Portugal conseguiu ser competitivo
Portugal não começou de forma positiva, derrota por 57-83 na Polónia, a fase de qualificação para o próximo Eurobasket.
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31 AGO 2016
Numa deslocação que se antevia muito complicada, a diferença pontual desvirtua por completo aquilo que a equipa nacional foi capaz de fazer durante os primeiros 25 minutos do encontro. Há que aprender com os erros, retirar as coisas positivas, e acima de tudo manter o positivismo e a ambição de querer fazer melhor no próximo jogo. E para que tal aconteça, Portugal tem um importante jogo, em Ovar, frente à Estónia, que nesta jornada inaugural bateu a equipa da Bielorrússia por dezanove pontos de diferença.
No inicio do jogo, Portugal sentiu alguns problemas para equilibrar a luta das tabelas, bem como nem sempre foi capaz de tomar bem conta da bola. À entrada do 2º período, a equipa portuguesa perdia por catorze pontos de diferença (14-23), mas um segundo quarto exemplar, nos dois lados do campo, permitia a Portugal chegar ao intervalo a perder por dois pontos apenas (33-35).
Os comandados de Mário Palma reduziam o poderio ofensivo dos polacos a uma fantástica marca no final do 1º tempo, e a meio do 3º período o jogo permanecia perfeitamente em aberto, ainda que com a Polónia no comando (44-39). A partir de então, a defesa portuguesa não conseguiu manter-se consistente, o sucesso atacante decaiu, e o resultado naturalmente foi se avolumando (58-46). Tendo se tornado ainda mais desnivelado durante os últimos 10 minutos (25-11).
Mérito da Polónia na forma como tornou o jogo mais físico, causando desgaste e cansaço a uma equipa portuguesa muito limitada no seu jogo interior, e ao mesmo tempo retirando eficácia aos atiradores portugueses. A diferença de percentagens de lançamento (70.3% vs 39.3% de 2pts e 45% vs 32.3% de 3pts), por si só, explicam o sucesso da Polónia neste encontro.
Os polacos dominaram na área pintada (42 vs 22 pontos), e embora tivessem ganho a batalha das tabelas (35 vs 27), muito mérito para a formação nacional que foi capaz de conquistar 13 ressaltos ofensivos. Portugal conseguiu ir mais vezes para a linha de lance-livre (11 vs 8), mas também aí o aproveitamento não foi o melhor (45.5%).
Destaque para o duplo-duplo (18 pontos e 10 ressaltos) registado por João Betinho Gomes, e para os 14 pontos conseguidos por José Silva.