Ovarense vai defender a Taça

Competições | FPB
8 MAR 2010

A Ovarense Dolce Vita volta a marcar presença em mais um ponto alto da temporada, ao qualificar-se para a final da Taça de Portugal Jogos Santa Casa, batendo na meia-final a equipa do Barreirense, por 63-61. O desacerto dos barreirenses na hora de atirar ao cesto, somado à experiência dos vareiros em momentos de decisão, explicam o porquê do apuramento do actual detentor do troféu para mais uma final na presente época.

Boletim do jogo em http://tweetphoto.com/13498727

Minivideo em http://www.youtube.com/watch?v=E_OTFZa60Gs

A segunda meia-final começou de forma equilibrada, com o treinador António Paulo a surpreender ao colocar de entrada a o jovem base Alexandre Coelho para comandar a equipa do Barreiro. Nos primeiros 10 minutos da partida as defesas sobrepuseram-se aos ataques e foi através dessa mesma defesa que os vareiros conseguiram ligeiro ascendente na parte final do quarto (17-10), como resultado de alguns roubos de bola que terminaram em contra-ataques fáceis. Já com o seu cinco mais habitual dentro de campo – Pedro Pinto, Graça e José Silva -, e com a curiosidade de João Santos ocupar uma das posições interiores, a formação da margem Sul do Tejo recomeçou o 2º período disposta a alterar o rumo dos acontecimentos. Privilegiando o jogo exterior como opção lógica face aos jogadores que tinha dentro de campo, a Ovarense passou a sentir maiores dificuldades para se ajustar defensivamente à maior mobilidade dos adversários. Depois de um 1º período paupérrimo das duas equipas em percentagens de lançamento, a partir do meio do 2º período assistiu-se a uma fase de parada e resposta de lançamentos concretizados. Valendo-se da inspiração e da garra de João Santos, inclusive na luta do ressalto, o Barreirense colou-se no marcador até final da 1ª parte, não passando para o comando (29-30), pelo toque de classe que Waller (14 pontos) colocava nos movimentos colectivos da Ovarense. O recomeço do encontro veio confirmar as dificuldades de ambas as equipas em encontrar o caminho para o cesto, especialmente os comandados de António Paulo, que estiveram 5.15 minutos sem converter qualquer ponto, aproveitando a Ovarense para fugir no marcador (36-29). Só da linha de lance-livre, e em ambos os casos por João Santos, a formação do Barreirense conseguiu pontos, iniciando um período de recuperação alicerçado numa zona press 1x2x2 que terminava num homem a homem agressivo. Galvanizou-se a jovem equipa do Barreiro que, a pouco mais de um minuto do final do quarto, confirmou a reviravolta no marcador (45-42), segurando posteriormente o comando da partida até ao termo do período (45-44). Com as equipas separadas pela diferença mínima, estava tudo em aberto à entrada do derradeiro período para se ficar a conhecer o segundo finalista desta Taça de Portugal. Foi altura para o capitão vareiro assumir o comando do encontro. Numa demonstração evidente de leitura de jogo, com aproveitamento correcto das vantagens das trocas defensivas, Manarte liderou a sua equipa a um parcial de 9-0 (53-45), correspondendo a um período de 4 minutos sem converter qualquer ponto por parte dos barreirenses. Nunca mais deixaria de ter o controlo da partida o eterno jovem da equipa de Ovar, Nuno Manarte, pautando bem os ritmos do jogo e a criar situações de concretização fácil para os seus companheiros. Num esforço final, a perder por 4 (51-55) com pouco mais de 2 minutos para jogar, o técnico António Paulo mandou avançar os seus atletas para uma pressão campo, conseguindo por várias vezes aproximar-se no marcador, mas sem verdadeiramente ter ameaçado a liderança do encontro. Na formação finalista, o destaque vai por inteiro para Nuno Manarte (2 pontos, 8 assistências e 5 roubos de bola), pois a estatística nem sempre mostra a preponderância que um atleta tem no desfecho de uma partida. A forma como assumiu a responsabilidade do jogo, através da forma simplista como jogou o bloqueio directo na bola, permitiu que outros se evidenciassem, como foram os casos de Waller (18 pontos, 6 ressaltos e 2 roubos de bola) e Chris Lee (12 pontos, 7 ressaltos e 2 desarmes de lançamento). Na turma do Barreiro, Miguel Graça (13 pontos e 2 ressaltos) e João Santos (12 pontos, 4 ressaltos e 2 roubos de bola) foram dos mais inconformados, ficando a experiência adquirida para muitos dos jovens do plantel, para as muitas finais que ainda terão nas suas curtas carreiras.

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8 MAR 2010

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