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Benfica nas “meias” dos playoffs, Ovarense força “negra”

Os playoffs da Liga Betclic Masculina regressaram este sábado e já confirmaram a primeira equipa nas meias-finais da competição. O SL Benfica não teve dificuldades para superar a oposição do CD Póvoa Esc Online (72-93) e confirmou o 2-0, já em Ovar, a Ovarense Gavex levou a melhor sobre a UD Oliveirense (82-74) e forçou a “negra” que será disputada no próxima terça-feira, às 19h00.

Com o Pavilhão do CD Póvoa completamente cheio, o Benfica conseguiu entrar melhor no jogo e aplicar um parcial de 18-32 logo nos primeiros dez minutos. As “águias” apresentaram-se mais fortes e conseguiram rapidamente cavar um fosso no marcador que se viria a revelar determinante para o desfecho da partida. A perder por 35-49 ao intervalo, o conjunto poveiro tentou, mas acabou por ver os campeões nacionais aumentaram a vantagem no marcador. A liderança na ordem das duas dezenas permitiu ao Benfica controlar o resto da partida e confirmar um lugar nas meias-finais dos playoffs.

No conjunto poveiro realce para as boas exibições de Cameron Oluyitan (14pts, 9res, 2ast), Christopher Tawiah (13pts, 8res, 2ast), João Embaló (12pts, 5res, 1ast, 3dl) e Diogo Gomes (14pts, 2res, 4ast, 1rb), enquanto na equipa encarnada assumiram protagonismo Ivan Almeida (21pts, 5res, 5ast, 3rb), José Silva (19pts) e Terrell Carter II (14pts, 9res, 2ast, 2dl).

Em Ovar, a equipa da casa começou melhor pese embora o grande equilíbrio no marcador. A Ovarense viria a manter-se sempre na liderança da partida, pese embora a formação de Oliveira de Azeméis nunca tenha permitido uma liderança confortável aos homens da casa. Ao intervalo os vareiros venciam por 43-36, margem que aumentou antes da entrada no derradeiro quarto (62-51). Mais forte na finalização nas áreas perto do cesto e mais eficaz da linha dos três pontos, a Ovarense confirmou a vitória (82-74) e o empate na eliminatória que apenas se decidirá na próxima terça-feira.

Jacoby Armstrong (25pts, 7res, 1ast, 1dl), Render Wood (11pts, 3res, 4ast, 3rb), Rodrigo Soeiro (11pts, 3res, 4ast) e Isaiah Johnson (11pts, 5res, 7ast, 2rb) brilharam na equipa da casa, já na Oliveirense sobressaíram Darius Carter (17pts, 6res, 1ast, 2rb, 1dl), Arnette Hallman (14pts, 6res, 1ast, 1dl), Troy Simons (14pts, 6res, 4ast, 1rb, 2dl) e André Bessa (13pts, 2res, 7ast).


Dérbi de Aveiro aquece fim de semana de playoffs da Liga Betclic Masculina

 No arranque dos playoffs da Liga Betclic Masculina, a UD Oliveirense levou a melhor sobre a Ovarense Gavex (75-70) e adiantou-se na eliminatória que opõe os dois rivais de Aveiro. Com os quartos de final dos playoffs a decidirem-se à melhor de três jogos, o encontro deste sábado (16h00) apresenta redobrada importância para a Ovarense Gavex que se vê obrigada a ganhar.

Na antevisão do jogo 2, falamos com o internacional português Cândido Sá, que acredita que a equipa está empenhada e determinada a dar o seu melhor. O camisola #11 dos vareiros destaca que a equipa está “focada e disposta a fazer de tudo para ganhar o próximo jogo. Queremos continuar a competir e dar o nosso melhor”, referiu.

Por outro lado, a UD Oliveirense também se encontra numa posição de confiança e motivação. Henrique Barros, foi o porta-voz do conjunto unionista e afirma que a equipa está “muito motivada e determinada para este jogo decisivo. Acredito que a vitória na quarta nos dá confiança para o próximo jogo, sabendo que temos de estar preparados para a reação da Ovarense”. Ambas as equipas são conscientes dos pontos fortes do adversário, com a Oliveirense a destacar-se pela sua versatilidade e pelo forte jogo interior. Além disto, Cândido Sá reconhece que há “bons lançadores e bases que sabem organizar e criar boas situações para a equipa.”

A pressão de jogar um jogo tão importante e decisivo é inegável para ambas as equipas. No entanto, ambas estão determinadas a não deixar que isso afete o seu desempenho. Cândido Sá destaca que o único foco é a vitória: “Temos de ganhar e esse é o nosso único foco. Há sempre mais pressão nos jogos a decidir, por isso temos de entrar bem e ser consistentes durante o jogo todo”, explicou. Já Henrique Barros reforça a importância de “manter a intensidade e agressividade dos dois lados do campo”.

As expectativas para este jogo e para o resto dos playoffs são altas. Para o poste vareiro a ideia é simples: “ganhar o próximo jogo” e levar a equipa o mais longe possível nos playoffs. Henrique Barros partilha a mesma mentalidade, afirmando que o grupo de trabalho está focado em dar o máximo em cada partida: “Acredito nesta equipa e vamos jogar sempre com 100% de entrega à Oliveira de Azeméis”, contou.

Além disso, o público pode ser um fator diferenciador. Cândido Sá destaca que a Ovarense tem adeptos que apoiam incondicionalmente a equipa: “temos adeptos que nos dão sempre muito apoio do primeiro ao último minuto, antes e depois dos jogos. Acredito que juntos vamos conseguir esta vitória!” Henrique Barros também acredita no impacto dos adeptos, afirmando que estes momentos são sempre especiais, “são sempre jogos com um ambiente fantástico, que fazem bem à modalidade”, concluiu.

Além de transmitir o dérbi aveirense, a FPBtv também transmite os outros jogos dos quartos de final dos playoffs do campeonato, realçando que o jogo 2 entre CD Póvoa Esc Online e SL Benfica, tem transmissão em simultâneo na RTP2.


Neemias Queta: “Contrato? É uma questão de tempo”

A Federação Portuguesa de Basquetebol esteve em Sacramento e passou uns dias com Neemias Queta, internacional luso que atua nos Sacramento Kings. Falámos dos dois anos entre a NBA e a G League, da evolução dentro de campo, momentos felizes e frustrações, Ticha Penicheiro e Rúben Prey, a ambição de levar a Seleção Nacional sénior a um Europeu e muito mais.

Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB): Quais são as grandes diferenças entre o Neemias entusiasmado e feliz, segundos depois de ouvires o teu nome no draft de 2021, e o Neemias de hoje?
Neemias Queta (NQ): Estava muito emocionado na altura. Sou um Neemias diferente dentro de campo, mas fora de campo consigo manter a mesma essência e os mesmos fundamentos com que cresci.

FPB: No início desta época disseste que, este ano, querias ser dominante não apenas na defesa, mas também no ataque. Sentiste que dominaste nos dois lados do campo, na G League?
NQ: Acho que sou um jogador capaz de atrair tanta atenção, criar desequilíbrios para o meu lançamento ou para criar para os outros. Esse é um dos meus focos agora: ser capaz de atrair um 2×1 no meio campo ofensivo é algo que traz imensa pressão para a defesa da equipa contrária.

FPB: Atraindo tanta atenção, o que é que consegues ver melhor dentro de campo, após dois anos a este nível?
NQ: Percebo o que é que as outras equipas me estão a dar. Na maior parte das vezes, vão tentar tirar o meu ataque ao pintado e querem que fique no ‘midrange’, mas percebo melhor agora quando devo fazer o passe extra para o canto ou o passe picado dentro do pintado.

FPB: Outra das áreas em que te foi pedido mais, este ano, é a liderança. Apesar de seres uma pessoa reservada, és um líder vocal dentro de campo?
NQ: Sendo um jogador interior, vejo o que se passa dentro de campo e sou uma espécie de ‘quarterback’ defensivo, em que comando os meus colegas. Não é natural para mim, mas tenho feito grandes progressos nesse aspecto. Não era uma lacuna, mas tenho vindo a melhorar.

FPB: Estás a terminar a tua segunda temporada, que é também o segundo e último ano com contrato ‘two-way’. Estás confiante que em outubro vais ter um contrato standard com uma equipa da NBA?
NQ: É uma questão de tempo até isso chegar. Estou focado em fazer o meu trabalho aqui, mas estou certo que vai chegar essa altura.

FPB: Nota-se que tens estado cada vez mais agressivo. O Bobby Jackson diz que tu escolhes quando ser ou não ser dominante e agressivo, e que gostavas que fosse mais mauzinho. Como sentiste essa provocação do teu treinador?
NQ: Faz parte. É o papel dele puxar por mim. É injusto dizer que eu escolho quando quero ser agressivo, mas sinto que faço o meu papel e que domino quando é necessário. Às vezes tenho que ser agressivo, outras vezes tenho que fazer jogadas para os outros, e acho que eles querem que eu procure mais o meu lançamento. É algo que tenho que melhorar e saber forçar de vez em quando não faz mal a ninguém.

FPB: Aqui na G League, partilhas o campo com jogadores que ainda não se fixaram ou que perderam o lugar na NBA, e que querem lá entrar. É uma liga em que os ‘ballhandlers’ passam pouco a bola, porque naturalmente todos se querem mostrar. Ficas frustrado naqueles jogos em que andas a fazer piscinas e só consegues lançar meia dúzia de vezes?
NQ: Não. Para a equipa, é bom saber que existe um jogador importante, que consegue criar o seu lançamento e eu consigo fazer isso. No 4.º período, quando é para ganhar, temos que procurar o ‘mismatch’ e fazer a jogada certa, seja para mim ou para os outros.

FPB: Qual foi o momento desta última época que mais te deixou feliz: os 38 pontos e 18 ressaltos contra o James Wiseman, na G League, ou os dez minutos contra os Lakers, na NBA?
NQ: Foi o jogo contra os Lakers. Fez-me sentir que pertencia ali e deu para mostrar ao mundo que posso jogar naquele nível.

FPB: A certa altura, numa troca defensiva, ficaste a defender o LeBron James…
NQ: LeBron é um jogador incrível, um dos melhores de sempre, e foi muito bom para mim ter esse tipo de oportunidade e acho que fiz um bom trabalho.

FPB: E como reagiste quando o treinador Mike Brown disse que tinhas conquistado um lugar na rotação e só te utilizou mais uma vez na equipa principal? Sentiste alguma frustração?
NQ: Faz parte para nós, jovens jogadores, aprender a lidar com esse tipo de momentos. Estamos tão habituados a jogar tanto desde miúdos e temos sempre a bola nas nossas mãos, que quando chega um momento desses temos que aprender a lidar pela primeira vez. É algo novo para a maior parte dos jogadores. Sempre soube lidar com esse tipo de situações e só me vai ajudar para o futuro. Há sempre algo no dia seguinte que tens que estar pronto para lidar.

FPB: Essa força mental é um ‘skill’ que sempre tiveste?
NQ: Não é natural, porque isto é um mundo totalmente diferente do que aquilo a que estava habituado. Fui apresentado a algo completamente novo e é muito difícil estar focado no momento, a 100%, mas tenho sabido manter os pés bem assentes na terra e tenho que pensar no que está à minha frente.

FPB: O que é que foi mais difícil neste segundo ano de NBA?
NQ: Saber que tenho um voo, à última da hora, para ir à equipa principal ou para voltar para a equipa da G League, ter que ajustar ao plano de jogo em momentos diferentes, mas tudo isso faz parte do meu crescimento. Tenho sido colocado perante situações mais difíceis do que no ano passado e tenho que saber lidar com elas.

FPB: Com que frequência o Mike Brown e os restantes elementos da equipa técnica falam contigo?
NQ: Cada vez que temos treinos ou jogos, comunicam connosco o que querem fazer, o que vêem do nosso progresso, o que acham que podemos fazer melhor. Eles têm provas de tudo o que eu tenho feito e estamos sempre em contacto nesse aspecto. O Doug Christie [adjunto] acolheu-me de braços abertos, sempre acreditou em mim e dá-me motivação para continuar a trabalhar. Está sempre na minha orelha, a puxar por mim, porque sabe o potencial que tenho. E falo português com o Leandrinho [Barbosa], de vez em quando. Dá para desenferrujar, porque só falo português quando ligo para casa. É bom ter uma conexão e falar em português. Falta ir lá a casa dele comer uma boa feijoada à brasileira.

