“Man Out” a Ibrahim Mandjam

Com apenas dois anos de prática do basquetebol em cadeira de rodas (BCR), Ibrahim Mandjam, jovem poste do Sporting CP/APD Sintra, impressiona pela disponibilidade física, velocidade e, acima de tudo, demonstra irreverência no ataque ao cesto independentemente da importância do momento, como provou na final da Taça de Portugal da época passada. Internacional Sub23 – fez parte do lote dos dez atletas nacionais que representaram Portugal pela primeira vez neste escalão, nos Jogos Europeus da Juventude, na Finlândia -, Ibrahim Mandjam (4.0), ou “Ibra”, alimenta a esperança da comunidade do BCR nacional em aumentar o leque de soluções interiores do país, sua lacuna eterna, e mereceu já a confiança do selecionador Marco Galego em alguns estágios da seleção absoluta.

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23 OUT 2019

É ele o protagonista rubrica “Man Out”.

 

Nota: Fotos de Photo Mumentus – Carlos Viana e de Porfírio Ferreira

 

 

Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas?

Explicava os benefícios da prática do BCR e levava a pessoa a experimentar esse desporto maravilhoso, que foi aquilo que fizeram comigo.

 

Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?

Na verdade, eu aprendo com toda a gente. Estou no BCR há dois anos, mas a minha maior referência é meu colega de equipa, o Hugo Lourenço. Aprendo com ele em todos os treinos. Também tenho grande admiração pelo Pedro Gonçalves, pois aprendi muita coisa com ele, e gosto do estilo de jogo do Márcio Dias, mas, como disse no início, aprendo com todos, principalmente com os meus colegas.

 

Ter uma limitação motora, entre outras coisas, produz momentos humorísticos devido à reação das pessoas menos “familiarizadas” com o tema. Ter uma limitação motora e jogar BCR é uma mistura explosiva?

Não me estou lembrar de nenhum acontecimento específico desse tipo, mas de facto brincamos muito entre nós, fazemos piadas com os nossos colegas.

 

Entre todas as maravilhas possíveis de pôr em prática numa cadeira de basquetebol, qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito?

Contra-ataque rápido e tentar ganhar posição a 45 e receber um passe longo. Vi o Márcio fazer esse movimento muitas vezes na minha primeira época.

 

Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? Com sinceridade, vá lá!

Tenho vários jogadores para mencionar aqui. Carlitos (Carlos Passos) da minha equipa, Lassana Indjai (do GDD Alcoitã), Filipe Carneiro (APD Braga) e Pedro Bártolo (Basketmi Ferrol)! E ficam a faltar alguns.

 

O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.

 

 

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23 OUT 2019

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