“Poder requalificar estes espaços é incrível!”

O município de Cascais vai acolher, pela quarta vez, o projeto 3×3 BasketArt, agora com a inauguração de dois campos de homenagem a Mery Andrade, na próxima terça-feira, a partir das 17h30. Os recintos situam-se na Quinta do Barão, na Rua Manuel de Almeida e Vasconcelos (coordenadas 38°41’41.2″N 9°20’01.5″W).

À semelhança dos outros espaços do concelho de Cascais já inaugurados, este também foi requalificado pelo artista Oats (Gustavo São Pedro). Anteriormente tivemos homenagens a Kobe Bryant, Ticha Penicheiro e Neemias Queta.

Na antecâmara da inauguração o artista esteve à conversa com a FPB e explicou o que sente em ver mais dois campos inaugurados, bem como o impacto que espera que estes espaços tenham na população.

Qual é a sensação ao veres mais dois campos, requalificados por ti, a serem inaugurados?

A sensação é sempre muito boa, principalmente por culminar também no fechar de um projeto que tanto gosto me deu fazer, os cinco campos de 3×3 feitos nas quatro freguesias do concelho de Cascais. A vida que o espaço ganha e o uso que os jovens, e não só, lhe dão, é incrível de ver, principalmente quando podemos fazer parte desse processo.

Como surgiu este desafio? Que diferenças encontras para as tuas anteriores obras?

Este desafio em específico, da Quinta do Barão, surgiu no seguimento dos três campos que tínhamos feito para o mesmo projeto, onde só faltava a freguesia de Carcavelos/Parede. Foi o maior de todos até agora, o que também se mostrou desafiante, tendo desta vez tido ajuda de um grande artista e amigo, Carlos Stock, no processo de enchimento do fundo e partes mais difíceis de trabalhar sozinho.

Em que ideias te baseaste para estes dois campos?

No seguimento dos outros trabalhos deste projeto, o Município e a FPB acharam que faria sentido seguir a linha dos tributos a lendas e grandes nomes da modalidade. Apesar do primeiro ter sido uma homenagem a um jogador internacional, os outros quatro, inclusive estes dois, foram homenagens a jogadores/as do nosso país. Estes dois tiveram como figura a Mery Andrade, com quem tive oportunidade de trocar ideias e me ajudou muito no processo criativo com fotografias e dicas. Desde já, um muito obrigado!

Qual é a tua ligação ao basquetebol? Estamos a falar de quatro espaços magníficos e em sítios diferentes, com várias homenagens.

Nunca tive grande contacto com a modalidade na prática, mas sempre gostei de ver os jogos da NBA. Gosto do espírito associado ao desporto, principalmente na vertente de rua, onde existe também uma ligação não intencional, pelo menos para mim, à cultura urbana, graffiti, etc. O basquetebol tem nas suas raízes a rua, e poder requalificar espaços que deem possibilidade de praticar, mas com melhores condições e com um estilo único, é incrível!