Minhava: «É altura de trabalhar»
A Seleção Nacional concentra-se esta segunda-feira, em Coimbra, onde, sob as ordens de Mário Palma, vai começar a preparar o apuramento para o Campeonato da Europa do próximo ano.
Atletas | Seleções
29 JUN 2012
Não obstante a longa temporada, o jogador chega motivado e disposto a dar tudo para que Portugal volte a apurar-se para a fase final de um Eurobasket.
Feliz e disponível para integrar uma vez mais os trabalhos da Seleção Nacional?Claro que sim! É sempre bom chegar ao fim da época e ter a oportunidade de ajudar a Seleção Nacional. É igualmente gratificante sentir a confiança dos responsáveis pela equipa e em relação a isso só tenho uma maneira de retribuir essa mesma confiança: Dar o melhor de mim em todos os momentos.O Miguel Minhava é um jogador que nunca desiste? No dia em que equacionar desistir penso que os meus dias no basquetebol estarão a chegar ao fim. Nunca desisto, principalmente nas alturas menos positivas procuro dar o melhor de mim de forma a dar a volta por cima. É essa a minha maneira de estar e nunca a vou alterar. O sorteio do grupo em que Portugal ficou integrado, em teoria, não poderia ser mais complicado depois de conhecidas as equipas sorteadas dos respetivos potes?Não há volta a dar. É com estas equipas que vamos ter de jogar e só temos que fazer as coisas para que sejam eles a preocuparem-se com a nossa equipa. É de facto um grupo difícil, mas já provamos noutras alturas que, se tivermos ao nosso melhor nível, podemos ser bastante competitivos e vencer jogos. Ainda faz parte de um grupo reduzido de atletas que se encontra no meio dos convocados mais veteranos e daqueles que integram a desejada renovação da equipa. Achas que será uma transição tranquila, sem que a mesma perca qualidade e competitividade? É uma realidade que existe uma geração (aquela que melhores resultados conseguiu na história do basquetebol em Portugal) que está a chegar ao fim no que diz respeito à Seleção Nacional. Faz parte da vida e na minha opinião só temos que agradecer o que de bom eles fizeram por nós. Penso que existem condições para fazer uma transição progressiva e não repentina. É possível não perder competitividade, mas também é imperativo que esses novos jogadores tenham minutos nos seus clubes. Caso contrário tudo ficará mais difícil, e a Seleção poderá ressentir-se.O plano de preparação prevê mais 10 jogos de controlo. Poderá isto ser um fator decisivo para o apuramento para o Eurobasket na Eslovénia?Penso que sim, e aí temos que reconhecer que a Federação tudo tem feito para que tenhamos todas as condições para atingir os nossos objetivos. Estamos num país em que nem sequer existem equipas a disputar competições europeias, como tal estes jogos assumem uma importância extrema.Independentemente dos jogadores que venham a integrar a Seleção Nacional, e da experiência que já tem de trabalhar com o treinador Mário Palma, como será a equipa portuguesa que vai disputar a próxima fase de apuramento? Sei que o grupo que ficar para os jogos de qualificação vai ter regras definidas e o caminho traçado vai ser só um. O Prof Mário Palma já disse, no dia em que anunciou a convocatória, qual era o lema da Seleção Nacional. Portanto, agora é altura de trabalhar (e muito certamente) para atingir, mais uma vez, aquilo que muitos julgam não ser possível.