Minhava: «Nunca nos desunimos»

O Benfica sofreu uma derrota em Guimarães, na Liga, mas a equipa não tardou a redimir-se, ganhando a Supertaça, diante do FC Porto, na semana seguinte.

Atletas | Competições
3 NOV 2010

Num jogo equilibrado, decidido nos pormenores, Miguel Minhava não tem dúvidas que o facto de o clube da Luz ter um conjunto experiente constituí uma característica fundamental, que neste caso em particular foi decisiva. O internacional português, que é um dos elementos-chave na formação da Luz, congratula-se com esta conquista, mas mostra-se, por outro lado, consciente do quão duros serão os embates com o FC Porto esta época.

Esta vitória veio colocar um ponto final, se é que ele existiu, no mau momento da equipa? É relativo considerarmos que a equipa estava num mau momento. Temos sido prejudicados pelas lesões, sobretudo ao nível do treino. Claro que não estávamos a contar com a derrota em Guimarães, mas de qualquer forma estamos no início da época e penso que temos vindo a crescer como equipa. O grupo aguentou bem a pressão do jogo e o equilíbrio até final no marcador. Quando, já durante o 3º período, estiveram a perder por sete pontos, sentiu em algum momento que a equipa estava a desunir-se? Nunca nos desunimos e essa é uma das vantagens de termos uma equipa experiente. Um jogo a 7 pontos não está perdido. Sabíamos que era necessário manter um nível defensivo elevado e continuar a seleccionar bem os lançamentos, de forma a recuperarmos dessa desvantagem. Foi um excelente teste à nossa capacidade física e mental.Em que detalhes do jogo julga que o Benfica foi superior durante o encontro? Acima de tudo na defesa. Sofrer 63 pontos de uma equipa como a do FC Porto atesta bem a qualidade defensiva que imprimimos no jogo. É difícil ver finais muito bem jogadas em qualquer parte do Mundo. Até na NBA os jogos finais são marcados pela capacidade defensiva. Também acho que, apesar de alguns erros, que devemos corrigir no futuro, mantivemos sempre a serenidade necessária ao nível ofensivo, o que nos permitiu pontuar nos ataques decisivos.A concorrência parece torná-lo ainda mais forte. O seu bom inicio de época é a continuidade do trabalho e das boas exibições ao serviço da Selecção Nacional? Haver concorrência é sempre positivo; obriga-nos a trabalhar muito para “conseguir minutos”. E claro que me sinto bem com o facto de a equipa ganhar e de eu poder ajudar dentro do campo. Quer seja no Benfica, quer seja na Selecção Nacional, tento sempre dar o meu melhor e fico contente quando as coisas me saem bem a mim, mas sobretudo à equipa.Com tantos argumentos ofensivos e jogadores com capacidade para fazer pontos, é fácil servi-los a todos para que ninguém se sinta esquecido? Por vezes não é fácil, porque realmente há muita qualidade no nosso plantel e todos os jogadores da nossa equipa têm uma boa capacidade concretizadora. De qualquer forma, tento sempre, dentro do possível, envolver todos os jogadores no ataque da equipa. Mas mais importante do que isso é todos estarmos concentrados naquilo que é o nosso objectivo enquanto equipa, deixando de lado o protagonismo individual. Penso que só assim conseguimos ter sucesso nas duas épocas que passaram e só assim o conseguiremos este ano.Depois deste primeiro embate, acha que este ano o FC Porto será um adversário ainda mais difícil de ultrapassar do que na época passada? O FC Porto tem uma excelente equipa. O ano passado foi muito difícil batê-los e este jogo mostrou aquilo que nos espera este ano. Todos os encontros serão certamente muito equilibrados e decididos nos pormenores. Espero também que todos os jogos possam ter o ambiente semelhante àquele que existiu na Supertaça.

Atletas | Competições
3 NOV 2010

Mais Notícias