O sonho de Joana Santos

Com apenas 17 anos, Joana deixou para trás os pais, a família e os amigos para cumprir o sonho de jogar basquetebol nos Estados Unidos.

Atletas | Competições
16 MAR 2016

Candidatou-se à Mercersburg Academy, no high school, ficou e dois anos depois sagrou-se campeã estatal! Mas pelo meio jogou futebol e este ano ainda experimentou o softbol. A futura engenheira – já foi aceite em cinco faculdades e aguarda ainda resposta de outras duas… -, e grande admiradora de Ticha Penicheiro, tem o sonho de chegar à WNBA. Até porque já teve a prova de que os sonhos, afinal, concretizam-se…

 

Foi para os EUA com 17 anos. Pode contar-nos como surgiu essa oportunidade?

 

Surgiu após participar no Campus de Basquetebol dos 76’ers, em Filadélfia, em julho de 2013. O diretor deste campus gostou de me ver em ação e perguntou-me se tinha interesse em vir jogar e estudar para os EUA. Em outubro desse ano a minha atual treinadora contactou o professor José Monteiro (treinador do CBTN), que foi quem organizou a ida ao campus, e demos início ao processo de candidatura ao “high school” (Mercersburg Academy).

 

Sempre teve esse sonho ou foi algo em que só pensou nesse momento? 

 

Desde que tinha 12 anos que sonhava ir estudar para os EUA, e quando esta oportunidade apareceu foi como um sonho tornado realidade. Continuar a jogar basquetebol e estudar nos EUA foi ainda melhor dp que o meu sonho original.

 

Como foi separar-se da família? Deve tratar-se de uma mudança muito grande, sobretudo para quem tem apenas 17 anos. Como foi a sua adaptação ao sistema de ensino, à língua, aos costumes…?

 

Como estava a seguir um sonho, a adaptação foi bastante suave, e o facto de a comunidade em Mercersburg ser como uma grande família também ajudou muito. O sistema de ensino é muito diferente, mas para melhor (na minha opinião), porque permite uma evolução diferenciada aos alunos nas diferentes matérias. A maior dificuldade que tive em adaptar-me foi à comida!

 

Começou por jogar futebol aí no liceu… Porquê? Como regressou depois ao basquetebol?

 

Embora tenha ido para Mercersburg Academy para jogar basket, eles incentivam os alunos a praticar varios desportos. Como a época do basket apenas decorre durante o 2º periodo – inicia-se em finais de novembro e termina em finais de fevereiro – no 1º período joguei futebol (em Portugal joguei dos 6 aos 12 anos), e este ano, no 3º período, decidi experimentar o softball.

 

A sua equipa já alcançou esta época o melhor resultado de sempre.

 

A minha equipa participa em três competições ao longo da época: IPSL (Independent-Parochial School League), MAPL (Mid-Atlantic Prep League) e PAISAA (Pennsylvania Independent Schools Athletic Association – campeonato estatal). Alcançámos o primeiro lugar no IPSL, ficámos em segundo no MAPL e ganhámos o PAISAA. Todas estas classificações foram as melhores obtidas pela escola até hoje. Acabei a minha carreira de basket no high school com a obtenção do título de campeã estatal!

 

No próximo ano vai para a universidade? Já tem alguma em vista por aí?

 

Ainda estou a decidir para onde irei estudar no próximo ano. Já fui aceite em 5 faculdades e aguardo a decisão de mais duas. Todas elas pertencem à Divisao III do NCAA e permitem-me seguir o curso de Engenharia, que é o meu objetivo.

 

Quais são os seus sonhos no basquetebol? Chegar à WNBA?

 

Por agora sonho em jogar no college, porque mesmo em D3 o ambiente é incrível. Jogar na WNBA? Nada é impossível. Para mim há três anos estar aqui era só um sonho…

 

Há alguma jogadora que admire particularmente?

 

Sempre admirei a Ticha Penicheiro pela maneira como ela via o jogo e pelas suas assistências espetaculares.

 

Por cá jogou sempre na mesma equipa? Chegou a fazer algum jogo na Liga Feminina? 

 

Em Portugal joguei sempre pelo GDEMAM – Algueirão. No meu último ano (primeiro ano de sub-19), treinei com a equipa sénior e cheguei a jogar alguns minutos na Liga Feminina.

 

Estão aí as festas do basquetebol e a Joana chegou a participar. Tem boas recordações deste evento?

 

Das duas vezes que joguei por Lisboa nas festas fomos campeãs, por isso as recordações são muito boas. O que me lembro melhor desses tempos é a convivência com as diferentes equipas. Foram momentos únicos que nunca esquecerei.

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16 MAR 2016

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