Melnychuk: «Os nossos objectivos mudaram»

O experiente treinador dos penafideleneses fala-nos do percurso desta equipa que no início da época almejava, apenas, manter-se na Proliga, mas que agora lidera a classificação da fase regular, a par do Lusitânia.

Treinadores
19 MAR 2010

Em vésperas de defrontar os açorianos, saiba, também o que o técnico ucraniano espera da formação insular

Depois de um início complicado o Penafiel está a revelar-se a equipa sensação da Proliga. A evolução do grupo seguramente exigiu tempo, trabalho e paciência. O grupo ainda tem margem de progressão até final da época? Não é fácil construir uma equipa quase do zero, mas claro que o grupo ainda tem margem de progressão. Temos muitos problemas na organização do jogo, tanto na parte ofensiva como defensiva. Há margem de progressão na técnica individual e na leitura de jogo, esse é um objectivo que nunca acaba para qualquer jogador, seja ele jovem ou veterano. Há que melhorar todos dias e em todos treinos. Neste momento vão já em 16 vitórias consecutivas frente a equipas da Proliga, contando com todas as competições. Acha possível manter a invencibilidade até final da fase regular e, quem sabe, prolongá-la no playoff? É muito difícil. A Proliga é bastante competitiva – a equipa do Sangalhos mostrou o valor da competição na Taça de Portugal -, e é possível perder qualquer um dos próximos quatro jogos com adversários como o Lusitânia, o Terceira, o Angra ou o Barcelos. No playoff é diferente, há muita pressão nas eliminatórias. O trabalho que realiza neste momento com uma equipa da Proliga difere em alguma coisa daquilo que fazia nas selecções ou nas equipas da Liga? É diferente ao nível dos fundamentos, da leitura do jogo defensivo e ofensivo. Há jogadores com quem preciso de trabalhar a nível da aprendizagem. Mas estou a tentar trabalhar com mesma a intensidade, exigência e responsabilidade. De que forma se motiva todos os dias, com a sua idade, o seu passado brilhante, para fazer um trabalho com a qualidade que é evidente numa equipa de um escalão secundário? Estou de acordo com muitas das opiniões aqui manifestadas pelo treinador do CAB, o João Freitas, sobre o treino no seu artigo. Nós estamos numa Liga semi-professional. Cada jogador, quando passa a linha lateral e entra em campo, deve perguntar si próprio “o que quero deste treino?” Cada jogador está trabalhar para o êxito da sua equipa e para si próprio, para seu futuro. Nós somos uma equipa, uma família. E a responsabilidade de cada jogador é grande. Não é como no ténis ou no atletismo. Não depende se és suplente ou se jogas mais tempo. O valor de cada um é igual.Haverá um embate de líderes no próximo sábado. Quais os pontos fortes que destacaria nesta equipa do Lusitânia? Já fizemos 3 jogos com o Lusitânia. Ganhámos 2 e perdemos 1. Cada jogo teve a sua história. Cada jogo é particular. Eles conhecem-nos como nós sabemos quase tudo sobre eles. Mas é muito difícil prever como vai correr o jogo. Vai ganhar a equipa que tiver mais garra e mais disciplina táctica. Já se sonha com a Liga Portuguesa de Basquetebol em Penafiel? Na início da temporada o objectivo era manutenção e se possível o playoff. A Taça e a liderança na Proliga mudaram nossos objectivos. Hoje a direcção, com o apoio da câmara, lançou um novo objectivo – apuramento para Liga. Jogadores e equipa técnica vão fazer de tudo para alcançar esse novo propósito, mas temos consciência que vai ser muito difícil. No último jogo o Maurício Rocha partiu perna e na 4.ª feira foi operado. A operação correu bem. O Maurício era um jogador suplente no nosso plantel, mas um suplente com valor elevado. Desejamos-lhe a mais rápida recuperação.

Treinadores
19 MAR 2010

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