Manarte: «Há que ter visão de jogo»

Algo que faz com que o seu jogo tenha uma outra dimensão, esbatendo simultaneamente aspectos em que é menos forte do ponto de vista atacante.

Sempre teve, refiro-me durante a sua formação, queda para as assistências?Sim, até porque a minha posição em campo, a minha função e as minhas características como jogador mantiveram-se!Fazer uma assistência é a acção do jogo que mais prazer lhe dá?Sem dúvida que sim. Cresci a admirar jogadores que faziam da entrega e da generosidade a sua imagem de marca, que eram capazes de inspirar quem os rodeava, casos do John Stockton, do Larry Bird ou, mais tarde, do Steve Nash.O que julga ser fundamental para se ser um bom passador?Ter boa visão de jogo, fazer boas leituras, timings exactos na hora de passar a bola e, porque não, algum prazer em fazê-lo também!Sente que o afastamento da linha de 3 pontos alterou a sua forma de jogar?A minha não, pelo menos por agora, apesar de no inicio deste processo de adaptação à nova linha de 3 pontos ter sentido alguma diferença na hora de lançar ao cesto. Mas era com certeza uma questão mental!O facto de a linha de 3 pontos estar agora nos 6.75 metros, favorece ou proporciona mais assistências?Acho que de uma forma geral favorece, até porque há mais espaço e as ajudas são mais longas, o que torna aliciante a penetração e o 1×1!Faz algum tipo de trabalho específico para treinar os seus passes?Tudo se trabalha, embora no que diz respeito ao passe esteja inserido na própria especificidade do treinojogador!Que conselhos daria a um jovem que tenha a aspiração de vir a ser um bom base passador?O mesmo que daria a qualquer outro jovem: muita humildade, muita dedicação e um enorme prazer e paixão pelo Jogo!