FPB: Foste All-Star este ano. Não com o voto do público, mas por escolha dos responsáveis da G League, o que é uma prova de reconhecimento. Como foi essa experiência?
NQ: Foi como voltar a uma segunda casa. Estive com colegas e treinadores com quem estive no ‘college’. Estar no fim de semana onde estão todos os olhos da NBA foi muito bom para mim e meteu-me no mapa. É mais um ponto extra para quem ainda tinha dúvidas. É mais para fora do que para mim. Eu tenho a certeza que mereci estar lá.

FPB: E é bom para o currículo, tal como ter sido o segundo mais votado para MVP da G League.
NQ: Claro que sim. É sempre bom esse tipo de conquistas. Dá-te outro tipo de visibilidade e estatuto.

FPB: Foi no All-Star que conheceste a Ticha Penicheiro. As pessoas falam-te da Ticha, aqui em Sacramento? Abordam-te muito na rua?
NQ: Já a queria conhecer há imenso tempo, não só pela forma como jogava, mas também pela forma como meteu Portugal no mapa nos EUA e em Sacramento. Ainda encontro muita gente com camisola das Monarchs, da Ticha. E quando reparam que sou português, falam da Ticha.

FPB: E tens recebido a visita de muitos portugueses nos pavilhões?
NQ: Há sempre um ou outro português escondido nas bancadas, sobretudo nos jogos fora, e eu, sempre que posso, vou tirar uma foto ou assinar qualquer coisa. Mostram carinho e é bom ter esse tipo de apoio, que me dá mais vontade de trabalhar.

FPB: Também conheceste o Rúben Prey, que se diz que pode ser o próximo português na NBA. Já viste jogos do Rúben? O que vês nele? Ele fez-te perguntas sobre o dia-a-dia na NBA?
NQ: Já o acompanho desde Sub16 e sempre foi um jogador impactante nos dois lados do campo. Faz os intangíveis todos, é rápido, mexe-se bem para a sua altura, a envergadura é enorme e tem ’touch’ no pintado. Consegue trocar no perímetro e a capacidade de lançamento está a crescer com o tempo, e tem potencial para jogar aqui a este nível. Ele já tem uma ideia boa do que é a NBA, percebe muito do que se passa neste mundo.

FPB: E os teus colegas da Seleção Nacional perguntam-te muitas coisas sobre a NBA? Como foi jogar por Portugal, sobretudo naquele pavilhão de Odivelas completamente cheio?
NQ: Costumo falar com o Rafa [Lisboa], o Diogo [Brito], o [Gonçalo] Delgado. Sempre tivemos aquela conexão desde meninos. Joguei com eles e temos uma ligação muito boa. Jogar pela seleção nacional foi muito bom para mim. Era algo que eu sempre quis fazer desde pequenino, especialmente em Portugal. Foi um ano depois de ter sido draftado e não podia ter sido melhor para mim. Poder voltar a casa e ter esse tipo de apoio foi muito gratificante.

FPB: Na Seleção Nacional és “o” líder? Sentes que olham para ti como o porta-estandarte da esperança de chegar a uma fase final de uma grande prova de seleções?
NQ: Consigo trazer outra dinâmica ao jogo da seleção, versatilidade, e ser uma peça que traz energia para a equipa. Portugal num Europeu era algo muito bom, já que não vamos desde 2011. Foi no meu primeiro ano no basquetebol. Sinto que temos capacidades para voltar a esse nível e colocar Portugal no mapa.

FPB: Como é ver jogos da SN à distância, quando estás aqui em Sacramento?
NQ: Não é fácil ver os jogos. Eu quero estar lá e ajudar a seleção, mas tenho que aprender a lidar com isto.

FPB: Vês jogos da Liga Betclic? O que é que procuras quando vês esses jogos, agora que tens outra perspectiva?
NQ: Vejo a liga portuguesa e gosto. Sou um amante do jogo e gosto de ver basquetebol. É difícil, nesta altura, não olhar para o jogo de maneira analítica. Gosto do basket europeu, é mais táctico, cada posse de bola importa mais e é bonito.

FPB: Tens feito muitas videochamadas para o Vale da Amoreira?
NQ: Ainda faço chamadas para o Vale da Amoreira, mas é cada vez mais difícil. A minha mãe está a trabalhar quando eu acordo e depois dos treinos é complicado. É difícil encontrar a hora certa. Beijinhos, mãe. Como se eu não te mandasse suficientes…

FPB: Tem-se notado um maior cuidado com a tua roupa. A moda é uma área de interesse? De 0 a 10, que notas dás ao teu ‘drip’?
NQ: Eu não vou dizer que sou um super ‘dripista’, mas 9 em 10. [risos] A fasquia está lá em cima. Onde quero.

FPB: Continuas a beber café antes dos jogos?
NQ: Claro! Costumo ir ao Starbucks em Sacramento. É mesmo ao lado do pavilhão. Gosto de variar… Americano, expresso, white chocolate moka quando me sinto com o dente doce, mas misturo.

FPB: Amizades na NBA ficam, mas a liga é conhecida pela constante mudança dos jogadores. Viste, nestes dois anos, vários colegas serem trocados ou dispensados. Tens algum receio que isso possa acontecer contigo: uma troca?
NQ: É um bocado ingénuo achar que nunca vai acontecer. Ninguém tem lugar garantido e um dia isso pode acontecer, e estou preparado para isso.

FPB: O Keon Ellis [colega de equipa] disse que o Rico Hines [antigo adjunto dos Kings] te chamava “The Process Jr.”, numa referência ao Joel Embiid. Não tens dúvidas que o teu tempo também vai chegar?
NQ: Faz parte saber esperar pela altura em que podes brilhar dentro de campo. Estou só à espera que chegue a minha altura. Estou preparado, tenho feito tudo o que me pedem e estou no caminho certo. Vai correr tudo bem quando tiver a minha oportunidade.

FPB: Queres deixar uma mensagem aos portugueses que estão a torcer por ti, do lado de lá do oceano?
NQ: Obrigado a todos! Sei que estão sempre a apoiar-me, a ver os meus jogos e espero que continuem porque temos muitas mais conquistas pela frente.

