Polónia supera Portugal que termina no 3.º posto do Grupo B de Pré-qualificação para o Torneio Olímpico
Equipa das Quinas foi batida pela Seleção anfitriã da Pré-qualificação do Torneio Olímpico por 65-78
Competições | FPB | Seleções
16 AGO 2023
Portugal não conseguiu superar a Polónia no jogo que poderia ter garantido a passagem às meias-finais da Pré-qualificação do Torneio Olímpico e termina a competição no terceiro posto do Grupo B.
A equipa das Quinas precisava da vitória por dez ou mais pontos para depender apenas de si, ou de um triunfo da Hungria sobre a Bósnia e Herzegovina, mas não conseguiu superar uma das Seleções anfitriãs da prova, a Polónia. Portugal não entrou bem em campo e logo nos dez minutos iniciais encaixou um parcial de 10-17. Além de estar em desvantagem no marcador, a formação lusa “perdeu” o base Diogo Ventura devido a lesão, infelicidade que encurtou as opções do Selecionador Mário Gomes. Apesar da desvantagem no marcador, a Seleção Nacional tentou sempre reverter a marcha do marcador, pese embora tenha sentido dificuldades, sobretudo nas finalizações próximas do cesto. Portugal foi também “castigado” com 24 pontos a partir de perdas de bola, bem como pela maior eficácia polaca no momento de lançar ao cesto. Mesmo tendo equilibrado a partida na segunda metade, os 11 pontos de desvantagem da primeira metade determinaram a derrota portuguesa (65-78) no encontro contra a 13.ª classificada do ranking FIBA. Diogo Gameiro (11pts, 1res, 1ast, 1rb), Miguel Queiroz (9pts, 5res), Gonçalo Delgado (8pts, 5res, 1rb), Rafael Lisboa (8pts, 3res, 5ast, 1rb) e Vlad Voytso (8pts, 8res, 1ast, 1rb) foram os jogadores com sinal mais na equipa das Quinas.
No final do jogo, Diogo Gameiro, o melhor marcador na Seleção Nacional, abordou a performance portuguesa: “Tivemos alguns momentos atípicos, algo que não se viu nos outros jogos. ‘Perdemos’ o Diogo (Ventura), uma infelicidade, que é sempre uma baixa importante na equipa. Não estando a fazer um jogo bem conseguido, não desistimos, nunca baixamos os braços e é isso que tem de ficar desta partida”, referiu. No que diz respeito ao trabalho desenvolvido pela Seleção Nacional, o base português mostrou-se orgulhoso da equipa, mas com o sentimento que a Seleção Nacional podia ter ido mais longe na competição: “O mês de trabalho foi bom, estivemos bem em Viana, na Jordânia tivemos muitos bons momentos. Fica o sentimento que podíamos ter feito mais, quer contra a Bósnia, quer neste jogo com a Polónia, apesar de terem sido jogos diferentes. Fico com a sensação que ainda conseguimos mais”, finalizou.
Já o selecionador, Mário Gomes, atribuiu a derrota em Gliwice à má entrada no jogo, mas acredita que o nível de jogo demonstrado deixa bons indicadores para o futuro da Seleção: “O início do jogo foi decisivo. Julgo saber porque que não conseguimos reagir durante a primeira parte, mas são coisas para falarmos internamente na equipa. A partir daí, contra uma equipa que é mais forte que nós, a jogar na casa deles torna-se tudo muito complicado. Lutámos e fomos atrás do prejuízo, mas não foi possível. O início marcou muito o que foram os 40 minutos deste jogo. Na antevisão referi que temos sempre quatro fatores estatísticos definidos para aos jogos e que cumprindo com três ficamos muito perto de vencer. Hoje cumprimos apenas um, portanto estivemos abaixo dos dois jogos anteriores. De qualquer das formas, jogamos ao nível mais elevado que alguma vez esta Seleção já jogou, durante dois jogos e meio. Vinte minutos abaixo do que precisávamos, mas no computo geral deixa-me satisfeito com a equipa e dá-nos garantias para o nosso objetivo número um: estar na fase final do EuroBasket 2025. Não é ‘fanfarronice’ da nossa parte almejarmos isso. Aquilo que fizemos aqui dá-nos garantias que temos capacidades para alcançar esse objetivo”, explicou.
O técnico português de 66 anos reafirmou ainda a honra que sente em orientar a Seleção Nacional, agradecendo a todo o grupo de trabalho pelo último mês em que a equipa das Quinas esteve concentrada: “Termino com um agradecimento a toda a gente que compõe esta equipa. Primeiro aos jogadores, à equipa técnica, aos fisioterapeutas e a todo o staff à volta desta Seleção. Para mim é uma honra treinar esta equipa. Em fevereiro voltámos a ver-nos”, concluiu.