«Motivação é a palavra-chave»
O CAB Madeira perdeu com o Algés na Liga Feminina, mas Carla Freitas acredita que na meia-final da Taça de Portugal tudo poderá ser diferente.
Atletas | Competições
29 FEV 2012
Apesar de reconhecer que as insulares estão a fazer uma época atípica, a jogadora acrescenta que a solidez na defesa e a agressividade no ataque podem ser o segredo para a equipa madeirense carimbar o passaporte rumo à final da prova.
A época tem sido atípica para a equipa feminina do CAB Madeira. As paragens forçadas na competição têm influenciado o rendimento da equipa, já que as madeirenses não têm tido a oportunidade de competir regularmente. “Tem afetado e muito. A equipa está sem ritmo, mesmo com treinos diários, não é igual a competição”, referiu Carla FreitasEste ano as insulares têm-se revelado mais irregulares nas suas prestações, inclusive nos jogos em casa onde habitualmente eram dominadoras. Algo a que não será alheio, segundo a opinião da capitã madeirense, às alterações no plantel. “Talvez a entrada de quatro jogadoras novas no princípio da época possa ter afetado”. Mas essa não é a única explicação para justificar a irregularidade da equipa e alguns resultados menos positivos. “E claro as derrotas também ajuda a desmotivar a equipa.” O adversário da meia-final da Taça de Portugal é a equipa do Algés, que no último confronto entre estas duas formações, venceu folgado aí na Madeira. Quase tudo correu mal nesse jogo às madeirenses e a elevada eficácia revelada pelas algesinas ajuda a explicar a diferença final no final do jogo. Algumas coisas têm de ser corrigidas, mas para a experiente base existe algo de mais importante que as questões técnicas e táticas. “Motivação é a palavra-chave. No jogo em casa, começámos a falhar e elas a concretizar tudo, e quando Isso sucede é muito desmotivante para a equipa que está a perder. Vamos tentar defender bem, ser muito agressivas e assim o ataque vai aparecer. “O jogo exterior do Algés, nomeadamente a sua base norte-americana, tem sido umas das principais armas ofensivas da equipa. Algo que Carla Freitas desvaloriza até porque considera que o adversário tem demonstrado grande coletivismo na sua forma de jogar. “Acho que o Algés está a jogar muito em equipa. Claro que a base norte-americana ajuda, mas se no jogo ela marcar 20 ou 30 pontos e as outras não marcarem, no final podemos ser nós a ganhar. O nosso objetivo será estudar a equipa toda e não individualmente.”Apesar de todas as dificuldades, que são públicas, que o clube atravessa, a equipa do CAB Madeira está preparada para discutir a Taça de Portugal, disposta a transformar as dificuldades em forças que ajudem a conquistar este troféu. “A equipa do CAB está sempre motivada, e com estas dificuldades estamos ainda MAIS ”.