“Os nossos últimos resultados mostram-nos que não devemos temer nenhum adversário”
Luís Oliveira em entrevista após a participação na FIBA 3x3 U17 Europe Cup
Seleções
28 SET 2023
Concluída a participação da seleção nacional feminina sub17 de 3×3 no Campeonato da Europa, que atingiu um histórico 7.º lugar, a melhor classificação de sempre deste escalão nesta prova, Luís Oliveira diz que fica o orgulho do posto atingido, mas a certeza de que é possível atingir voos ainda mais altos.
O selecionador nacional esteve à conversa com a FPB e fez um balanço da participação lusa na FIBA 3×3 U17 Europe Cup 2023, que contou com embates com a Alemanhã, Reino Unido e Espanha:
Terminada a participação neste Europeu em Heraklion, na ilha de Creta, na Grécia, que balanço podemos fazer?
O balanço é positivo. Temos consciência de que alcançámos a melhor classificação de sempre de uma seleção feminina num europeu no escalão de sub17, mas saímos com um sentimento de frustração porque sentimos que podíamos ter ido um pouco mais longe. Acabámos por ter um grupo que não era fácil, tal como prevíamos, e olhando agora, o nosso primeiro jogo acabou por ser o encontro do 3.º e 4.º lugar. A nossa ansiedade, o nosso nervosismo, acabaram por jogar contra nós, e a Alemanha saiu como vencedora desse jogo com todo o mérito. No entanto, naquele momento, sem sabermos, jogámos um 3.º e 4.º.
Sentíamos que podíamos estar entre os quatro melhores da Europa e terminamos a competição com a sensação de que podíamos estar no apuramento para o mundial, que era o principal objetivo deste grupo.
Uma preparação que se prolongou durante o verão, que pontos positivos podemos retirar?
Muita coisa correu bem, logo a começar pelo torneio InterSeleções sub17 de 3×3, que foi um sucesso e vai continuar a ser. Tem-nos permitido mostrar a realidade do 3×3 a todas as associações e a muitas atletas, mas também nos permite organizar melhor os trabalhos das seleções neste escalão.
Aqui estamos a falar de sub17 e um dos maiores erros que se comete nos escalões de formação é avaliarmos um bom ou mau trabalho pelo número de vitórias e derrotas. Não é por termos conseguido muitas vitórias que na altura estávamos a fazer tudo bem, e não é por este último europeu termos sido derrotados e estarmos frustrados, que fizemos coisas mais negativas. Acho que todo o processo foi de evolução, temos agora atletas muito mais preparadas para jogar 3×3 a este nível. Recebemos elogios de quase todas as seleções e conquistámos o sétimo lugar, que é o melhor lugar de sempre, com todo o mérito e é algo que nos deve deixar a todos bastante orgulhosos.
O que podemos aprender para participações futuras?
Os nossos últimos resultado mostram-nos que ao nível do 3×3, nós não devemos temer qualquer seleção da Europa. Estamos ao nível dos melhores e é com esse foco e essa visão que nos queremos reger.