Mário Saldanha: “Que seja uma festa do Basquetebol em Sines”
Antigo presidente da FPB, que dá nome à Supertaça Masculina, faz a antevisão de mais uma edição do troféu
Competições
25 SET 2024
Mário Saldanha, figura maior do dirigismo desportivo no que ao Basquetebol diz respeito. O ex-presidente da FPB, com uma longa carreira a liderar as hostes da Federação, foi em 2023 homenageado e o seu nome passou a titular na Supertaça Masculina. A aproximar-se a II Supertaça Mário Saldanha, juntámo-nos com o antigo dirigente em antevisão ao espetáculo do próximo sábado.
Há um ano o seu nome foi escolhido para titular a Supertaça Masculina. Agora, 365 dias depois, como se sente ao ver-se associado a este evento e sabendo que assim se manterá? O que gostaria que o seu nome representasse para o Basquetebol Português?
MS: Um legado de uma dedicação inabalável durante mais de 70 anos ao Basquetebol nacional. Que isso sirva de alguma forma de representatividade para que os jovens possam cada vez mais aderir, não só ao Basquetebol jogado, também ao dirigismo. E, portanto, sinto-me com uma felicidade muito, muito agradável, porque atribuir o próprio nome a uma taça é sempre agradável, não é? Portanto, fico muito feliz por isso.
E como antevê mais uma Supertaça Mário Saldanha a nível desportivo?
MS: A nível desportivo, e da atração, [são] duas das melhores equipas portuguesas, aquilo que eu desejo acima de tudo é que seja um jogo bem jogado, e que seja um pavilhão cheio público, que seja uma festa do basquetebol em Sines.
A Supertaça também serve de “arranque” para as competições masculinas. É importante para os clubes iniciarem aqui a sua época da melhor forma? Qual o impacto que tem este troféu para a temporada 24-25?
MS: Isto tem a ver com a programação anual dos diversos campeonatos, e é absolutamente necessário que se façam alguns jogos pré-temporada, digamos. E isto constitui exatamente a obrigação de uma preparação das equipas, muito embora as equipas neste momento já estejam a jogar competições internacionais. Este jogo é para nível interno, portanto, também é muito bom que se faça, porque os clubes preparam-se muito melhor para estes jogos e para o futuro. É agradável que assim seja.
Não posso deixar de lhe perguntar pelo seu Queluz. De regresso à Liga esta temporada, seria especial que em 2025 esta Supertaça contasse com uma equipa que lhe diz tanto?
MS: É evidente que eu não renego o meu Queluz porque foi onde eu nasci, onde eu comecei. Hoje tenho 78 anos. Comecei a jogar minibasquete no Queluz com 5 anos, ainda em campos de terra batida e marcados a cal. Quando chovia enchíamo-nos de lama… Portanto, eu quero felicitar realmente os atuais dirigentes do Queluz, por terem feito regressar o clube ao escalão onde merece estar, com tantos anos de vivência e com tantos anos de trabalho penso que o Queluz é bem-vindo à liga principal do Basquetebol nacional.
Nos seus 27 anos ligado à FPB, guarda alguma memória especial de alguma Supertaça? Teria alguma história para nos contar sobre esta prova? Há alguma rivalidade marcante que se recorde, por exemplo?
MS: A Supertaça era uma prova que nem existia tampouco. E ela foi iniciada entre o Queluz e o Barreirense. E na altura era jogada a duas mãos, primeiro em casa de um e depois em casa do outro. E recordo-me perfeitamente que o Queluz foi perder ao Barreiro por 26 ou 27 pontos e depois ganhou em Queluz por alguns 30 e, portanto, foi o primeiro vencedor da primeira Supertaça. Portanto, essa, digamos que, para mim, é a mais relevante e é aquela que deu início às Supertaças que anteriormente não se disputavam. E, portanto, foi muito agradável ter sido o Queluz a ganhar a primeira.
Vai lá estar no sábado?
MS: Vou lá estar, é evidente que aquilo que eu mais desejava era que o público aderisse. E, por outro lado, também vai haver a Supertaça Feminina antes, vão ser os dois [jogos] no mesmo pavilhão e, portanto, eu penso que vamos ter um pavilhão bem emoldurado, com muita gente, ainda por cima com um jogo grande também, Benfica-Porto, vai ser um dia de festa do Basquetebol.
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