Foto: Getty Images


Playoffs da Liga Betclic Masculina dominam grelha da FPBtv

Fim de semana de decisões no basquetebol nacional, com várias transmissões na FPBtv, bem como na RTP2.

Sábado e domingo não será exceção, com a FPBtv, cujo acesso é gratuito, a transmitir a continuação dos playoffs da Liga Betclic Masculina, a final da Proliga e ainda o primeiro jogo da final do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Feminina.

O CD Póvoa Esc Online vs. SL Benfica vai ser também emitido na RTP2. Fiquem com os jogos que têm de marcar na agenda!

Transmissões na FPBtv:

13/05, 15h00 | Liga Betclic Masculina – Quartos de final Playoffs (Jogo 2) | CD Póvoa ESC Online – SL Benfica
13/05, 16h00 | Liga Betclic Masculina – Quartos de final Playoffs (Jogo 2) | Ovarense GAVEX – UD Oliveirense
13/05, 17h00 | Proliga – Final (Jogo 2) | AD Galomar Prediclub – Portimonense Portipesca
13/05, 21h00 | 1.ª Divisão Feminina – Final (Jogo 1) | AD Sanjoanense/48ePICO – Basquete Barcelos
14/05, 16h00 | Liga Betclic Masculina – Quartos de final Playoffs (Jogo 2) | Lusitânia Expert – Sporting CP
14/05, 17h30 | Liga Betclic Masculina – Quartos de final Playoffs (Jogo 2) | Vitória SC – FC Porto

Transmissão na RTP2:

13/05, 15h00 | Liga Betclic Masculina | CD Póvoa Esc Online – SL Benfica


“Queremos continuar a dar visibilidade aos protagonistas do basquetebol nacional”

Os Liga Betclic Awards marcaram mais uma temporada de parceria entre a Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) e a Betclic. Foi no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, que mais de 500 pessoas se uniram para homenagear algumas das grandes figuras do basquetebol nacional atual.

Manuel Fernandes, presidente da FPB, e Pureza Vasconcelos e Sousa, Country Manager da Betclic, consideraram o evento um sucesso e um importante momento de celebração do melhor que o basquetebol nacional tem para oferecer. O líder federativo afirmou tratar-se de um um “importante momento de promoção da modalidade”, enquanto Pureza Sousa deixou uma mensagem: “Queremos continuar a dar visibilidade aos protagonistas do basquetebol nacional”.

Os premiados também aproveitaram a oportunidade para deixar algumas palavras sobre a sua época e o reconhecimento que receberam. Na Liga Betclic Feminina, Joana Soeiro, Márcia da Costa Robalo, Inês Neto, Daniela Domingues, André Janicas, Raphaella Monteiro e Joana Pessoa não esconderam o contentamento.

O mesmo aconteceu na Liga Betclic Masculina, com Cléusio Castro, José Barbosa, Fernando Sá, Marquise Moore e Sérgio Silva também mostraram a sua alegria ao receber os troféus das respetivas categorias.

Tal como na edição passada, este ano os Liga Betclic Awards também homenagearam algumas figuras que marcaram a história do basquetebol português. Mery Andrade, antiga internacional portuguesa que brilhou nos Estados Unidos e pela Europa, recebeu o “Prémio Carreira” e não escondeu a emoção.

O “Prémio Excelência” foi para Hermínio Barreto, figura incontornável da modalidade que faleceu em dezembro, enquanto o “Prémio Homenagem” pertence a Henrique Vieira, outra personalidade de referência do basquetebol português que faleceu em julho. Os familiares de ambos marcaram presença na gala e foram aplaudidos de pé por todos os presentes.


“Foi uma honra ser escolhido para desenhar este campo”

Este domingo assinala um momento histórico para o universo 3×3 BasketArt com a inauguração do primeiro campo sob a égide da Associação de Basquetebol de Santa Maria, em Vila do Porto, o segundo no arquipélago dos Açores.

A inauguração deste novo espaço, situado na Estrada da Birmânia (Coordenadas GPS: 36°57’27.35”N 25°09’03.91”W – aqui), decorre no domingo, dia 14, a partir das 15 horas. Na antecâmara da inauguração, a FPB falou com João Pimentel, o artista que criou o conceito presente no campo 3×3 BasketArt de Vila do Porto.

Qual é a sensação ao ficar associado ao primeiro campo de 3×3 BasketArt, de sempre, na Ilha de Santa Maria?

Foi uma honra ser escolhido para apresentar uma solução em desenho. Tendo sido desportista em várias modalidades na Ilha, gostei da ideia de ajudar outra modalidade a crescer aqui.

Como surgiu este desafio? Como descreve o processo de criação? Quais foram os maiores desafios?

A oportunidade surgiu de uma conversa com um dos responsáveis pela modalidade na Ilha. O maior desafio foi conseguir agregar um pouco de tudo aquilo que nos representa num desenho.

Em que ideias se inspirou?

O “vermelho saibre” do fundo representa a terra vermelha da Ilha; a torre de controle aéreo, imponente logo na chegada à Ilha, pretende homenagear a história que o aeroporto e Santa Maria têm na aviação portuguesa e mundial desde a II Guerra Mundial, e ainda hoje em dia com o Centro de Controle Oceânico do Atlântico; as chaminés típica da Ilha, idênticas às do Algarve, pretende homenagear os primeiros povoadores de Santa Maria, já que alguns dos primeiros povoadores são de lá originários; finalmente, a grande Antena “Parabólica”, que está atualmente na Ilha e que pertence ao projeto europeu “Galileu”, pretende representar a esperança que o povo mariense tem na política para a exploração do espaço que Portugal agora tem e que terá como uma das bases Santa Maria.

Para que fiquemos a conhecer melhor o seu trabalho enquanto artista, pode falar-nos um pouco da sua atividade?

Faço um pouco de desenho, pintura, decoração de interiores, peças em ferro com material reciclado, pequenos móveis e acessórios, etc., etc. Tenho uma banda de rock, gosto de motas, viajar… enfim, tento estar sempre entretido com algum projeto para ajudar a passar o tempo na Ilha, cujo inverno, principalmente, pode ser entediante.

