“Man Out” a Rui Pedro

Extremo/poste do GDD Alcoitão

Atletas | Competições | FPB
28 MAI 2020

A iniciação tardia não representou obstáculo para evoluir e quem o conhece identifica-lhe como virtude o entusiasmo incessante em relação à modalidade, que se repercute em partilhas e envolvimento nos círculos do basquetebol em cadeira de rodas (BCR) internacional. Em escassos quatro anos de prática, Rui Pedro, extremo/poste do GDD Alcoitão, tem já muito para contar.  

Data de nascimento: 10/09/78
Ano de iniciação: 2016
Posição: extremo/poste
Clube:  GDD Alcoitão
Palmarés: Finalista vencido da Taça de Portugal – 2016/17
Jogo da tua vida (e porquê): APD Braga vs. GDD Alcoitão – Precisávamos de ganhar para ir ao playoff. Com muita garra e grande oposição de Braga, sempre guerreiros, conseguimos os últimos quatro pontos com uma pressão a campo inteiro, nos últimos cinco minutos.
Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas?
O BCR é fácil de vender. Basta convidares para fazer um treino, ver um jogo ou mostrar a “tua” evolução desde que se iniciou a prática. Ainda tem o fator social, que nos abre portas a outros conhecimentos.
Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti? 
Pedro Bártolo, um jogador completo; Marco Gonçalves, pela capacidade atlética e espírito coletivo; Márcio Dias e Hugo Lourenço, pela liderança em campo, sem esquecer outras qualidades. Internacionalmente: feminino – Joy Haizelden; masculino – Terry Bywater.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR. 
À parte das muitas vezes que o [Hugo] Maia vai ao chão, e que todas as quedas são diferentes, refiro a primeira vez que vi um treino. Entro no campo, apresentam-me e pedem ao Mário [Silva] para ver uma cadeira adequada a mim. Na minha cabeça, só podiam jogar atletas com uma incapacidade visível, no entanto, o Mário pára, tira os cintos e levanta-se da cadeira! Começa a andar normalmente e a tratar da cadeira. E eu disse: “Mas ele também joga?” Mas acho que ninguém ouviu.
Qual é o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito? 
Na fase de aprendizagem em que me encontro, preciso de evoluir muito na movimentação, na defesa e no ataque. Perceber quando e como bloquear. Diria que os bloqueios são um dos meus movimentos preferidos, quando os consigo fazer.
Qual é o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? 
Fica sempre bem fazê-lo a qualquer adversário, uma vez que o objetivo é finalizar em superioridade numérica. Mas sem preferência, respeito por todos.
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O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.
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28 MAI 2020

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