“Nunca fiz planos nem nunca imaginei atingir este grupo restrito de formadores FIBA”

Falamos de Rui Alves, que em entrevista à FPB deu conta deste extraordinário passo na sua carreira e que muito engrandece o basquetebol português!

Como é estar entre a elite da elite dos formadores de basquetebol? Foram apenas 51 os candidatos com avaliação positiva.

Sinto, naturalmente, um enorme orgulho e responsabilidade. Principalmente porque foi sair mais uma vez da zona de conforto e sujeitar-me a uma rigorosa e exigente avaliação em dois momentos, em países muito diferentes, com colegas muito diferentes… no final senti mesmo que o trabalho foi recompensado.

Para que todos percebam melhor aquilo de que estamos a falar, como caracterizas este nível 1 de formação? Ficas habilitado a quê?

A FIBA reestruturou o seu plano de formação, editou novos manuais e quer normalizar a lecionação dos cursos pelo planeta, principalmente junto das federações que não têm um plano de formação regular. Estes treinadores agora certificados serão responsáveis por dirigir esses cursos de formação inicial – nível 1, a pedido das federações e por indicação da própria FIBA. Haverá um processo semelhante para os níveis 2 e 3 que ainda não está em funcionamento.

Tens algum país ou zona, em especial, em que gostasses de dar formação?

Os únicos cursos que lecionei até à data, por indicação da FIBA, foram em África, em Cabo Verde e na Guiné-Bissau, e foram ambas experiências extraordinárias. É expectável que eu seja indicado prioritariamente para todos os cursos lecionados na língua portuguesa ou espanhola. Mas posso ser indicado para cursos na Ásia ou América… eu gosto de desafios também nesta área da formação e por isso não tenho preferência alguma.

Depois de um salto deste nível, há ainda algum objetivo por cumprir em matéria de formação?

Nunca fiz planos nem nunca imaginei atingir este grupo restrito de formadores FIBA. Há 12 anos a FPB proporcionou-me a participação no primeiro curso do FIBA Europe Coaching Certificate. O trabalho que fui realizando fez com que o mesmo departamento europeu da FIBA indicasse agora o meu nome para esta certificação, e fico satisfeito por retribuir esta confiança com o sucesso obtido na avaliação. O meu único objetivo é representar o melhor possível os treinadores europeus, e portugueses em particular, nas oportunidades que tiver em partilhar os conhecimentos nos cursos FIBA.