Recordamos que o 3×3 BasketArt é um projeto que faz parte do programa nacional de promoção do basquetebol que tem como objetivo trazer a modalidade para a rua e que consiste em desafiar todos os municípios do país a constituírem-se como parceiros da Federação Portuguesa de Basquetebol na promoção de hábitos saudáveis de vida dos seus habitantes através da prática informal do basquetebol.


Sardoal perto de acolher campo 3×3 BasketArt

É já este sábado, a partir das 15 horas, que a Associação de Basquetebol de Santarém inaugura o seu segundo campo 3×3 BasketArt, desta feita no Sardoal.

Numa organização conjunta entre a Federação Portuguesa de BasquetebolAB Santarém e Câmara Municipal de Sardoal, com o apoio da Junta de Freguesia de Sardoal e da Associação de Jovens Sardoalenses, este será o 34.ª campo 3×3 BasketArt do país.

Para saber mais sobre a importância que este espaço, localizado na Rua Rainha Santa Isabel – Tapada do Milheiriço (Coordenadas GPS: 39°32’12.6″N 8°09’46.9″W – aqui), terá para a localidade e a sua população, a FPB falou com Adriano Martins, presidente da Associação de Jovens do Sardoal.

Como surgiu esta hipótese de um campo 3×3 BasketArt no Sardoal?

Já era algo muito desejado no Sardoal, até mesmo porque no ringue onde surgiu este campo de 3×3, antigamente, havia duas tabelas de basquetebol, que com o uso se foram degradando. Tirando isso nunca houve, até agora, tabelas ou campos ao ar livre para podermos jogar, até mesmo porque este tipo de basquetebol, para treinar, pode ser feito individualmente, o que é uma mais-valia para os nossos jovens que, sozinhos, acabavam por não usar o ringue. A ideia do primeiro campo 3×3 surgiu em conversa com Pedro Rosa, elemento da Câmara Municipal do Sardoal, e assim juntou-se o útil ao agradável. Podemos oferecer aos nossos jovens condições para usufruir de outras modalidades desportivas.

Qual é a importância deste momento para a vila?

A meu ver é bastante importante, é um marco bom para o Sardoal e para a sua oferta desportiva (temos também a decorrer, no próximo domingo, a inauguração do Centro de Cycling do Sardoal). É mais um momento de união para os nossos jovens e mais um espaço onde podem desenvolver as suas capacidades desportivas.

Quais foram os maiores desafios na pintura do campo? Como decorreu o processo?

Na pintura, os maiores desafios foram alguns elementos da parte central do desenho que exigiram um pouco mais de técnica. Felizmente foram superados, dado o facto de sermos uma equipa dinâmica e orientada para a resolução de problemas.

Como foi a adesão ao concurso lançado por vós? Qual a foi a ideia que acabou por ganhar o concurso?

A adesão foi um bocadinho inferior ao expectável, tendo em conta o facto de haver um prémio bastante atrativo. A ideia que acabou por ganhar o concurso foi a do Martim Lopes e o concurso teve como júri um representante da AJS (Associação de Jovens do Sardoal), que fui eu, Pedro Rosa (autarquia do Sardoal) e Miguel Alves (presidente da Junta de Freguesia do Sardoal). A ideia do Martim foi a vencedora, tendo em conta a facilidade na execução, o apelo da mesma ao Sardoal e o facto de se integrar melhor no campo.

Podes falar-nos um pouco sobre a Associação à qual preside? Ainda para mais tratando-se de uma zona do interior do país, este grupo de jovens assume um papel ainda mais importante?

É sempre difícil de responder a esta pergunta. Eu já faço parte da Estímulo – Associação de Jovens do Sardoal desde 2015 (oficialmente), e desde essa altura que faço parte da direção da mesma, havendo apenas um mandato em que fui vice-presidente. Não tão oficial, sinto que sempre fiz parte da AJS, e é este o sentimento que tento incutir aos jovens aqui no Sardoal. A AJS sempre foi um conjunto de amigos e o estatuto associativo era um meio para podermos realizar alguns sonhos ou ideias que tínhamos, bem mais fácil do que por nome próprio e também para proporcionar ao Sardoal e aos seus habitantes boas experiências, desde workshops (fotografia, auto-defesa, etc), encontros de bulldogs franceses, “Festival Estímulo”, que conta com mais uma edição este ano, festejos da Páscoa, noites temáticas, algumas atividades de cariz solidário, etc. Em relação ao fator interior, eu acredito muito neste amor que sinto pelo Sardoal e gosto imenso da minha terra, portanto para mim este desafio foi sempre irrecusável, tanto que tenho um papel bastante ativo não só na AJS, mas como noutra Associação do Sardoal (Filarmónica União Sardoalense), na Assembleia Municipal, da qual sou deputado pelo PSD, e também no Grupo Desportivo e Recreativo “Os Lagartos”, clube onde joguei futebol durante muitos anos. Isto tudo leva aos dias de hoje e a esta relação com a AJS e com os nossos jovens. É minha missão tentar que eles voltem sempre a casa e que tenham motivos para voltar. Sinto que temos um papel importante porque criamos espírito de entreajuda nos nossos jovens, damos sentido de responsabilidade pelas atividades que desenvolvemos e lutamos sempre para que possamos voltar ao nosso Sardoal e nos sintamos bem.

A FPB também esteve à conversa com Martim Lopes, o jovem que criou o design do campo e que venceu um concurso lançado pela Associação de Jovens Sardoalenses.

“A sensação é boa e gostei muito pois adoro basquetebol. Inspirei-me no símbolo do Sardoal – o lagarto – e vendo emblemas de clubes de basquetebol famosos. Ao longo do tempo fui desenhando cada vez mais até chegar ao conceito final, também com as ideias que a minha família me deu”, explicou o artista.


Liga Betclic Awards considerados um sucesso

A segunda edição dos Liga Betclic Award terminou em clima de festa com a celebração das principais figuras da Liga Betclic Feminina e Masculina, mas também de algumas das maiores personalidades do basquetebol português.

Foram vários os atuais e antigos atletas, treinadores e dirigentes que marcaram presença no Pavilhão Carlos Lopes e deixaram a sua opinião. Laura Ferreira e Inês Viana, da seleção nacional de seniores femininos, bem como Inês Ramos e Miguel Monteiro, das seleções jovens portuguesas, e Britta Daub, atleta campeã nacional pelo GDESSA Barreiro, destacaram a importância deste momento para o convívio entre jogadores.

