Mário Lemos – Diga Minibásquete

Numa época em que de novo, felizmente, tanto se fala em formação e no minibásquete relembrar o seu legado é um acto da mais elementar justiça.

Mário Lemos compreendeu, e transcrevemos aqui palavras do Prof. Dr. Carlos Gonçalves, (que como professor estagiário o acompanhou na introdução do minibásquete no Colégio Militar em 1965), “a essência do jogo definindo claramente os seus objectivos, (bem para além de um simples movimento de iniciação ao basquetebol), tornou-se no grande doutrinador desta actividade. A sua visão educativa do jogo leva-o a introduzir conceitos inovadores, como a constituição de equipas mistas (crianças de ambos os sexos, dos 8 aos 10 anos) e a organização de torneios-convívios com a participação de equipas constituídas por crianças oriundas de diferentes equipas. Estes conceitos viriam a ter conhecimento internacional e estão, ainda hoje integrados na organização dos Jamborees Europeus de Minibásquete.”Para terminar esta breve homenagem ao saudoso professor transcrevemos aqui duas passagens que definem em grande parte a essência da visão de Mário Lemos sobre o minibásquete. – Entrevista a Carlos Nogueira, Jornal “Record” de 20.05.72 falando sobre minibásquete afirmou que este se encontra “numa fase da formação humana em que os educadores terão a possibilidade de actuar promovendo situações, que levem as crianças a adquirir com naturalidade uma nova forma de estar na sociedade em que vivemos”- Entrevista a Jorge Schnitzer, Jornal “A Bola” de 25.05.72 “Escreva minibásquete e não minibasquetebol. Minibásquete quer significar precisamente que este jogo é uma coisa e o basquetebol é outra.”