Portugal de bronze no Mundial para Atletas com Síndrome de Down
José Costa Pereira, presidente da ANDDI, faz o rescaldo da competição realizada no Funchal
Atletas | Competições
3 OUT 2022
A cidade do Funchal, na Madeira, acolheu os Mundiais para Atletas com Síndrome de Down, entre 29 de setembro e esta segunda-feira, competição na qual Portugal conquistou a medalha de bronze na nossa modalidade. No judo, a outra modalidade da prova, o nosso país arrecadou o ouro por cinco vezes, uma medalha de prata e duas medalhas de bronze. De referir que a Itália foi a vencedora do torneio de basquetebol.
Em declarações à FPB, José Costa Pereira, presidente da ANDDI (Associação Nacional de Desporto para Desenvolvimento Intelectual), fez o rescaldo do evento: “Foi muito bom, foram os terceiros Mundiais com ambas as modalidades, o anterior realizou-se em Guimarães. A Itália venceu sempre estas competições. Quando começámos com esta variante do basquetebol ainda era 3×3, passámos para 4×4, mas talvez a partir de 2025 demos o salto para 5×5. Apesar da Turquia não ter estado presente, entraram quatro novas equipas, incluindo duas não europeias (Arábia Saudita e México), sendo que à última da hora os EUA acabaram por não participar. A nossa equipa começou algo ansiosa, sendo que metade da mesma é composta por atletas madeirenses e a outra por continentais, onde se incluem jogadores do FC Porto e uma menina, a Beatriz, de Setúbal. Há dificuldade em juntar toda a equipa por questões financeiras. Os madeirense treinavam na Madeira e os continentais em Coimbra. Fomos evoluindo ao longo da competição. Tínhamos conhecimento de que a Hungria, finalista vencida, era muito forte, mas curiosamente, quem deu mais luta à Itália fomos nós. Entrámos para o último quarto a perder por um ponto, chegámos a estar em vantagem, mas perdemos por quatro pontos. Deu para sonhar com a final. Trata-se de um basquetebol diferente, mas não deixa de ser basquetebol”, analisou.
Quanto aos principais desafios para o futuro, o dirigente afirmou o seguinte: “Queremos melhorar o rendimento, tentar arranjar meios para que possamos treinar com melhores condições e recrutar novos jogadores, o que não será fácil. A nossa realidade não é composta por clubes, vários destes jovens não têm uma retaguarda fácil. Na sua maioria, os jogadores estão institucionalizados. Os quatro primeiros lugares são ocupados por equipas europeias, agora apareceu o México, que tem muita margem de progressão. É preciso trabalhar bem. Com um pouco mais de sorte teríamos chegado à final neste Mundial, e numa final tudo pode acontecer”, finalizou.
Nota: Foto retirada do Facebook oficial da Anddi Portugal