Ticha Penicheiro, Carlos Andrade, Elvis Évora, Francisco Jordão e Joana Fogaça, antigos internacionais portugueses que representaram o país ao mais alto nível, bem como Mário Palma, treinador emblemático do basquetebol nacional, não esconderam a alegria neste dia de celebração da modalidade.

Também estiveram presentes várias figuras federativas na passadeira vermelha dos Liga Betclic Awards. Mário Gomes, selecionador nacional de seniores masculinos, Helena Aires, vice-presidente da FPB, Gil Cruz, diretor de competições da FPB, e Nuno Manaia, diretor técnico nacional, destacaram o impacto humano de um evento destes, mas também a visibilidade que dá ao basquetebol.


“Queria estar a um bom nível e penso que correspondi”

Terminada a sua primeira temporada na Islândia, Simone Costa falou à FPB sobre a sua experiência em território islandês, ela que na sua carreira já conta com passagens pelos Estados Unidos (Georgia Bulldog e Independence Pirates) e Inglaterra (Nottingham Wildcats).

Simone jogou na última temporada no Valur, na Islândia, depois de uma época no Sportiva com quem chegou à final da Liga Betclic Feminina (2021/2022). A internacional lusa fez um balanço do seu ano, ela que celebrou a conquista do campeonato nacional, algo que já procurava há bastante: “Foi uma época bastante positiva para mim. Conseguimos ganhar o campeonato nacional, o que para mim era uma meta desde 2019.  Em termos individuais, tive um novo papel nesta equipa, diferente do ano passado. Foi uma boa experiência”, atenta.

“Este campeonato foi uma surpresa. É uma liga muito física e evolui nesse aspeto. Queria estar a um bom nível e penso que correspondi”, afirma a atleta lusa, que confessa que a adaptação não foi muito simples: “Confesso que viver na Islândia não é mesma coisa que viver em qualquer outra parte do mundo, em grande parte devido ao seu clima e geografia. Nos meses de frio foi difícil. Mas consegui fazer essa adaptação”, acrescenta.

Chamada novamente para os trabalhos da seleção nacional de seniores femininos, Simone explica estar “feliz” com a sua época e admite: “Em termos coletivos não podia pedir mais”.


Gustavo Costa despede-se da arbitragem internacional

A fase final da Euroliga 2, disputada em Badajoz, de 28 a 30 de abril, serviu de pano de fundo para a última presença de Gustavo Costa na arbitragem internacional. Com um vasto currículo, rico em finais internas e fora de portas, um dos mais consagrados árbitros nacionais de BCR decidiu pôr termo à etapa como juiz IWBF. No seu trajeto, ressaltam nomeações para mais de uma dúzia de Final-8 de provas internacionais de clubes, entre as quais a Champions League, maior montra europeia, a final da Challenge Cup (agora Euroliga 3), em 2013, que coroou Hugo Lourenço (4.0) e Marco Gonçalves (1.5), a final da Taça Willi Brinkmann (corrente Euroliga 2, em 2016, e a final do Europeu C, de 2017.

Em entrevista à FPB, o experiente juiz dedica um olhar aprofundado aos momentos marcantes do seu percurso e analisa a evolução, bem como o estado atual da arbitragem nacional e internacional no BCR. Gustavo Costa lança ainda o repto aos mais jovens árbitros e assinala os benefícios de apitar esta desafiante vertente do jogo para promover os índices de concentração, aludindo à transferência positiva de conhecimentos para melhor arbitrar o basquetebol convencional.

 

1 – Que balanço de uma tão longa carreira internacional no BCR? 

Esta é uma questão de difícil resposta, mas posso dizer que estou satisfeito considerando a realidade do BCR português ao longo dos últimos 20/25 anos. A nível europeu, consegui arbitrar praticamente todo o tipo de eventos e fiz 3 finais, 2 de clubes e 1 de seleções, mas penso que para ser perfeito faltou uma nomeação para um ponto alto mundial. A minha carreira ficou um pouco marcada por alguma impreparação inicial, talvez condicionada pelo nível do jogo e da arbitragem do BCR Português no final da década de 90 e no início da década seguinte. Penso que demorei algum tempo a dar um salto técnico que me preparou para outro BCR e, a partir daí, isso refletiu-se na qualidade do desempenho e consequentemente nas nomeações recebidas.

No final da década de 90, existia em Portugal um árbitro internacional IWBF (Nuno Carocha), que teve algum reconhecimento internacional, mas que já estava numa fase em que apresentava imensas dificuldades em compatibilizar a arbitragem com a sua atividade profissional, o que levou ao seu abandono pouco depois, por isso acabamos por fazer poucos jogos de BCR juntos. Tenho a certeza de que isso teria sido muito importante para a minha evolução. Assim, nos primeiros anos acabei por ser em larga medida um autodidata, isto numa época em que os recursos eram escassos, arranjar uma VHS com jogos de BCR internacionais era um verdadeiro tesouro.

Tenho 100% de certeza que os dois novos árbitros internacionais de BCR (Custódio Coelho e Jorge Marques) estão muito mais bem preparados do que eu estava em 2002.

2 – Como avalias a tua última presença numa prova europeia, em Badajoz, Euroliga?

Correu de forma regular, fui um dos árbitros que fez 5 jogos (apenas 6 dos 12 árbitros foram nomeados no último dia) e fui nomeado para o jogo de abertura e para o jogo do 3º/4º lugar (curiosamente entre as mesmas equipas, Mideba x Hyères). Confesso que andei com o coração um bocadinho apertado ao longo desses dias, com um misto de alegria e de tristeza; isso refletiu-se um pouco nos jogos.

3 – Qual seria o teu top 3 de grandes momentos na arbitragem internacional de BCR? 

Embora não seja fácil decidir entre as nomeações para várias finais 8 da Champions Cup (em especial, a nomeação de 2022, depois de 4 anos – 2018 a 2022 – afastado e 3 cirurgias) e as 3 finais que tive oportunidade de arbitrar, acho que, pela componente emocional, os grandes momentos foram as finais da Eurocup 3 em 2013, da Eurocup 2 em 2016 e do Europeu C de seleções masculinas em 2017.

4 – O jogo mais difícil da tua vida? 

