (entre as duas melhores equipas do campeonato), embora tenhamos perdido por apenas 11 pontos. Isto porque, no dia depois do jogo, antes de começarmos o treino, fazíamos sempre um pequeno rescaldo daquilo que foi bem e mal feito no jogo, e só me lembro do treinador não abrir a boca e vir-me cumprimentar à frente de toda a gente e começarem a aplaudir. Nesse jogo não toquei sequer uma única vez na bola, mas acabei sem o aro numa das rodas, trabalhei somente para a equipa e defendi como um louco.
Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas?
Começava logo como faço na maioria das vezes, a falar da minha equipa e daquilo que conquistei. Falaria da importância que o desporto tem na minha vida e da competitividade. Convidaria a sentar-se numa cadeira e experimentar.
Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?
Seria hipócrita se não falasse no Patrick Anderson, vê-lo jogar é um prazer. Também admiro outros: Jason Nelms, Shaun Norris, Steve Serio, Sofyane Mehiaoui, Terry Bywater, Bo Edges, Alberto Esteche, Harry Brown…
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR. 
Não tem propriamente a ver com o jogo, mas envolve o BCR. Quando jogava em Espanha, eu sabia falar e entendia o castelhano, mas como nunca estudei espanhol, claro que muitas coisas me passavam ao lado. Na nossa primeira viagem de avião da época, em que fomos às ilhas Canárias, o funcionário do aeroporto que nos estava a tratar dos bilhetes chamou-me pelo meu primeiro nome (Jorge), só que disse o nome como dizem os espanhóis, naturalmente diferente de como se fala em português Então pensei: “não é nada comigo” e não liguei. Conclusão: o bilhete foi para trás e nunca mais vinha o “meu”. Depois de me aperceber da situação caricata em que me meti, tudo ficou resolvido. Escusado será dizer que levei gozo dos meus colegas de equipa durante a semana toda.
Qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito? 
Gosto de ver quando alguém faz um Man Out numa jogada em que o resto da equipa aproveita a vantagem numérica, ou de altura, e acaba em cesto.
Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? 
Leo-Pekka Tähti seria a cereja no topo do bolo.
Competições
26 FEV 2020

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