Márcio Dias e Jorge Palmeira construíram a sua própria tabela

Internacionais portugueses de BCR puseram mãos à obra

Atletas | FPB
19 MAI 2020

Márcio Dias e Jorge Palmeira construíram a sua própria tabela. Os internacionais A de basquetebol em cadeira de rodas (BCR), atletas da APD Braga, fintaram o desgaste do confinamento e, sem perspetivas de regresso aos pavilhões ou de utilizar os campos ao ar livre, puseram, literalmente, mãos à obra. Até lá, vão calibrando a pontaria, em casa. 

A interrupção das competições e treinos solicita à criatividade soluções rebuscadas para a manutenção da forma e do rendimento, mas longe do grau de investimento pessoal das encontradas por Márcio Dias e Jorge Palmeira. “Mal me deu o clique de fazer a tabela, lembrei-me logo que já tinha em casa um cesto e a parte da madeira onde prende o aro, que me tinham sido oferecidos por um amigo há uns anos. Também tínhamos alguns ferros cá em casa para fazer a estrutura da tabela”, narra o capitão da Seleção Nacional e da APD Braga, que viu ali meio caminho andado para fazer nascer a obra. Já Jorge Palmeira, quis capitalizar o “algum espaço disponível” e prontificou-se a adquirir o material necessário. “Comprei o aro e o ferro. O acrílico já tinha. Peguei na máquina de furar, aparelho de soldar e rebarbadora… um pneu velho, cimento e está no ar”, descreve.
No caso de Márcio Dias, o esforço improvisado de compensar a longa ausência dos campos de basquetebol contou com uma colaboração valiosa. “O meu pai sempre teve jeito para construir as próprias coisas, como alfaias agrícolas ou até jaulas para a criação de coelhos. Eu ajudei na medição e corte dos ferros, ele tratava de soldar todas as peças de forma a estrutura ficar mais sólida”, comenta o #4 da APD Braga e da Seleção Nacional, que enaltece o engenho do parceiro de construção. “Sou sincero, se fosse eu a soldar, certamente que a tabela não aguentava muito tempo em pé”, admite.
Colegas de equipa e de Seleção, tetracampeões nacionais pela APD Braga, mantêm-se, como suposto, à distância, mas coincidiram na vontade de não adiar mais o contacto com a essência do jogo. Por isso, afirma Jorge Palmeira, “sempre que o tempo permite, lança-se umas bolas”.
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19 MAI 2020

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