Sem dúvida que foi um Gran Canaria x Sassari (Final 8 – Eurocup 2 – 2008 – Paris). Em muitos anos de arbitragem, foi o jogo em que estive mais perto estive de perder totalmente o meu próprio controlo emocional e que depois marcou-me até ao final da prova.

Numa outra dimensão, recordo um Sérvia x Croácia (no Europeu de Lisboa em 2005), em que fui nomeado como árbitro principal, no primeiro jogo entre estas seleções, após os conflitos ocorridos nos Balcãs. Embora com um ambiente gélido entre os jogadores, decorreu sem problemas e com um controlo total por parte da equipa de arbitragem.

5 – Lembras-te do teu jogo de estreia? 

Já não consigo recordar-me do jogo em concreto, mas sei que a prova em que fiz o exame foi uma ronda preliminar da Eurocup 1, em Paris (março de 2002), e a primeira nomeação já como árbitro IWBF foi uma ronda preliminar da Eurocup 2, em Lisboa (março de 2003).

6 – Como evoluiu o BCR ao longo do teu percurso e que mudanças isso implicou na forma de arbitrar? 

Ao longo destas 21 épocas, foi evidente o aumento da dimensão física dos jogadores, muito provavelmente aliada ao crescimento/aumento do número de clubes/jogadores profissionais. O jogo tornou-se tremendamente mais intenso, mais físico, mais rápido. Outro fator que potenciou isso foi a evolução brutal do material, cadeiras quase “de rua”, muito pesadas e pouco ágeis para cadeiras em ligas leves como o titânio, feitas à medida, de forma a potenciar cada jogador. A evolução das regras oficiais também contribuiu e muito. Por exemplo, recordo que, durante algumas épocas, quando um jogador levantava as rodas grandes do solo era penalizado, quase sempre, com uma falta técnica, o que condicionava muito a forma de jogar, acabava por retrair os jogadores.

A forma de arbitrar, necessariamente, deve sempre acompanhar o nível da competição onde estamos e a capacidade técnica e física dos jogadores. Por exemplo, tenho plena consciência que o critério que os jogadores nos exigem na Champions Cup, o mais largo possível, não seria possível utilizar (ou aceite) na competição nacional.

7 – O que dirias a um jovem árbitro para o encorajar a seguir o BCR? 

Digo muitas vezes que para a maioria dos árbitros jovens é uma oportunidade única, por exemplo, é uma forma mais rápida de arbitrar jogos fora do seu distrito (e da sua zona de conforto), com colegas muito mais experientes e de fazer jogos com três árbitros. Por outro lado, também saliento que no BCR é exigido um nível muito elevado de concentração ao longo de todo o jogo, nem numa bola fora podemos “desligar um pouco”, porque é normal existir de imediato jogo sem bola, tentativas de ocupação de espaços, de bloqueios, de man out, etc, o que contribui para o aumento da nossa capacidade de concentração e da sua manutenção em níveis elevados ao longo do jogo. Outro bom exemplo que posso referir é que na última época vários juízes que fazem regularmente BCR foram promovidos a competições superiores no basquetebol “a pé”. Por fim, repito algo que digo há muitos anos, arbitrar BCR é um vício bom.

8 – Como avalias o momento atual da arbitragem portuguesa no BCR?

Nas últimas épocas demos um grande salto qualitativo, em especial após a integração do BCR na FPB. Isso permitiu alargar o número de juízes, baixar a média de idade e captar alguns jovens com elevado talento. A maioria do quadro trabalha de forma muito dedicada, intensa e regular, o que dá sempre frutos. A própria criação de um quadro de juízes, com ações de formação específicas, permitiu criar um espírito de grupo muito forte com evidentes reflexos na evolução dos seus membros. No entanto, que ninguém duvide que o caminho continua a ser longo e o trabalho diário não pode parar, tanto por parte dos juízes como da própria federação. É sempre possível trabalhar mais e melhor.

9 – Podemos esperar o Gustavo Costa a apitar mais alguns anos a nível interno?

Essa é uma questão à qual eu não consigo responder neste momento, só garanto que fico até ao final da presente época. Mais do que isso vai depender de uma decisão (anual) a tomar no final da época, tanto minha, como do conselho de arbitragem. A título pessoal, vou pesar diversas componentes e em especial avaliar a minha motivação, a última coisa que quero sentir é que estou a arrastar-me em campo. Quanto às diversas componentes, estou a referir-me a coisas como continuar a sentir-me útil, feliz e bem recebido neste quadro de juízes de BCR, mas também a outras, como sentir que o BCR continua a ser importante para a FPB em geral e para o conselho de arbitragem em especial. A manutenção da decisão de três árbitros por jogo será certamente um dos elementos que mais pode contribuir para que continue na próxima época.

10 – Por último, o que é o BCR internacional te trouxe que guardarás contigo?

Acima de tudo, deu-me mundo e uma nova família da qual tenho muito orgulho em pertencer.

 


APD Paredes e ACD Cotovia/UDI lutam pelo título na Divisão de Honra

Na Divisão de Honra, a APD Paredes, segunda classificada, enfrenta a ACD Cotovia/UDI, terceira na fase regular. Recorde-se que a APD Braga “B” obteve o primeiro posto, com um trajeto imaculado, sustentado por dez vitórias.

No jogo inaugural da final, os paredenses visitam a formação de Sesimbra, no sábado, 13 de maio, às 17h. Paulo Araújo, treinador-jogador do conjunto nortenho, salienta o estado de ânimo positivo nas suas hostes. “Os atletas estão bastante motivados e focados em trabalhar para resolver esta final em dois jogos apenas, apesar de sabermos que iremos ter algumas dificuldades”, analisou, sublinhando depois os pontos fortes do rival. “Teremos de anular o ataque organizado, com especial atenção nos dois postes (David Lima e Adriano Olegário) e estar sempre atentos às investidas de contra-ataque por parte do José Lima”.

Face a uma época atípica, de múltiplas contrariedades para a APD Paredes, Paulo Araújo considera satisfatório o percurso da equipa. “A nossa trajetória foi positiva nesta Divisão de Honra, na qual estiveram em evidência os nossos dois jogadores mais jovens, Simão Pimenta e Diogo Ferrás, e onde prevaleceu a experiência de alguns anos de três atletas (Paulo Araújo, António Ribeiro e Eduardo Bacalhau). Tivemos algumas dificuldades no início, sem treinador, e onde me vi obrigado a tomar as rédeas da situação. Orgulho-me de ter levado até ao fim esta função”, frisa.

