«Público foi decisivo»

Portugal iniciou este Campeonato da Europa com um objetivo claro, mas com o decorrer da competição, treinador e atletas começaram a acreditar que era possível chegarem mais longe, tendo ficado muito perto do impensável.

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25 AGO 2015

As expetativas passavam por tentar garantir a permanência na Divisão A e melhorar jogo a jogo, de modo a dar uma boa imagem do nosso basquetebol. Nas acabaram por chegar à final…

 

Para chegar até à final, Portugal teve que superar inúmeros obstáculos, mas Agostinho Pinto aponta um como tendo sido decisivo para a caminhada vitoriosa da seleção portuguesa. “O jogo da Croácia foi decisivo. Estávamos a perder por 14 pontos, já na segunda parte, e conseguimos dar a volta ao resultado. Com alguma felicidade, é certo, e com o apoio do publico que foi qualquer coisa de fantástico.”

 

Jogar perante milhares de pessoas, é algo que treinador e jogadoras não estão habituados. O técnico não tem dúvidas que o apoio dos adeptos portugueses foi decisivo no trajeto vitorioso da equipa nacional. “Este público é qualquer coisa de maravilhoso. Sem eles era impossível chegar onde chegámos. É uma sensação única, não existem palavras para descrever. Ao ouvir o hino com 5000 mil pessoas a entoar A Portuguesa, as lágrimas já estavam nos olhos, depois no último minuto, com a final já perdida, tudo de pé a cantar o hino, será certamente um momento que ficará para sempre na minha memória.”

 

Para atingir este enorme sucesso, o técnico nacional destaca a qualidade do treino que antecedeu esta competição, bem como algumas qualidades que fizeram desta equipa um adversário complicado de ultrapassar. “O trabalho que foi feito durante os estágios, jogos de qualidade de preparação. Forte união de grupo, alma, atitude, humildade e acreditar que era possível.”

 

Isto sem esquecer o papel desempenhado por outras pessoas que de uma forma direta ou indireta, contribuíram para que as atletas se conseguissem superar em todos os jogos. “E Mary Andrade, Mário Gomes e Ricardo Vasconcelos. O apoio do público foi decisivo.”

 

Mas nem tudo foram rosas durante a preparação e a prova. Algumas atletas ficaram pelo caminho, mas obviamente que a este êxito também é fruto do trabalho delas. “Praticamente correu quase tudo bem. Tivemos uma fase no estágio que, devido à carga de trabalho e as atletas não saberem quais as duas que seriam dispensadas, o grupo e andou durante uma fase em baixo.”

 

Já durante o Europeu, Portugal teve períodos complicados, “principalmente depois dos jogos frente à Itália e Turquia.”

 

Portugal não partia no lote dos favoritos para chegar ao pódio, muito menos chegar à grande final. E para que isso acontecesse Agostinho Pinto aponta alguns capítulos do jogo em que a equipa nacional teve que se superar para poder ser competitiva diante de adversários com maiores argumentos. “ Capacidade para jogar com ritmos de jogo elevados, defesas pressionantes, luta nas tabelas. Conhecimento do jogo. Mentalidade ganhadora, acreditar.”

 

Depois do enorme feito alcançado pela Seleção Nacional Sub-16 feminina, Agostinho Pinto diz-se “orgulhoso de representar o nosso país”, e de ter contribuído para o concretizar de “um sonho”, que nem ele próprio tem a certeza “se algum dia terá sido tão ambicioso”.

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25 AGO 2015

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