Portugal merecia um final diferente

Logicamente que é o resultado que fica para a história, e a verdade é que Portugal continua à procura da primeira vitória na fase de apuramento para o Eurobasket 2015.

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18 AGO 2014

Mas da derrota, após prolongamento (90-91), frente à Geórgia, podem-se tirar várias conclusões, a primeira das quais, há muito identificada e constatada pelos responsáveis da Seleção Nacional. Assim Portugal consiga ter boas percentagens de lançamento, conseguirá competir com adversários mais fortes. Subitamente, a equipa passou a ter soluções confortáveis de tiro, as movimentações ofensivas já permitiram que os nossos jogadores se conseguissem libertar, e o ataque já passou a ter fluidez e continuidades ofensivas. A equipa técnica e o grupo de trabalho demonstrou uma enorme crença no trabalho que tem vindo a realizar e pena foi, embora também faça parte do processo de aprendizagem e amadurecimento de um grupo jovem, que não tenha sido capaz de gerir os 23 pontos de vantagem que chegou a ter já na segunda parte.

Portugal começou muito bem, pouco intimidada ou complexada por estar a defrontar uma equipa mais forte, formada por jogadores com vastos currículos nas mais prestigiadas competições mundiais. A excelência do tiro exterior impulsionou Portugal para uma 1ª parte fantástica, ao ponto de vulgarizar uma seleção com a qualidade deste adversário. Ao intervalo, Portugal vencia por 45-26, e chegou mesmo a estar a vencer por 23 pontos de diferença (45-22) já no decorrer da etapa complementar.

 

Mas no segundo tempo, com Portugal condicionado nas soluções interiores, situação bem aproveitada pela equipa georgiana, que explorou com mestria o seu poste nas áreas mais próximas do cesto (23 dos seus 25 pontos), o resultado foi cada vez ficando mais fechado, com a equipa nacional a sentir a pressão do aproximar do resultado.

 

O facto de em 12 minutos Portugal só ter conseguido 2 pontos, e a Geórgia ter beneficiado de 53 lances-livres neste jogo, contribuiu decisivamente para que os comandados de Mário Palma não tivessem sido capazes de gerir a vantagem conquistada nos primeiros 20 minutos.

 

Sem entrar em discursos de vitórias morais, foi evidente que a prestação da equipa portuguesa deixou orgulhosos todos aqueles que acompanharam o jogo, numa demonstração clara que a equipa está a trilhar o seu caminho, que será feito por muitas mais etapas. O mesmo será dizer que mais alguns dissabores irão acontecer, mas tendo sempre o objetivo de melhor e dotar o grupo de mais competências para se aproximar cada vez mais das equipas do topo.

 

A exibição de José Silva (26 pontos, 23 assistências e 3 roubos de bola) merecia ter sido coroada com uma vitória, embora não tenha sido o único a ter estado a bom nível. O capitão Mário Fernandes (17 pontos e 8 assistências) deu igualmente o exemplo, num jogo em que João Soares (13 pontos) e Pedro Pinto (11 pontos) terminaram igualmente o encontro na casa das dezenas em pontos marcados.

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18 AGO 2014

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