Do lado da ACD Cotovia/UDI, David Lima, fundador da equipa, técnico e jogador, fala em “objetivo cumprido” relativamente à chegada à final, mas ambiciona mais. “Seria muito bom, numa primeira época, além da presença em duas fases finais, conquistar um título”, referiu, repartindo o favoritismo em igual dose a ambas as formações.

Sobre o rival da final, o maior traquejo reconhecido salta à vista no discurso de David Lima. “A APD Paredes é uma equipa muito experiente, com jogadores que já jogam há muito tempo juntos, que defrontámos três vezes esta época, perdendo duas e ganhando uma, em nossa casa. Temos a vantagem do fator casa neste arranque e uma claque que nos apoia e dá muita força. Mas a APD Paredes tem essa coesão como equipa”, identificou.

Relativamente à temporada de estreia nas competições nacionais, o timoneiro do coletivo sesimbrense confessa que as expetativas foram até ultrapassadas. “Tínhamos definido chegar à final na Divisão de Honra e na Taça de Portugal o mais longe possível. Na Taça, ficamos isentos na 1ª eliminatória e na 2ª eliminatória tivemos um sorteio favorável, com um adversário do nosso patamar, onde fizemos um jogo muito competente, conseguindo chegar à Final Four. Batemos todas as expetativas possível para uma primeira época”, considera.

Todos os encontros da final da Divisão de Honra encontram-se já calendarizados. O jogo um disputa-se, como referido, no sábado, 13 de maio, às 17h, no pavilhão de Sampaio, em Sesimbra. O campeão apura-se a norte, uma vez que o segundo encontro toma lugar a 20 de maio, às 18h45, no pavilhão Rota dos Móveis, o mesmo palco do hipotético terceiro encontro, no dia seguinte, 21 de maio, à mesma hora.

 

 

 

 


Fator casa faz-se sentir no início dos playoffs

O SL Benfica começou da melhor forma a sua caminhada nos playoffs da Liga Betclic Masculina ao receber e vencer o CD Póvoa ESC Online por 97-46. Num encontro que começou equilibrado, os “encarnados” começaram a distanciar-se no decorrer do primeiro quarto e foram construindo a sua vantagem ao longo da partida. O terceiro período foi chave para o resultado final, momento em que a equipa da casa conseguiu um parcial de 28-8 e fugiu com o resultado.

Terrell Carter II (15pts, 6res, 3ast, 4rb, 2dl), João “Betinho” Gomes (14pts, 2res, 2ast, 1rb), Toney Douglas (13pts, 2res, 2ast, 4rb) e Aaron Broussard (10pts, 3res, 2ast) comandaram as “águias”, enquanto Cameron Oluyitan (11pts, 2res, 1ast, 3rb) foi o mais esclarecido nos poveiros.

Já no Dragão Arena, o FC Porto recebeu e venceu o Vitória SC por 119-82 numa partida onde terminou com uma eficácia de lançamento de três pontos de 55%. Os dez minutos iniciais foram pautados pelo equilíbrio entre os dois conjuntos que seguiram para o segundo período separados por quatro pontos (29-25). A toada manteve-se até ao intervalo e durante o segundo tempo, com os comandados de Fernando Sá a distanciarem-se com parciais de 24-17, 31-25 e 35-25.

Miguel Queiroz (21pts, 7res, 4ast), Marvin Clark Jr. (19pts, 2res, 1ast, 3rb), Brian Conklin (15pts, 3res, 1ast) e Max Landis (15pts, 4res, 4ast, 1rb) brilharam pelos “dragões”, e Phlandrous Fleming Jr. (25pts, 7res, 7ast, 1rb, 4dl), Anthony Roberts (16pts, 2res, 8ast) e Zachary Simmons (13pts, 9res, 2ast, 1rb, 1dl) estiveram em grande plano nos vimaranenses.

Em Lisboa, o Sporting CP triunfou na receção ao Lusitânia Expert por 99-65 e começa da melhor maneira a eliminatória. O emblema lisboeta mostrou-se intenso na defesa (18 roubos de bola contra 7) e aproveitou da melhor forma os 21 turnovers cometidos pela formação visitante para se distanciar.

Apesar da batalha das tabelas, a formação de Alvalade controlou a zona pintada (38 pontos contra 22) e viu os atletas saídos do banco de suplentes dar um importante contributo com 46 pontos marcados, ao contrário dos seis apontados pelo Lusitânia.

Nos “leões” importa mencionar Marcus LoVett Jr. (29pts, 1res, 1ast, 2rb), Diogo Ventura (12pts, 2res, 8ast, 1rb), Travante Williams (12pts, 4res, 3ast, 4rb) e Eddy Polanco (11pts, 4res, 4ast, 2rb), enquanto no conjunto açoriano, Daniel Relvão (15pts, 10res, 1dl), Trey Moses (15pts, 5res, 1ast, 1rb) e Ryan Weber (14pts, 5res, 1ast) foram as figuras.

No último jogo do dia, a UD Oliveirense venceu a Ovarense GAVEX por 75-70 em jogo disputado no Pavilhão Dr. Salvador Machado. No jogo mais equilibrado da noite, a equipa da casa esteve quase sempre na dianteira, mas nunca conseguiu distanciar-se no marcador. Os dois emblemas lutaram até final pelo triunfo e a incerteza durou até aos instantes finais com seis trocas de liderança, mas no final foi o conjunto de Oliveira de Azeméis que triunfou e festejou um importante triunfo na caminhada dos playoffs.

Na equipa da casa, Darius Carter (15pts, 11res, 3ast, 1rb), Max Kouguere (14pts, 6res, 1ast), Malcolm Richardson (13pts, 2res, 5ast) e Henrique Barros (12pts, 3res, 1ast, 2dl) foram os melhores marcadores. Na Ovarense, Render Woods (17pts, 6res, 8ast, 1rb), Isaiah Johnson (13pts, 3res, 3ast, 4rb) e Jacoby Armstrong (12pts, 7res) mostraram pontaria afinada.


Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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Miguel Maria

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